Capítulo Dez Alguns Dias Depois

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Naquela manhã, todos os moradores do Reino Muito Distante foram surpreendidos com um convite dourado voador falante, que tinha a voz da princesa Annohla e dizia a seguinte mensagem:

Você está convocado a participar da minha festa de confraternização, que acontecerá amanhã no meu castelo, com muita música, bebidas, churrasco, brincadeiras, presentes e babados fortíssimos. Sua presença é indispensável.

Assina: Princesa Annohla.

Logo em seguida, o cartão virou vários beijinhos de luz que explodiram no ar.

— Mooo... essa eu não perco, por nada — falou a Vaca com seu bebê já grandinho.

— Já vou ao salão de pelos, me produzir — disse Maine — Meu pelos estão horríveis.

— Vou matar a saudade da minha amiga linda Annohla — falou Ursa Lina, se acabando de chorar.

— Vamos arrasar — falou o Leão, dando um beijo super melado na amada.

— Que legal — disse Carrapicho, alegre.

— Eu também vou — disse Pinóquio. — Eu admiro muito a princesa fofuxa — o nariz do boneco deu várias curvas.

Carrapicho olhou zangado pro irmão.

— Vamos nos preparar, Chapeuzinho e Julieta — falou a Vovó — Vou usar meu macacão florido. Quero estar impecável!

Os Sete Anões também adoraram o convite e correram pro tecelão mais próximo.

— Quem chegar por último é o maior — gritou um dos Anões.

Eles odiavam essa palavra "Maior".

— Churrasco! — exclamou o Dragão, cuspindo uma labareda de fogo — que delícia!

— Não vou dançar de jeito nenhum — falou o Cachorro, agora ele não dançava mais e nem usava aquela roupa de bailarina.

Annohla estava muito feliz por tudo que havia acontecido com ela. Seu casamento estava às mil maravilhas, o que era motivo de sobra para festejar, junto com seus amigos e amados do Reino. A princesa enfeitou todo o castelo com muito brilho. Havia diversos litros com bolas brilhantes em cima das mesas. Essas estavam decoradas com flores e balões que desciam do céu. Bolas e estrelas douradas e brancas flutuavam no ar. Vaga-lumes piscavam em diversos lugares do castelo. Um gigantesco castiçal se projetava no meio no grande salão. Toalhas vermelhas, verdes e douradas nas mesas chamavam a atenção. Tudo estava um luxo. As fadas jogavam uma magia nos champanhes que serviam aos convidados, automaticamente. Mais a frente, um banquete de dar água na boca se destacava em uma imensa mesa, coberta com uma toalha vermelha, cor de sangue. O cardápio incluía cogumelos, arroz à grega, farofa de banana da terra, pernil, prato de frios, trufa branca, caranguejos, caviar beluga em folhas de ouro, lagostas escocesas revestidas de ouro, melancias negras, noz macadâmia, entre outras infinitas delícias.

Annohla contratou Rosa Vermelha para tocar na festa. Rosa Vermelha era uma das DJs mais renomadas do Reino. Ela havia se formado em música no exterior. Rosa Vermelha montou um lindo palco em um lado do salão do castelo com pole dance para quem quisesse se jogar na balada depois do jantar.

A noite chegou rápido e com ela os convidados. Havia ali todos os personagens dos contos de fadas e dos contos sem fadas também.

Annohla estava belíssima. Usava uma saia com as cores do beija-flor, com um cropped branco e por cima um casaco amarelo. A sandália era dourada. O cabelo estava solto. No pescoço, uma linda gargantilha de ouro. A maquiagem estava perfeita. O príncipe também estava um gato. Ele usava uma camisa jeans, marcando seus músculos, uma bermuda vinho e um sapato verde, com cadarço marrom. As fadas estavam encantadoras. O rei e a rainha, luxuosos. Alguns parentes do príncipe também vieram prestigiar a festa.

Annohla avistou os amigos chegando e correu para abraçá-los.

— Que prazer em revê-los!— disse Annohla, muito feliz.

Os amigos conversaram muito. Depois foram comer e dançar bastante. Muitos paparazzis faziam a cobertura da festa. Eles tiraram fotos de tudo.

Ursa Lina aproveitou para comer muito com o seu namorado, o Leão Alegre. Em uma cadeira mais a frente ela viu a Bela Adormecida roncando e deu um tabefe na cara da coitada, que acordou atordoada.

— Ah, onde eu estou? — perguntou Bela Adormecida, quase morta.

— Na festa da princesa Annohla — respondeu Ursa Lina — e não é hora de dormir. Não basta você passar o dia dormindo, tem que dormir à noite também?!

Bela Adormecida nem deu atenção e voltou a dormir e roncar bem alto. O Leão Alegre começou a rir e riu tão alto que o castelo estremeceu.

O Cachorro, ex-dançarino, estava se exibindo, pois agora ele era o Cachorro de Botas.

— Nossa! — exclamou Maine — Você arrasou com essa bota de couro legítimo.

— Obrigado — falou o Cachorro, fazendo charme.

Os sete anões tiraram algumas princesas para dançar e caíram na night.

Annohla também se jogou com o príncipe Felício e assim a pista de dança ficou lotada. A Vovó dançava no pole dance com Chapeuzinho Encontrada. A Vaca colocou seu bebê para dormir e também caiu na pista de dança.

O Dragão se apaixonou perdidamente por uma Ogra Verde e em poucos minutos estavam se beijando.

Ursa Lina foi tentar comer caviar, mas acabou se engasgando.

— Hora dos presentes — disse Annohla, olhando para os amigos.

— Presentes? — perguntou Pinóquio.

— Sim — respondeu Annohla, dando uma palmada no ar.

Eles ouviram batidas de sinos e pela grande janela entrou uma Rena em uma motocicleta. Ela trazia um saco cheio de presentes. Dos pneus da bicicleta, saiam estrelas de ouro que brilhavam muito.

A Rena usava um lindo vestido vermelho com um cinto dourado e luvas verdes nas mãos.

— Todos irão receber presentes — disse a Rena e assim o fez. Ela entregou para cada um, um presente. O Reino inteiro ficou muito feliz.

— Isso merece uma selfie! — disse Rosa Vermelha.

Eles se aglomeraram entre as mesas e um dos paparazzis se posicionou para tirar a foto.

— Sorriam — falou ele e assim uma linda foto foi tirada de todos. E eles aproveitaram a noite até o amanhecer.

    Fim

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