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- Volta aqui Kate. - diz meu pai quando eu saiu correndo da sala com sua pasta do trabalho.

Ouço o som da companhia e vou abri a porta, vendo um rapaz moreno, alto, olhos marrons e barba pós fazer.
Ele encara - me e sorrir. Seu sorriso é bonito, num perfeito branco alinhado e sinto - me obrigada a contribuir o mesmo sorriso.

- Entre Sr. Adams - diz meu pai vindo em nossa direção.

Papai tira a pasta da minha mão e manda eu ir para o jardim.
Fico calada e um pouco confusa, porém vou mesmo assim.

(...)

- Kate, vem aqui. - grita meu pai da janela da sala.

Entro na sala e vejo malas perto da porta, olho confusa para minha mãe que sorrir maldosamente.

- Filha, agora você pertence a esse senhor. - diz meu pai com a maior naturalidade do mundo.

Fico perplexa, como assim pertenço a ele? Sou objeto agora?

- Não entendi. - digo e olho para o homem.

- Não precisa. - diz minha mãe.

O homem pega - me ao colo e leva - me para fora da casa, indo em direção a uma ranger.

- Não, por favor. - grito enquanto choro.

Ele joga - me no porta - malas do carro e fecha o mesmo.

Bato freneticamente na porta do porta - mala e grito com todo o ar que tem em meus pulmões.

//////

Acordo quando essa lembrança horrorosa vem a tona.

Passo a mão pela minha está e estou completamente soada, meus cabelos estão encharcados de suor e minha respiração está descontrolada.

Sinto meus olhos arderem e lágrimas e mais lágrimas descem pelo meu rosto.

Aquele foi um dos piores dia da minha vida.

Foi quando eu percebi que vivia com monstros.

Olho ao redor do pequeno quarto e abraço minhas pernas, pego o celular e vejo que são 5:30 da AM. Descido levantar da cama e vou para o banheiro.

Despir - me e entro de baixo dó chuveiro, sento - me no chão enquanto a água quente atingi minha pele de uma forma agradável.

Passo as mãos em meu cabelo e grito. Grito com todo o ar que tenho em meus pulmões.

Odeio eles. Odeio aquelas pessoas. Como senhor? Porque o senhor não teve piedade de mim?

No meio dos gritos surgem soluços. Gritos de desespero e soluços de angústia.

Meus soluços é a única coisa que se ouve fora o cair da água.

Estou tao cansada dessa vida! Tão Cansada!

Olho para a pia, vejo uma caixa familiar para mim. Saio debaixo do chuveiro por um instante e pego na caixa, abro a mesma e pego o estilete voltando para debaixo do chuveiro.

Passo a lâmina do objeto cortante pelo meu braço e esquerdo e uma sensação de nostalgia cresce dentro de mim. Repito o processo duas, três vezes e só paro quando o chão está coberto pela água de cor vermelha.

Grito novamente. Grito por ter sofrido tanto, grito por essas porcarias de lembranças atormentarem meus pensamentos, estou cansada dos demônios do meu passado se fazerem tão presentes em minha vida!

- Kate minha filha. - ouço o som da voz da minha mãe adotiva e logo passos.

Não consigo enxerga - lá direito, minha visão está embaçada por causa das lágrimas.

Sinto braços gordinhos e firmes ao meu redor, me abraçando.

- Vai ficar tudo bem amor, respira e tenta esquecer. - diz e fico em silêncio.

Ela tira o estilete da minha mão e joga - o para fora do box.

Encosto minha cabeça em seu peito e fecho os olhos.

Ela fica ali, debaixo do chuveiro comigo. A água ainda cai, porém agora um pouco mais fria.

Vejo anjos e demônios, como se fosse uma luta interna pela minha alma, e não gosto de admitir mas... O demônio irá vencer essa luta.

O meu lugar é na escuridão e não na luz.

O LADO BOM DA VIDA ( Niall Horan ) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora