Cap. 123 - "Ela saiu com uma cara e eu me assustei."

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- Pensando bem, deveria ter colocado um tênis - reclamei assim que pagamos e começamos nossa caminhada em direção às compras.
- Por quê? - Lidy me olhou inocentemente.
- Porque se eu te conheço bem, e eu conheço, a caminhada vai ser longa - revirei os olhos e ela bateu o ombro no meu, rindo.
- Ora, talvez não - falou e eu a olhei, cética - não se eu encontrar tudo que preciso em poucas lojas - acrescentou.
- Esse é o problema, você compra até o que não é necessário.
- Pare de reclamar e vamos entrar - e então, ali estávamos, na nossa primeira loja de roupas.
Caminhamos por vários cantos da cidade e pegamos um táxi para lojas mais distantes. Interrompemos nossas compras apenas para almoçar e eu realmente me diverti, tudo era melhor ao lado da minha melhor amiga. Prometi para mim mesma assim que saí de casa que não esbanjar com nada desnecessário, que estava indo mais para acompanhar Lídia, porém, não resisti e acabei com várias sacolas nas mãos, bolsas, sapatos, roupas e jóias. Acabamos contratando um táxi para que ficasse a nossa disposição a tarde inteira, servindo principalmente para guardar nossas sacolas de compras. Não sei se comentei, mas Lídia era do que tipo que não precisava trabalhar, o fazia apenas por esporte (provavelmente); seu pai era muito rico e dava tudo o que sua filha única queria, mesmo assim Lidy não era do tipo que ostentava e que se achava, trabalhava de garçonete em NY, e se orgulhava, era o que eu mais gostava nela.
Em uma das transições de loja em loja, meus pés estavam latejando e imploravam por um descanso.
- Eu vou me sentar um pouco, Lidy, estou tipo morrendo mesmo - resmunguei, abri a porta do taxi e me sentei no banco, minhas pernas de fora do carro.
- Espere ai então, molenga, que eu já volto - disse ela, rindo, e desapareceu dentro da loja.
- Molenga? Ela realmente me chamou de molenga? - questionei, mirando o motorista do automóvel, que estava apenas sorrindo. Evidentemente se divertia com a situação.
Alguns minutos depois, Lídia sai, com as mãos vazias (o que era realmente preocupante) e uma expressão esquisita no rosto.
- O que foi? - perguntei,colocando-me de pé.

Namorado De AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora