- Tenho vinte anos, não sou...
- Sim, você é. E se já terminamos, eu estou indo.
- Tudo bem - ele gritou quando eu já estava na porta - eu assino com vocês, mas a proposta ainda é a mesma.
Droga, onde foi que me meti? O rapaz realmente não sabia como aceitar um não como resposta e eu estava nas mãos dele.
- E como posso ter certeza de que fará isso? - questionei, arqueando uma sobrancelha.
- Eu assinarei e deixarei os papéis com você, mas poderá mostrá-los para seu chefe apenas depois de sairmos - disse, cruzando os braços sobre o peito - se não cumprir sua parte, está tudo acabado.
Eu já teria sua assinatura? Ora, isso seria muito fácil.
- Tudo bem então - respondi e ele sorriu largamente.
- Ótimo, podemos começar amanhã, te pego às 20:00 para jantarmos - falou despreocupadamente enquanto pegava o contrato da minha mão e caminhava até uma estante.
- Começar? - franzi o cenho.
- Eu não disse que sairíamos apenas uma vez - pegou uma caneta e posicionou sobre o papel.
- E quantas vezes será?
- Ainda não sei - ele ficou me encarando com a caneta sobre a folha, possivelmente esperando uma confirmação minha.
- Não, não, não - falei e fui em sua direção - isso não vai acontecer.
- Então vou te dar algo - disse - dois meses, sairá comigo para jantar, eventos, qualquer coisa que eu tenha que ir, será minha acompanhante.
Esse garoto estava falando sério? Eu só podia estar em uma pegadinha. Tudo bem, onde está a câmera?
- Eu não tenho todo o tempo - disse; revirei os olhos, peguei os papéis e comecei a guarda-los.
- Eu não vou responder isso agora - falei.
- Tudo bem, você tem até amanhã - me acompanhou até a porta e puxou um cigarro do bolso - estarei te esperando.
- Eu estou surtando - falei para Lídia que estava sentada no banquinho da ilha da cozinha enquanto eu preparava algo para comermos.
- Você vai sair com um bonito jovem roqueiro, o que há mal nisso? - minha amiga disse, rodando o vinho em sua taça antes de bebericá-lo.
- Não estou a fim de fazer isso - resmunguei e praguejei quando esbarrei na tampa quente.
- Vamos, Anne, será dois meses de farra e boca livre - comentou - e você pode acabar dando um amasso no rapaz.
- Eu não vou ficar com um garoto de vinte anos, sabe que prefiro os mais velhos.
- Você fala como se a diferença entre vocês fosse enorme.
- E é, eu tenho vinte e cinco anos, Lidy, quase vinte e seis - reclamei - mas a questão não é essa, Jonathan não está acostumado a receber não, tem tudo o que quer, não faz nada mais do que fumar, beber e foder.
- Nossa, essa palavra saiu mesmo da sua boca?
- Está vendo, eu estou desequilibrada - nós duas rimos - mas talvez eu possa colocar esse menino na linha, essa sua rebeldia e jeitinho não vai funcionar comigo.
Quando a manhã chegou e eu fui para o trabalho, ainda não tinha tomado uma decisão. Eu queria muito fechar esse contrato, mas não queria me sujeitar a uma chantagem, ou seja lá o que fosse, de Jonathan. Peguei o contrato e subi até o último andar, precisa falar com o chefe. Aline, sua secretária pessoal, estava no telefone e voltou-se para mim quando desligou.
- Olá, Anne - disse sorrindo - posso ajuda-la?
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Namorado De Aluguel
RomanceCréditos a Lindsay Vatz. Repostando, com algumas alterações. Primeiro livro. Leitores e leitoras,sejam bem vindos! Falem comigo, me dêem suas opiniões, digam o que estão achando, o que acham que vai acontecer, etc.