Capítulo 43-"Como vim parar nessa cama de pijama?."

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Acordei com o quarto escuro novamente, mas meus olhos estavam pesados, como se não tivesse dormido o suficiente, minha boca estava seca e minha cabeça dava algumas pontadas. Me sentei lentamente, passei as mãos nos meus cabelos e enfiei a cabeça entre meus joelhos dobrados.
Como diabos eu tinha vindo parar na cama? Me esforcei para lembrar, mas a última coisa que me lembro foi de estar voltando da cachoeira, depois disso tudo estava negro em minha mente. Enquanto estava ali quebrando minha cabeça já dolorida, a porta se abriu e vi a silhueta alta de Nicholas.
- Bom dia - cumprimentou, me entregou um copo e se afastou. Tomei um gole para ver o que era e quase chorei quando senti a água descendo por minha garganta, molhando minha boca ressecada.
- Obrigada - falei e limpei a garganta - posso te fazer uma pergunta?
- Claro - ele pegou o controle em cima da mesinha ao lado da cama e abriu o troço que bloqueava a luz das janelas, gemi e me escondi em baixo da coberta pelo assalto da claridade. Quando me acostumei, me destampei e Nicholas estava encostado na parede, os braços cruzados sobre seu peito largo, o rosto impassível e sério de uma maneira que eu nunca tinha visto. Fiquei nervosa de repente, temendo ter feito alguma burrada e pigarreei antes de questionar:
- Como eu vim parar nessa cama, nesse pijama?
Ele passou a mão no queixo recém barbeado, sem desgrudar os olhos de mim.
- Agora eu posso perguntar? Antes de responder a sua.
- S-sim - titubeei e eu sabia que algo ia mal.
- Desde quando usa drogas estimulantes?
- O quê? - minha voz saiu mais alta do que deveria e franzi o cenho profundamente. Do que ele estava falando? - não estou entendendo.
- Ontem você sentia mais calor do que realmente estava e suas pupilas estavam enormes, provavelmente hoje está com a boca ressecada e já que me perguntou como foi dormir, a perda de memória é evidente - ele se aproximou e parou na minha frente - então eu vou perguntar novamente, desde quando usa isso? Não vou julgar, mas poderia ter me avisado, assim não me pegaria desprevenido.
Eu ainda estava com a boca seca e não sabia como responder. Fiquei imóvel por um tempo, logo pulei da cama indo parar perto dele.
- Eu não uso nada - falei e ele parecia cético - eu juro, não uso nada.

Namorado De AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora