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Dra. Killier fica calada, pela primeira vez des de que conheço -a, vejo que ela está sem palavras.

Como você sente - se com isso? - pergunta.

- Iludida. - digo e soluço.

- Por que iludida? - pergunta.

- Por saber que estou sofrendo por algo que nunca vou ter, por sonhar que algum dia alguém possa mostrar - me o outro lado da vida, o lado bom. Por sempre me decepcionar com a pessoa que amo, por amar. - digo e limpo outra lágrima.

- Amar não é uma coisa ruim, Kate. O amor pode lhe curar. - diz e suspira.

- Como também acabar com minha vida. - digo.

- Uns bebem, outros fumam, uns drogam - se e outros amam. Cada qual se mata do seu jeito. - murmuro e ouço o sinal tocar.

Dra. Killier suspira e decido terminar meu ponto de vista antes de sair da sua pequena sala.

- A pessoa mais iludida e sonhadora que conheço sou eu mesma. Tipo, eu escuto o povo falando que sonhar é bom, sem um sonho você não é nada, mas eu quebro demais a cara com isso porque eu sonho alto e o tombo é grande demais para suportar!
A maioria das minhas decepções são provocadas por mim mesma, porque eu espero muito de quem só pode me dar pouco. - digo e saio de sua sala batendo a porta.

(...)

Me encosto na parede e suspiro. Foi uma declaração e tanto.

Saio andando pelo corredor vazio em direção a sala 2.002, o laboratório.

Entro na sala e a mesma está vazia e toda suja, posso dizer.

Essa gentinha é porca, viu.

Pego o material de limpeza que está perto da porta e coloco à mão na massa, se essa for a única alternativa de me livrar dos meus pensamentos.

(...)

Está tudo limpo! Nem parece que animais passaram por aqui.

Tiro as luvas e vou até a última cadeira pegar minha bolsa, porém ouço a porta ser aberta e fechada.

Escondo - me debaixo da mesa e ouço vozes.

- Ahwn Niall. - geme uma voz feminina.

Oh não, não pode ser!

Barulho de cadeiras e mesas sendo arrastadas em seguida mais gemidos.

Limpo as lagrimas que caem dos meus olhos, meu deus, eu estou parecendo uma criança chorando por qualquer merda.

Levanto - me e pego minha bolsa, dando uma tossida falsa em seguida.

Niall olha - se e seus olhos arregalam - se enquanto Chloe da risada.

- Bem, a chave da sala está aqui, quando saírem, tranquem tudo. - digo e jogo a chave perto do seu pé.

Niall olha - me com aquele olhar que só ele tem, aquele olhar que me faz ficar derretida, aquele olhar que me fez ficar inteiramente à sua mercê, aquele olhar que fez com que eu me apaixonasse completamente.

Saio da sala antes de derramar mais lágrimas, não posso permiti - lo me ver chorar.

Saio da escola e vou para casa em passos lentos e melancólicos.

Entro em casa e vou diretamente para meu quarto, jogo - me na cama e desabo. Talvez a dra. Killier esteja certa. Talvez o meu travesseiro realmente seja o único que sabe do meu sofrimento.

Entre os soluços sento - me na cama.

- Cansei de sofrer. - murmuro.

- Senhor na qual mamãe reza todos os dias, se realmente existir, por favor, peço - lhe, arranca esse sofrimento de mim. Se for preciso levar o coração, pode leva - lo, não pretendo amar ninguém tão cedo. - murmuro e choro ainda mais.

- Por favor senhor, por favor. Tira esse sofrimento. - sussurro e puxo meu cabelo.

- Deixa - me ser o que era antes. A velha Katerine sem sentimentos. - murmuro e deito - me na cama novamente.

Fechando os olhos, digo umas últimas palavras antes de adormecer.

- Dizem que o tempo supostamente cura, mas eu ainda não fui completamente curada mesmo nenhum tempo tenha se passado, eu estou sofrendo. Sofrendo por amor e posso dizer que é a pior dor que existe no mundo.

Se não quiser sofrer, não ame, se for fraca, não ame. Amar é para os fortes e depois dessa experiência, descobrir que sou a maior fracote que conheço.

O LADO BOM DA VIDA ( Niall Horan ) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora