Capítulo 58- "O que você faz comigo."

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Nick... - murmurei quando ele voltou a dar atenção para o meu pescoço e encontrou o decote que minha blusinha deixava. Como se minha voz tivesse tirado ele de seu estado nebuloso, ele se ergueu e me encarou. Passou a mão no rosto, afastando-se de mim e praguejando em alemão.
- Onde você vai? - perguntei quando ele saiu da cama.
- Acho melhor eu dormir no sofá - disse sem me encarar. Nick colocou um travesseiro sobre o sofá, uma coberta e deitou, sem dizer mais nada. Por quê tudo tinha que ser tão complicado? Por quê eu não podia achar alguém que me quisesse e não fosse um maldito porco? E agora que eu finalmente me interesso por um cara, ele tem outra. Tinha como minha vida amorosa ser pior? Vida cretina.
Eu me virava de um lado para o outro e o sono não me encontrada de jeito nenhum. Vamos olhinhos, está na hora de vocês se fecharem por um tempinho. Deitei de costas no colchão e olhei para o teto do quarto em plena escuridão; o silencio absoluto me permitia ouvir a respiração tranquila do homem logo ao lado e eu precisava de um pouco de paz de espírito para conseguir dormir. Me virei novamente e fechei os olhos, o beijo que trocamos vindo direto para a minha mente, cada toque, seus lábios macios nos meus, suas mãos tocando meu corpo e enquanto minha mente viajava para o que havia ocorrido, o colchão cedendo tirou-me dos meus devaneios; me mantive imóvel, esperando que algo acontecesse e tive que segurar um suspiro quando um braço enroscou na minha cintura e minhas costas encostaram em uma parede de músculos quente.
- O que você faz comigo - sua voz era apenas um murmúrio e um sorriso surgiu nos meus lábios. E foi ali, aconchegada no calor do seu corpo, que eu peguei no sono novamente.
A luz solar atravessou as largas janelas anunciando que a manhã já havia chegado e eu meus
olhos ainda pesavam pelo sono. Entretanto, quando senti um braço ao redor da minha cintura, congelei, lembrando-me do que havia acontecido na noite anterior e de como eu dormi tranquilamente depois que Nick deitou-se ao meu lado.
- Bom dia, flor do dia - uma voz rouca sussurrou no meu ouvido. Franzi a testa, pensando se não estava ficando maluca ou confundindo vozes; me virei e encontrei olhos azuis brilhantes me encarando e um sorriso imaculadamente branco.
- O que está fazendo aqui? - questionei, puxando a coberta até o queixo.
- Apenas cumprindo ordens, me mandaram aqui para te acordar - Arthur respondeu e se esticou na cama, como um gato.
- E onde está Nick?
- Ele teve que sair e me pediu para vir aqui - ele pulou para fora do colchão e estendeu sua mão para me ajudar a sentar - venha princesa, vamos dar um passeio, ficar nessa cada o dia inteiro é um tédio. Estarei te esperando lá em baixo.
Sei que não deveria, mas confesso que fiquei decepcionada e isso estava se tornando algo constante. Mas o que eu esperava? Que Nicholas ia largar a noiva de não sei quantos anos para ficar comigo? A garota desesperada que estava pagando cinquenta mil dólares apenas para sua companhia. Meneei a cabeça diante dessa ideia absurda e me levantei.

Namorado De AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora