Capítulo 1 (Pov Rose)

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Eu não aguento a dor que essas injeções trazem para meu corpo. A alucinação é menos dolorosa trás uma felicidade inexistente por um tempo. Mas depois nada passa de dor. Uma dor que rasga o coração e sufoca você, a saliva é difícil de engolir, sua garganta parece estar fechando de tanta dor e tormento que aquelas coisas me trazem.

Eu só quero sair desse quarto escuro e encontrar minha amiga Lissa e assegurar que irá ficar tudo bem e que um dia iremos sair desse inferno.

Eu só quero poder um dia acreditar do que eu digo a ela, mas não consigo se passaram cinco anos desde o acidente dos pais de Lissa, quatro da morte de seu irmão e ainda estamos aqui presas nesse sanatório que só faz ficarmos mais fracas e incapaz de lutarmos com a nossa lucidez.

Se ao menos meus pais tomassem a consciência de que eles abandonaram uma criança que agora virou mulher. Uma mulher que caiu nas garras de um grande filho da puta!

Esse filho da puta se chama Victor ele que matou os pais de Lissa eu só não tenho como provar mas está na cara que foi ele. Ele sempre cobiçou a empresa que os pais de Lissa construíram ele fez de tudo para se aproximar de Lissa e ela boba acreditou no seu "tio". No começo todos acharam que eu estava ficando paranóica com o fato de estar protegendo Lissa de tudo mas assim que seus pais morreram ela começou a me escutar mais. Já era tarde Victor estava com tudo armado, seu plano sempre foi esse e ele conseguiu colocando André [irmão de Lissa] contra nós em um golpe que ele mesmo deu na empresa.

André como era muito influenciado pelo tio acreditou em todas as tramanhas dele até aceitou que sua irmã e sua namorada na época viessem para esse inferno para supostamente se curarem de "nossos momentos ". Victor nos trouxe para cá ele assumiu que fez tudo aquilo para nos ver aqui em um lugar que as pessoas trabalhavam para ele e que iriam fazer de nossas vidas um inferno daqui para frente. Dito e feito estamos passando todo tipo de coisa terrível que se pode imaginar.

Não demorou muito para notícias de que o jovem herdeiro de uma das maiores empresas da região ter " cometido suicídio", Victor matou André para usurpar seu lugar e crescer na vida. Eu amava André, crescemos juntos desde sempre já que meus pais simplesmente me deixaram na porta da casa da mãe de Lissa e foram em bora.

André sendo sempre o mais atencioso comigo, foi o que me conquistou, o que me deu o primeiro beijo....

Flashback On

Estava eu na parte favorita da mansão dos pais de Lissa, o jardim. Foi um dia cheio eu estudei piano com Lissa a tarde toda a única coisa que eu precisava agora era me deitar no jardim e sentir o sol entrar pelos poros do meu corpo. O ar fresco é bom e o barulho dos galhos das árvores se movimentando com o vento sempre me transmitiu calma. Sem falar no cheiro da diversidade de flores que haviam ali.

Era um ótimo dia para estar ali de olhos fechados até uma sombra tapar o sol que vinha em meu rosto.

- Quem tapou o sol?- perguntei sem abrir meus olhos.

- Pequena Rosie vim ver como você está. Notei que passou a tarde com Lissa no quarto- falou ele.

- Estou bem e não me chame desse jeito eu não gosto. E saia da frente do sol.

- Rosie, Rosie... Rosie - falou várias vezes ele se deitando do meu lado.

André era muito bonito desde pequeno, com seus cabelos loiros e perfeitamente arrumados para trás. Seu sorriso branco e charmoso e os olhos verde jade iguais ao da minha amiga.

- Eu vou te dar uma porrada - falei irritada. Ele riu.

- Quero ver tentar - falou ele. Eu abri meus olhos e pulei em cima dele ele se assustou pela rapidez. Nossos rostos estavam tão perto um do outro ele me deu um de seus sorrisos maliciosos e puxou minha nuca levando meus lábios ao encontro do dele.

Eu tinha nove anos era totalmente inexperiente com essa coisa de beijar mau sabia o que era. André como era mais velho que eu me conduziu no beijo e assim que ele parou o beijo foi surpreendido com um belo chute nos países baixos.

- Seu idiota nunca duvide de mim. - falei sorrindo. Ele ficou recuperando o fôlego já que eu acertei bem em cheio.

- Rose assim não iremos ter filhos.

- Iremos? Desde quando..- ele me beijou de novo. Não sei como ele havia percebido que eu sempre senti um grande carinho por ele, pelo visto ele sentia o mesmo e eu estava retribuindo.

- Quer ser minha namorada sua marrenta?

- Não agora vaza - falei dando mais um beijo nele e voltando a fechar os olhos.

Flashback of

Não deu muito tempo para ele pedir de novo mas de formas mas fofas, algo que eu sempre odiei. Lissa me convenceu a dar uma chance a ele que tanto gostava de mim.

Eu e André fomos namorados por cinco anos, mas é claro que nunca passou de beijos afinal quando ele terminou comigo que foi quando me mandou para cá com sua irmã ele tinha apenas 17 anos. Era novo para pensar nessas coisas insanas. Não que ele nunca tenha tentado claro eu derrubei gelo nele para ele se esfriar da vez que ele tentou. Foi engraçado até.

Eu não acredito como ele, um cara que conhecia a mim desde sempre acreditou que além de dar um golpe em sua empresa ainda usava drogas com sua irmã. Victor irá pagar por tudo o que ele nos causou só questão de tempo.

A porta se abriu e eu pude ver um pouco de claridade felizmente. Uma das enfermeiras senhorita Kirova estava lá, não só ela entrou um homem de cabelos compridos, quase dois metros de altura, assim que ele entrou o cheiro de seu pós barba encheu o quarto ele era bonito aparentemente seria bom para o plano que eu pretendia por em prática. Ótimo.

- Senhorita Hathaway esse é o novo médico da instituição o senhor Belikov - falou aquela magrela chata.

- Instituição? Irônico deveriam de chamar isso aqui de inferno manipulador - falei soltando uma risada seca.

Your Reasons Of Not Loving Me Just.. Make Me Love You MoreOnde histórias criam vida. Descubra agora