Prostituta?

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  Sábado, 17 de dezembro de 2020

             π Katherine Smith π

Faz quase dois meses que estou em New York.

Faço programas todas as noites, ganho em volta de mil dólares por noite.

Faço de tudo, menos beijar na boca, pois acho um ato muito íntimo.

Quando cheguei, fiquei alguns dias dormindo na rua, porém agora tenho minha própria toca do Hobbit.

É um lugar pequeno, com apenas um cômodo, porém é aconchegante. Com o que eu ganho, posso morar numa casa maior, porém não quero. Como sou só eu, prefiro aqui, minha confortável toca.

Olho no relógio e vejo que falta dez para as onze, preciso me arrumar, tenho um programa em poucas horas.

Levanto da cama e vou até um pequeno quartinho que guardo minhas roupas.

Pego um vestido de couro preto, meia calça rendada e saltos altos, pego também uma lingerie preta rendada. Com tudo em mãos, vou até o banheiro e tomo um banho rápido, tendo em vista que algumas horas antes, já havia tomado banho.

Desligo o chuveiro e pego uma toalha, depois de arrumar meu cabelo num rabo de cavalo e passar uma maquiagem simples com o indispensável batom vermelho, visto a roupa.

Saio do banheiro e pego minha bolsa, e alguns trocados antes de sair de casa.

Desço as escadas do pequeno apartamento e chamo um táxi, dando para o mesmo, o endereço do hotel.

Em alguns minutos ele para na frente da enorme estrutura de concreto e antes de ir sair, pago o motorista pela corrida.

O porteiro abre a porta e sorrio para o mesmo, assim que entro, vou em direção ao elevador e clico na cobertura.

Meu cliente é o Senhor Alan Cross, meu primeiro cliente quando cheguei aqui.

É um senhor de meia idade, na casa dos sessenta anos, porém não se engane por causa da idade, ele é bastante ativo.

Entro no quarto e lá está ele, sentado na poltrona perto da janela fumando seu charuto italiano.

- Senhor Alan! - digo e ando em direção a ele com os braços abertos.

- Katie. - diz e levanta abraçando - me em seguida.

Dou um beijo em sua careca e ele rir.

- Está cada vez mais linda. - diz e sorrir.

Sorrio em resposta.

- Sente - se, vamos fumar um pouco. - diz entregando - me um charuto.

Eu conheço esse senhorzinho muito bem, quando oferece - me um charuto e convida - me para sentar, pode ter certeza, algo aconteceu.

- A vida é curta pequena Katie. - diz e sorrir tristemente.

Sorrio em resposta.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto indo direto ao ponto.

- Minha filha. - diz e olha pela janela.

Acompanho seu olhar, a vista é maravilhosa.

Ele falou - me um pouco de sua família. A esposa morreu alguns anos antes de problemas no coração, sua única herdeira não liga para ele, prefere viajar o mundo com os amigos.

- O que aconteceu? - pergunto e coloco a mão em seu ombro.

- O carro dela virou quando ela estava a caminho daqui. Nós havíamos brigado algumas horas antes por telefone. Ela estava vindo para casa para pegar suas coisas e ir embora para sempre. - diz aos soluços e aproximo - me dele, abraçando - o forte e dizendo que vai ficar tudo bem mesmo não tendo a certeza que isso irá acontecer.

Alan é um homem robusto, aparentemente grosso e frio, porém ele é completamente diferente. É um homem carinhoso e bondoso além de ter  um enorme coração.

O que estiver ao meu alcance, vou fazer. Vou ajudar Alan Cross. 

O LADO BOM DA VIDA ( Niall Horan ) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora