Capítulo 56- "Eles nos trancaram aqui."

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- Penso que cresci muito rápido, o que é uma pena - suspirei - não tive muito tempo para brincadeiras e agora eu só sei trabalhar. Não que eu esteja reclamando, eu amo meu trabalho, mas eu gostaria de ter aproveitado mais com meus irmãos. - Nick, me ouviu e ficou em silêncio, como se entendesse e não soubesse o que dizer, sorrimos um para outro.
Voltamos para casa, sim eu já estava chamando de minha casa, eu me senti tão acolhida, seria difícil me desvencilhar deles; eu e Nick ficamos um pouco com sua mãe que já estava adormecida e então ele me acompanhou até o quarto.
- Eu adorei visitar a cidade, as pessoas realmente a julgam mal - falei enquanto puxava as cobertas para baixo.
- Foi o que eu disse - e sorriu brilhantemente. Ficamos nos olhando por um tempo e demos um pulo de susto quando a porta do quarto bateu fechada.
- Então, boa noite - ele falou.
- Boa noite - murmurei e ele caminhou lentamente até a saída, como um felino, perigoso e sexy. Me virei para continuar arrumando a cama e o ouvi suspirar.
- Scheisse- rosnou baixo e depois eu descobri que isso significa merda.
- Há algo errado? - questionei, me virando para encará-lo.
- Nos trancaram aqui - e girou a maçaneta para confirmar sua afirmação. Ai, que droga.
- Pare, Anne - Nick disse, deitando-se na cama - não irá conseguir abrir a porta com uma pinça.
- Certo, você tem razão - respirei fundo - na verdade, um grampo seria mais ideal para abrir...essa...maldita...ai ai ai.
- O que foi? - ele perguntou e logo estava ao meu lado.
- A pinça ficou presa - resmunguei.
Nick me afastou, agachou-se e mexeu um pouco até tirar a pinça da fechadura.
- Pare de mexer ou irá quebrá-la - me olhou e arqueou uma sobrancelha - e se quebrá-la, não sairemos daqui nem com a chave. Agora vamos dormir e amanhã nos libertarão.
Assenti e ele me guiou, deixando minha chave improvisada em cima da cômoda. E por que meu desespero de sair dali? Bem, só eu sabia como Nicholas me fazia sentir e ficar sozinha com ele ali me deixava apavorada, nervosa e com uma vontade louca de me jogar em cima dele. O cara ia se casar, pelo amor de Deus. Me enterrei debaixo da coberta e me virei de lado.
- Boa noite - falei.
- Boa noite - respondeu e senti o colchão ceder quando ele deitou ao meu lado, desligando a luz logo em seguida. Não demorou muito e eu apaguei, estava cansada do nosso passeio de hoje.
Acordei assustada e me sentei na cama de uma vez, respirando pesadamente e suando um pouco. Olhei no relógio e fazia apenas uma hora e meia desde que havia me deitado.
- Está tudo bem? - uma voz soou e eu dei um pulo de susto.

Namorado De AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora