Capítulo 60-"A noiva de Nick estava bem na minha frente."

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- Bom dia - murmurei e mordisquei meu lábio inferior.
- Nick, podemos conversar? - Arthur perguntou e seu irmão assentiu. Porém, antes que se afastassem, Eve apareceu do meu lado, sorrindo amplamente.
- Evelyn - Nick murmurou, arregalando os olhos em surpresa.
- Oi meu amor - ela se jogou em seus braços - eu voltei mais cedo e daqui dois dias terei que viajar novamente, mas estava morrendo de saudades e vim vê-lo - então ela o beijou. Sentia que ia vomitar, a noiva de Nicholas estava bem ali na minha frente, com os braços em volta dele e a boca grudada na dele, a única boca que eu não me importava que me sugasse completamente. E o pior de tudo, eu gostava dela.
- Sinto muito por isso - Arthur disse enquanto caminhávamos por uma praça magnífica que ele havia me levado, cheia de verde, flores e lindamente arborizada.
- Pelo quê? - perguntei, franzindo o cenho em confusão proposital.
- Ora Anne, eu não sou nenhum idiota sabe - deu de ombros - sei que gosta do meu irmão, tentei tirá-la da casa antes que Nick voltasse, mas não deu muito certo.
Lambi meus lábios repentinamente secos e uma dor de cabeça chata começava a me atormentar.
- Não sei do que está falando, somos apenas amigos - falei veemente.
- Você não vai conseguir me enganar - disse sorrindo - agora hum diga, o que aconteceu depois que foram trancados no quarto? Estou me corroendo para saber.
- Então foi você, seu... - me acalmei antes que palavras de baixo calão flutuassem da minha boca.
- Não, eu não posso levar o crédito - disse rindo - foi Benjamin.
- E por que diabos ele faria isso?
- Somos uma família perspicaz, querida - ele passou um braço sobre meus ombros - sabemos de tudo o que acontece ao nosso redor, ainda mais se envolver alguém da nossa família.
Revirei os olhos e bufei.
- Estão todos viajando - reclamei.
- Viajando? - ele franziu a testa - que expressão esquisita.
Soltei uma risada e passei meu braço ao redor da sua cintura.
- Arthur Sullivan - escutamos uma voz atrás de nós e o homem ao meu lado travou a mandíbula, fechando os olhos - Arthur - gritaram novamente. Nos viramos e uma mulher de cabelos tingidos de ruivo vinha em nossa direção; me afastei de Arthur quando ela lhe deu um abraço de urso, praticamente me jogando para o lado. Ela disse algo em alemão em uma empolgação invejável, seus olhos brilhavam intensamente em adoração, como se o homem parado na sua frente fosse o próprio Deus.
- Oh, olá Celly - disse ele, passando uma mão em seus cabelos e logo me puxando pela cintura - essa é Anne. Anne, essa é Celly, uma conhecida da família.
A garota me olhou de cima à baixo, torcendo o nariz.
- Oi - falou sem ânimo - ela é sua namorada? - a palavra poderia ter saído engasgada. Olhei para Arthur e seus olhos azuis imploravam por ajuda, então, com um sorriso brilhante eu respondi:
- Sim - beijei seu rosto demoradamente - eu não tenho sorte?

Namorado De AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora