*Dias de Brigas*

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Victoria Santos

Acordo com o sol em meu rosto, Dylan estava me olhando outra vez, to começando a me assusta com isso
Eu:-Dylan?-Cosso os meus olhos-O que você está fazendo aí?
Dylan:-N-Nada-ele limpa os óculos-Eu iria te acorda, mas você estava dormindo tão profundamente, que não tive coragem.-ele coloca os óculos
Eu:-Tá, mas pra que queria me acorda?-sento direito na poltrona
Dylan:-te ligaram!-peguei meu celular, que estava ao meu lado na mesinha, e vi, Jonh tinha me ligado.
Ele:-E então? Quem te ligou?
Eu:-Meu chefe, depois ligo pra ele.
Ele:-Não é melhor liga agora?-olho pro celular e confirmo com a cabeça
Eu:-Tem razão!-ligo pra ele.

Ligação on

-Alô, Jonh?
-Victoria, que bom que você me ligou, preciso de você aqui, eu abri a loja finalmente.
-Já se recuperou da Julie?
-Não te interessa, venha pra cá agora!
-Tá bom, ignorante.

Ligação off

Dylan:-O que que ele queria?
Eu:-Que eu vá trabalhar...-suspiro
Ele:-E qual é o problema?
Eu:-O problema é que minha roupa está na casa da minha mãe, e eu estou brigada com ela.
Ele:-Eu queria falar isso com você. Você não acha que está na hora de vocês se entenderem?
Eu:-Não sei...
Ele:-Claro que sim, Victoria.
Eu:-Você acha mesmo? Pensa bem, ela me expulsou de casa... Quer saber? Vou lá pegar minha roupa e só, sem desculpas, sem nada.-falo orgulhosa.
Ele:-Victoria para de ser teimosa.
Eu:-Dylan, Desculpa mas quem manda na minha vida sou eu, e se eu não quero pedir desculpas pra ela, não peço, e além disso ela que me insulto... Agora se você me der licença, vou me arruma.-me levanto e vou em direção ao banheiro para fazer minhas higienes, e deixo ele lá sozinho olhando pela janela.
Gosto muito do Dylan, mas as vezes ele me irrita bastante, só porque ele é meu psicólogo não quer dizer que ele tem que me da conselhos 24hs por dia! Eu sei me cuida, não sou uma criancinha, e mais, ele não é meu pai e muito menos minha mãe e nem mesmo meu namorado pra me "proteger".
Termino de fazer minhas higienes e saio do banheiro, volto para a sala e o Dylan está sentado no mesmo lugar, ele desvia o olhar da janela pra mim
Dylan:-Victoria, senta aqui.-vou até ele e sento ao lado dele
Eu:-Que foi, Dylan?
Ele:-Vamos conversa um pouco.
Eu:-fala, sou toda ouvidos!
Ele:-você está brava comigo?
Eu:-Não é que estou brava com você, só não gosto de você querendo se meter na minha vida...
Dylan:-Não estou tentando me meter na vida de ninguém, só queria te ajudá, acho que você está brava comigo sem motivo algum.-ele fala me interrompendo
Eu:-Eu sei que você só quer me ajudá, e sou muito grata por isso, mas acho que minha mãe está errada e ela que tem que me pedir desculpas, e não eu...tente me entender Dylan, você é meu único amigo.-ele olha pra baixo e eu não entendo o porque-Que foi Dylan?
Ele:-Minha mãe está morta e não quero que a sua mãe morra e você esteja brigada com ela.
Eu:-Dylan, minha mãe está bem e ela não morrerá agora!
Ele:-Victoria, agente não manda nessas coisas!-ele fala e eu fico sem saber oque responder
Eu:-...realmente Dylan!-dou um sorrizinho pra ele e ele muda de assusto
Ele:-E então? Quer que eu te leve lá?
Eu:-Claro, Doutor:Dylan!-me levanto e vou em direção a porta, ele pega a chave e vem logo depois de mim. Ele pega o carro e fomos para minha casa
Ele:-Quer que eu entre com você?
Eu:-Não precisa!-eu saio do carro e vou até a porta, antes de entrar suspiro forte e abro a porta. Sinto um cheiro forte de bebida alcoólica, aonde eu olhava tinha garrafa de cerveja no chão, procurei com os olhos minha mãe, mas ela não estava lá.
Subo as escadas e tinha mas bebidas pelos degraus, entro no meu quarto e minha mãe estava deitada na minha cama com uma garrafa de cachaça na mão, saio correndo em sua direção para vê se estava viva, muito exagero meu mas precisava ter certeza, estava com medo do Dylan está certo.
Eu:-Mãe?... Mãe? A senhora está bem?-ela abre um pouco dos olhos e da um sorriso
Mãe:-Victoria?-ela tenta levanta a cabeça, mas não consegue-Pensei que nunca voltaria!-ela fala com uma voz fraca
Eu:-Pensou errado, o que ouve aqui? Parece que um furacão de cachaça passou aqui!-estou ao lado dela tentando fazer que ela se mova, mas é em vão, a aliso tentando passa conforto
Mãe:-Nada, só estou sendo livre!-ela fala tentando se levanta, percebo que todo conforto que passo pra ela é em vão e ela continua a lutar contra se abrir pra mim, me fazendo recua.
Eu:-Sendo livre? Você tá é se matando com tanta bebida alcoólica ingerida pela senhora.
Mãe:-Você é muito chata Victoria!-ela fala e me vem uma súbita vontade de vômita com o cheiro ruim que vem de sua boca
Eu:-Que? Chata?... Quer sabe não vou discutir com você!-vou em direção ao meu Guarda-roupa, peguei uma mochila para bota as minhas coisas, peguei algumas roupas, alguns casacos e uns tênis e minha roupa de trabalho. Andei até o banheiro e peguei minha escova de dentes, meu pente, minha chapinha e minha maquiagem para ir ao trabalho. Saio do banheiro fechando minha mochila, minha mãe me olha e se levanta com a garrafa de cerveja na mão
Mãe:-Pra onde você vai?-ela fala já na porta e eu já chegando na escada, me viro
Eu:-To no escritório do Doutor:Dylan.
Mãe:-Que?
Eu:-Isso mesmo que você escutou, depois que você me forçou a ir no consultório quase todo dia, fiz uma amizade com ele muito forte, e depois que você me expulsou de casa ele me ajudou e me deu "moradia"-eu falo e ela ouvi tudo calada
Mãe:-então foi uma boa te "obriga" a ir!
Eu:-Porque as aspas?
Mãe:-Não sei, me diz você!
Eu:-Cíntia! Você está supondo que...
Ela:-Não estou supondo nada, estou afirmando, se você quisesse mesmo sair já teria saído a muito tempo, então quer disser que você estava dando em cima dele o tempo todo? Victoria, você planejou tudo isso?... Claro, como não pensei nisso antes!? você brigou comigo porque já sabia que ele iria sentir pena de você e te chamaria pro consultório dele!
Eu:-É incrível como uma mãe conhece tão pouco sua filha, eu realmente tenho pena de você, assim morrerá sozi...-derrepente sinto grande dor no rosto e percebo que Cíntia tinha me dado um tapa na cara
Mãe:-Quem você pensa que é garota insignificante? Sai da minha casa agora!-ela grita, saio correndo com uma mão sobre o meu rosto e a outra segurando minha mochila. Saio chorando e Dylan está a me olhar
Ele:-Oque ouve Victoria?-pulo em um abraço forte e apertado, choro em seu ombro e ele aperta mas o abraço me deixando aconchegante-Victoria, me fala oque ouve?-ele insiste, saio dos braços dele e o olho nos olhos, ele põe a mão na boca, em reação de surpreso, tinha quase certeza que meu rosto estava marcado com a mão da minha "mamãezinha" pois estava ardendo e formigando muito. Abaixei a cabeça
Dylan:-Ela fez isso com você?-ele pergunta e eu não respondo-Victoria... ela fez isso com você?-Continuo com a cabeça baixa-Claro que ela fez isso com você, quem mas seria? Vem!-não ando e olho pra ele com um olhar de pergunta.
Ele:-Vamos na polícia!-arregalo os olhos
Eu:-Não, polícia não!
Ele:-Victoria, isso é pro seu bem!
Eu:-Não... Agora eu e você iremos pro consultório, eu irei me arruma e irei pro trabalho.
Ele:-Mais....
Eu:-Dylan!-grito num tom baixo-Não discuta, agora vamos!-entro no carro e deixo ele lá parado, ele dá a volta e entra no carro, olho pra janela do meu quarto e vejo Cíntia olhando agente, ela percebe que eu a vi e fecha a cortina.
Chegamos no consultório e ele abre a porta do carro pra mim, saio e entro direto pro consultório me direcionando para sala do Dylan.
Emilly:-Bom dia!-escuto Emilly falando comigo mas não dou muita atenção e saio andando quase correndo.
Entro na sala e bato a porta, me jogo ajoelhada no tapete cinza e começo a chorar, alguém passa a mão nas minhas costas, me viro e vejo que era o Dylan ele me acomoda em seu colo e me deixa chorar
Dylan:-Tudo vai ficar bem! Você quer me contar oque aconteceu lá dentro?-levanto minha cabeça e o encaro
Eu:-Sim!-ele se levanta e me ajudá a levanta lhe conto tudo que aconteceu e ele fica surpreso
Dylan:-Como ela pode pensa isso de você? Não, agora eu não quero que você volte para aquela caverna da medusa.-ele fala bravo e me da uma vontade de rir
Eu:-(risos) Dylan não é hora de me fazer rir, e mais ela é minha mãe mesmo sendo assim, ela é minha mãe, entende?
Dylan:-Não, Victoria, eu realmente não entendo, Cíntia é Cíntia e Não mãe!
Eu:-Dylan para! Ru perdoou ela de tudo que ela me fez.-olho fidrada nos olhos dele como uma criança fita um doce
Dylan:-Claro, é burra!-ele grita
Eu:-Eu não sou burra. Do mesmo jeito que você iria perdoa sua mãe eu perdoou a minha!-grito alto e saio andando para janela, Dylan vem até mim e põe a mão nos meus ombros
Dylan:-Desculpa! Não queria te mágoa...
Eu:-Dylan, você está ficando chato, sua importância comigo está ficando insuportável.-interrompo ele
Dylan:-Victoria, você tem que entender que eu me preocupo com você e...
Eu:-Porquê se preocupa tanto comigo?-pergunto o interrompendo, não sabia porque tanta preocupação comigo, aliás não sou nada dele, sou só uma paciente como as outras, não preciso de tanta preocupação...

O Diário de Victoria (parado)Onde histórias criam vida. Descubra agora