-Como sabia que eu estava aqui? - perguntei quando me recompus, o que deve ter demorado uns bons minutos.
- Me ligaram da recepção hotel - deu de ombros - parece que uma senhora preocupada informou que havia uma moça sentada na minha porta, exigiu que o recepcionista me telefonasse e a aceitasse de volta - Nick começou a rir, o som ecoando pelo corredor vazio e causando algo estranho no meu corpo; senti que meu rosto e pescoço ficavam carmesim e logo comecei a rir também.
- Me desculpe por isso, ela me perguntou se eu estava bem, mas parece que ela não acreditou na minha resposta - tampei meu rosto com as mãos, totalmente envergonhada. Nick esticou uma mão na minha direção e eu a tomei, me colocando de pé com sua ajuda.
- Entre, querida, e vamos resolver nossas diferenças então - ele colocou a mão na parte baixa das minhas costas e me direcionando para dentro do quarto, não me deixando nenhuma outra escolha. Seu quarto era bem parecido com o meu, mudava apenas a cor de alguns móveis, pelo menos era o mais perceptível assim à primeira vista.
- Sente-se - ele apontou para uma poltrona que havia ali e sentou-se na cama - então, você está me perseguindo ou algo assim? - arqueou uma sobrancelha e eu senti que estava ficando ainda mais escarlate, como se isso fosse possível - ei, ei, estou apenas brincando, pare de ficar tão vermelha ou passará mal.
- Enfim, eu não estou te seguindo - respondi, fazendo careta para ele - foi apenas coisa do acaso.
- Já vejo - falou e colocou a mão no queixo, como se estive pensando - e por que estava sentada ali fora?
- Porque não podia sentar aqui dentro - saiu espontaneamente e ele sorriu, arqueando uma sobrancelha - estava ouvindo você cantar, mas juro que não sabia que era você - olhei para minhas mãos, sem graça - não me disse que sabia cantar.
- Nunca me perguntou - ele respondeu. Ergui a vista e encontrei seus olhos azuis perfeitos, que se conectaram imediatamente com os meus; seu olhar era tão intenso que praticamente me puxava para ele como um imã potente, dois pólos opostos que não conseguiam ficar longe. Me levantei da poltrona e caminhei até ele lentamente, notei seu pomo de Adão se movendo enquanto ele engolia. Parei na frente dele e, mesmo sentado, ficávamos quase cara a cara; ergui minha mão cautelosamente e lambi os lábios nervosamente, toquei seu ombro, sentindo o tecido macio da sua camiseta, e toquei seus cabelos áureos.
- Canta para mim? - sussurrei quase inaudivelmente e temi uma recusa
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Namorado De Aluguel
RomanceCréditos a Lindsay Vatz. Repostando, com algumas alterações. Primeiro livro. Leitores e leitoras,sejam bem vindos! Falem comigo, me dêem suas opiniões, digam o que estão achando, o que acham que vai acontecer, etc.