Capítulo bônus: Alguns argumentos a favor da existência de Deus.

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Argumento da mudança:

O mundo material que experimentamos à nossa volta está em constante mudança. podemos conhecer uma mulher que chegou à estatura de 1,75m, mas ela nem sempre foi desse tamanho. O grande carvalho que vemos numa floresta cresceu a partir de uma pequena semente. Quando algo chega a um determinado estado, este estado não pode produzir sua própria existência. Isso porque, até que algo venha a existir, não pode ser considerado; é se ainda não existe, não pode causar nada.

Quanto ao ser que sofre a mudança, embora tenha a capacidade de ser aquilo que se tornará um dia, isso ainda não aconteceu, ou seja, ele ainda não se tornou o que virá a ser. Então, na verdade, ele existe agora no estado em que se encontra (como, por exemplo, uma semente de carvalho), e irá existir naquele estado futuro (como uma grande árvore formada); entretanto, ainda não se encontra neste último estado; possui apenas o potencial para alcança-lo.

Nada pode dar a si próprio aquilo que não possui, e o objeto que sofre mudança não pode ter agora mesmo aquilo que possuirá apenas no futuro. O objeto que sofre mudança começa apenas com o potencial para mudar, mas precisa perceber a atuação de outras coisas fora de si para que esse potencial se torne realidade. Do contrário, ele nunca poderá mudar.

Nada pode mudar a si próprio. Objetos que aparentemente têm movimento próprio, como corpos vivos, são movidos pelo desejo e pela vontade - algo diferente de meras moléculas. E quando o animal ou o ser humano morre, as moléculas permanecem, mas o corpo não mais se move, porque o desejo ou a vontade (a alma) não está mais presente para produzir o movimento.

O universo é a soma total de todos os objetos móveis, independente de quantos sejam. O universo como um todo está em processo de mudança. Entretanto, já percebemos que essa mudança em qualquer ser exige uma força externa para torná-la real. Portanto, existe uma força do lado de fora (que se acrescenta ao) universo, algum ser real que transcende o universo. Essa é uma das coisas que consideramos quando pensamos em Deus.

Se não há nada fora do universo material, então não existe nada que possa causar mudança no universo. Entretanto, este está sofrendo mudança. Portanto, tem de haver algo além do universo material, que é a soma total de toda matéria, do espaço e do tempo. Essas três grandezas dependem uma da outra. Portanto, o tal ser externo ao universo está fora da matéria, do espaço e do tempo. Ele não sofre mudança
Ele é a fonte imutável da mudança. Ele é Deus.

Argumento da causalidade eficiente.

Algumas coisas causam outras.
Porém suponhamos que não exista um Ser não-causado, nenhum Deus.
Então, nada poderia existir agora mesmo. Lembremos que todas as coisas precisam de uma causa presente fora de si mesmas para que possam existir. Portanto, agora mesmo, todas as coisas, incluindo todas aquelas que estão causando outras coisas, precisam de uma causa. Elas podem gerar algo apenas se estiverem sendo trazidas à existência. Mas causado pelo que?

Afirmar que Deus não existe é equivalente a dizer que toda a realidade seria dependente do nada. Essa afirmação é absurda!!! Ou absurdamente absurda!!! A hipótese de que todos os seres são causados, mas que não há um Ser não-causados, é ridícula. Portanto, tem de haver algo não causado, algo do qual todas as coisas precisam de causa eficiente para existirem sejam dependentes.

A existência é como um presente dado pela causa ao efeito. Se não há ninguém que possua o presente, este não pode ser passado adiante na cadeia de receptores, não importando o quanto seja curta. Se não existisse um Deus auto-existente e cuja natureza é eterna, então o dom da existência não poderia ser passado adiante às criaturas, e nós nunca poderíamos recebê-lo. Entretanto, nós existimos. Portanto, tem de existir um Deus, um Ser não-causado, que não precisa receber a existência como nós ou como qualquer elo da cadeia de receptores.

Argumento do tempo e da contingência.

Notamos que as coisas ao nosso redor começam a existir e deixam de existir. Uma árvore surge da semente, brota, floresce; depois, seca e morre.
Seja o que for que passe a existir ou deixe de existir não tem necessariamente que existir; a não auto-existência é uma possibilidade real.
Suponhamos que nada tenha que existir e que a não-existência seja uma possibilidade real para tudo.
Então, agora mesmo, nada ia existir, porque: Se o universo começou a existir, então todos os seres teriam de traçar sua origem em algum momento no passado no qual não existia nada, literalmente.
No entanto, nada pode surgir do nada.
Então, o universo não poderia ter tido início.
Entretanto, suponhamos que o universo nunca tivesse começado a existir. Logo, pela duração infinitamente longa da história cósmica, todos os seres teriam possibilidade inerente de não existir.
Mas, se em um tempo infinito essa possibilidade nunca foi tornada real, não poderia ter sido uma possibilidade real de maneira alguma.
Logo, é preciso haver algo que tenha de existir, que não pode existir. Esse tipo de Ser é chamado de necessário.
Ou essa necessidade pertence aos seres por si próprios, ou deriva de outro Ser. Se ela parte de outro, tem de haver, em uma última instância, um Ser cuja necessidade não seja derivada, um Ser absolutamente necessário.
Esse Ser absolutamente necessário é Deus.

Argumento do desígnio divino.

O universo revela uma quantidade surpreendente de inteligibilidade tanto no interior das coisas que observamos como na maneira que essas coisas se relacionam com outras externas.
Podemos, então, dizer que a maneira como elas existem e coexistem demonstram uma ordem bela e intrincada e uma regularidade que pode deixar perplexo até mesmo o observador mais causal.
É a norma natural que muitos seres diferentes trabalhem em conjunto para produzir o mesmo fim valoroso - por exemplo, os órgãos em nosso corpo trabalham para manter nossa vida e nossa saúde.
Essa ordem inteligível é produto de um desígnio inteligente, não de mero acaso.
Nada acontece por mero acaso.
Portanto, o universo é produto de um desígnio inteligente.
O desígnio surge da mente de alguém que o estabelece.
Portanto, o universo é produto de um projetista inteligente.

Mas a teoria da evolução, de Darwin não demonstra ser possível que toda a ordem do universo tenha surgido por mero acaso?

De maneira alguma!!! Se a teoria de Darwin demonstrou algo, foi: a maneira geral como as espécies podem ter surgido a partir de outras, através de mutações aleatórias; é como a sobrevivência dessas espécies pode estar relacionada a uma seleção natural (vide o capítulo sobre os erros da evolução).

De modo algum essa teoria pode dar resposta a respeito da ordem presente e inteligível na natureza. Em vez disso, a teoria pressupõe a ordem. Se os Darwinianos, a partir de sua teoria puramente biológica, insistirem que toda a vasta ordem ao redor é resultado de mudanças aleatórias, estarão afirmando algo que nenhuma evidência empírica pode confirmar, que nenhuma ciência empírica pode demonstrar; algo que, em face das evidências, está simplesmente além de qualquer possibilidade de crença.

A teoria de Tudo - Sim, Ele Existe!!!(The Theory Of Everything - Yes, He Exist")Onde histórias criam vida. Descubra agora