Livro II - Capítulo Um: A Pequena Elidelinda

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Um ano depois do casamento, Annohla teve uma linda filha com o príncipe Felício, a doce e meiga Elidelinda. Mas, a pequena e inocente criança, nasceu com uma rara maldição, a Maldição da Bela Adormecida.

- Não pode ser! - exclamou Annohla, chorando.

- Meu amor - disse o príncipe, abraçando Annohla.

O príncipe balançou a cabeça.

- Eu conheço alguém que pode ajudar - disse a ama-de-leite, que era um canguru.

Annohla abriu bem os olhos.

- Quem, Salto Bem Saltado?

- Merlim, Princesa Annohla!

- Mas, onde podemos encontrá-lo?

A ama deu um salto até a janela do castelo, e apontou para a Floresta de Esmeralda.

- Ele mora lá - disse Salto Bem Saltado.

- Irei mandar um dos guardas, chamá-lo imediatamente.

Além de Salto Bem Saltado, se encontravam ali na sala de parto, a parteira gaga, Tatataruga e os parentes do príncipe, a Ovelha Claudete, olho de Bomba. O Urso, umbigo Estufado e o cachorro barraqueiro, Boca de Confusão.

- Acho... Acho... Que... Que... Vai... Dar... Tudo... Tudo... Certo... - disse Tatataruga.

- Claro querida, sempre dar certo - falou Claudete, os olhos eram do tamanho de bolas de golfe.

- Vai sim! - exclamou Umbigo Estufado, com a boca cheia de biscoito.

O príncipe olhou para Boca de Confusão.

- Se não der, eu vou rodar a baiana, eu vou atrás dessa Bela Adormecida, ela vai acordar minha linda flor Elidelinda, nem que pra isso, eu tenha que dar um cocorote nela - disse o cachorro, dando um beijo na pequenina e dorminhoca princesa.

Elidelinda era tão branquinha, tão fofuxa. Os cabelos eram loiros iguais os da mãe.

- Cadê esse tal Merlim? - perguntou Boca de Confusão, estressado.

- Estou aqui - uma voz grossa respondeu, atrás das costas do cachorro.

Eles olharam rápido.

- Merlim, por favor! - pediu Annohla, mostrando a pequena criança. - Ela está em um sono profundo.

Merlim olhou a pequena, tentou abrir os olhos da fofinha a força.

- Ela está mesmo com a Maldição da Bela Adormecida. São poucos crianças que nascem assim, e ela é uma delas - disse o velho.

- E agora? - perguntou Felício, triste.

- Você tem que fazer alguma coisa! - gritou Boca de Confusão para Merlim.

- Seu Merlim - chamou ama-de-leite, quase chorando. - Ajude essa criança.

Merlim piscou.

- Existe um antídoto - disse ele.

Todos se olharam, cheios de esperanças.

- Uau, uau, pois, diz logo - latiu Boca de Confusão.

- Vocês terão que viajar para a Terra do Sempre - falou o velho.

- Terra do Sempre? - interrogou Annohla. - Onde fica isso?

O velho balançou as mãos no ar, e um holograma apareceu na parede do lado.

- É aqui, nesta ilha - disse Merlim, apontando para um ponto. Ele deu um zoom no ponto e apareceu uma linda ilha, cheia de plantas, animais e muita magia. - O antídoto de RedBull está lá, em algum lugar, mas cuidado, a ilha esconde grandes mistérios e enigmas.

Umbigo Estufado engoliu em seco.

- Não quero saber de perigo - disse Felício. - Só quero que minha flor acorde.

- Pe... Pe... Pe... Perigo? - gaguejou a parteira, se escondendo dentro do seu casco.

- E como chegamos lá? - perguntou Felício.

- Esse espelho - Merlim apontou para um espelho, do lado deles. - Os levarão, para a Terra do Sempre.

- Como? - perguntou Claudete, com o nariz empinado.

- Eu irei abrir um portal, então cinco de vocês serão transportados para a ilha, e quando acharem o antídoto digam: São Longuinho, São Longuinho, me leve de volta, quando eu dar três pulinhos. E assim vocês retornarão.

Olá, espero que tenham gostado. A parte II, está apenas começando.

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