Capítulo 7- "Talvez não seja o beijo propriamente."

13.2K 993 15
                                    

Me afastei antes que eu fosse engolida como a garota do filme "Os irmãos Grimm", que foi sugada por um cavalo, e observei o homem ofegante na minha frente.
- Eu tenho que ir - falei.
- Talvez possamos nos encontrar depois - ele disse.
- Talvez outro dia - virei, mas parei. Não julgue as pessoas, dê uma chance, lembrei-me e me virei novamente para Victor - que tal me dar seu celular e eu te ligo depois?
Ele sorriu e acenou com a cabeça, enfiou a mão no bolso e arrancou seu celular. Notei que algo pulava para fora no processo e caía no chão aos seus pés, me agachei e eu queria sumir.
- Esqueça - rosnei, quando entreguei a aréola de ouro, ou praticamente joguei nele, e sai pisando duro.
- E entãaaaaaaaaao? - meus amigos perguntaram, esperançosos.
- Casado - resmunguei - querem saber? Eu desisto.
- Como pode não gostar de beijo de língua? Qual o seu problema? - Gabriel perguntou. Estávamos os dois deitados na sua cama king, as pernas erguidas na parede.
- Talvez não seja o beijo propriamente, mas o jeito que enfiam a língua como se quisesse me sugar como um aspirador de pó ambulante - me defendi, dando de ombros.
- Então, querida, você ainda não beijou um cara que valesse a pena.
- E sabe, eu não sinto nada quando me beijam. Não deveria ser bom, deixar a gente com a respiração agitada, o coração martelando e as pernas fracas?
- Ainda estamos falando de beijos ou de ataques cardíacos? - dei um tapa no seu braço e começamos a rir. A porta escancarou e uma Lídia extasiada irrompeu, um sorriso de orelha a orelha.
- Eu tenho a solução para os seus problemas - ela gritou, pulando para cima e para baixo no lugar.

Namorado De AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora