Namorado De Aluguel

Capítulo 9 - "O homem de 50mil dólares."

- Quanto seria se eu o contratasse? - questionei.
- Bem, você precisa de alguém por um mês inteiro. Fazendo as contas com o preço que está aqui, então isso daria... - ela tomou uma expressão pensativa - uns cinquenta mil.
- Cinquenta mil dólares? Que loucura - Gabe gritou no momento em que eu ia fazê-lo - aliás, esse cara é que tem que ser uma loucura para pagarem tanto por ele.
- E nem há sexo - lembrou-lhe Lídia.
- Cinquenta mil? Está brincando? - falei aturdida - Cacetada, com cinquenta mil eu arrumo um marido e o sexo vem incluído.
- Então ele está fora do nosso cardápio. E você garota, é quase virgem pois só teve um homem na sua vida, precisa de algum que o negocie.
- Nem pensar, acho repugnante fazer sexo por dinheiro - ataquei, franzindo a testa.
- Tudo bem - ela suspirou - já estou agradecida por ter concordado em fazer isso.
- E como sabe que ele não negocia essa parte? - Gabe perguntou, arqueando uma sobrancelha - o tal Nicholas, quero dizer.
- Nicole, amiga da minha irmã, não o conseguiu, mas uma colega dela sim. Esperou seis meses por ele e tentou entrar em contato várias vezes; eles foram para um casamento e tiveram que dormir de um dia para o outro. Ela se embebedou e foi para cima dele, esperando que cedesse, considerando que estava bêbada.
- E então? - perguntei, curiosa por saber a resposta.
- Não aconteceu, apesar de estarem dormindo na mesma cama. Ele permitiu que o beijasse, mas não passou disso. Logo, ele colocou ela debaixo do chuveiro e depois falou para que dormisse que na manhã seguinte estaria melhor. Ela ficou desolada, porém, disse que tentaria novamente nem que tivesse que espera-lo por um ano.
Passamos um tempo lendo alguns perfis e vendo como funcionava. Eu teria que ligar na agência, dizer qual eu queria e me transferiam para o telefone pessoal do homem escolhido. Se ele decidisse me aceitar, eu receberia uma carta para indicar que era eu mesma e nos encontraríamos no dia que ele fosse necessário; caso ele não me aceitasse, eu receberia uma ligação, um pedido de desculpas e teria a opção de aceitar outro homem que eles me enviassem. De todo modo, eu teria alguém comigo.
Quando a noite caiu, eu decidi que seria melhor ligar logo, apesar de faltar dois meses para irmos até a França. Digitei os números no meu telefone e esperei, balançando minha perna nervosamente. A voz suave de uma mulher soou do outro lado dizendo o nome da empresa e perguntando com quem falava.