Cap. 129 - "Você é um idiota, sabia?"

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- Não - Lídia disse, me implorando com o olhar - não vamos agora, por favor.
- Você não precisa vir, eu vou pegar um táxi.
- De jeito nenhum, eu te levo - Arthur se dispôs e eu ergui um dedo.
- Você fica ai também, preciso que cuide da minha amiga ou eu vou atrás de você e cortarei seu pinto - ameacei e sai correndo, me misturando entre os corpos. Do lado de fora, recebi de bom grado a brisa refrescante que soprou sobre mim; fechei os olhos e deixei que o vento soprasse meus cabelos, um sorriso tímido surgindo nos meus lábios. 
Consegui um táxi alguns minutos depois, encostei minha cabeça no vidro frio e fechei os olhos. Devo ter cochilado, pois acordei com alguém tentando chamar a minha atenção.
- Moça, moça - minhas pálpebras estavam pesadas quando as forcei abertas e dei de cara com o motorista me olhando - chegamos - anunciou.
- Oh - soltei, paguei a corrida e entrei no hotel. Xinguei quando tropecei nos meus pés e me encostei na parede enquanto esperava o elevador. Estava mais bêbada do que pensava. 
- Precisa de ajuda? - um dos funcionários, impecavelmente uniformizados, se aproximou com cautela e ofereceu.
- Não, eu estou bem - minha voz pareceu tão embargada para ele quanto para mim? Eu apenas precisava dormir. 
O elevador parou no meu andar e eu saí, tropeçando novamente e tive que me apoiar na parede para não cair. 
- Mais que merda - praguejei e continuei meu caminho até o meu quarto. Entretanto, estanquei no lugar ao passar pelo quarto três portas antes do meu; como se estivesse agindo automaticamente, voltei alguns passos e bati na porta com força. Bati novamente e assim continuei até ouvir passos lá dentro; a porta se abriu e Nick surgiu, os cabelos uma bagunça, vestindo apenas uma bermuda e com os pés descalços. 
- Anne? O que está fazendo aqui? Sabe que horas são? - ele me entupiu de perguntas, entretanto, eu apenas coloquei uma mão na cintura e o cutuquei com o dedo indicador. 
- Eu só vim para dizer que você... - solucei e pisquei um pouco - ... você é um idiota, sabia?
Nicholas encostou no batente da porta, os braços cruzados em seu peito musculoso e nu. 
- Vamos, diga mais - murmurou com um sorriso maroto em sua face. 
- É idiota - cutuquei seu peito novamente - complicado, enganador, é... é... - gaguejei enquanto procurava mais adjetivos pejorativos ou que eu pensava que fosse.
- Adoro quando me elogia assim - comentou Nick - continue. 
- Ora, seu... - me calei quando de repente meu estômago embrulhou e fiquei um pouco tonta.

Namorado De AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora