Capítulo Cinco O Navio Cem Fantasmas

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- Puxa, essa foi por pouco - disse Annohla, aliviada.

- Vamos agora para o Navio Cem Fantasmas - falou Curupira.

Eles colocaram as mascaras e ficaram invisíveis.

O Porco deixou eles bem na amurada, mas não havia ninguém nas proximidades, a não ser três galinhas: Uma gordinha, uma magrinha e uma bem alta.

- Não aguento mais essa vida de empregada domestica - disse a gordinha, esfregando uma parte do navio.

- Salário que é bom, nada - falou a bem alta, limpando o chão com uma escova.

- Eu vou atrás dos meus direitos, vou acionar meus advogados - disse a magrinha - isso é uma falta de respeito com nossa classe.

Claudete quase morre de rir. Boca de Confusão as achou muito engraçadas.

- Vamos logo - disse Curupira, apontando para uma entrada, perto do escaler.

- Rápido - falou João, correndo para a porta.

Eles entraram ligeiro. Lá dentro era uma coisa de luxo. Tinha uma mordomia só. Havia mordomos servindo caviar e champanhe para homens barbudos e mais a frente banheiras de hidromassagens com vista para o mar e suítes de até 200 metros quadrados foliadas com ouro, que mais pareciam apartamentos de luxo. Tinha um enorme salão de festa, com discoteca. Mais galinhas trabalhavam, limpando as sujeiras que aqueles homens faziam.

- Nós somos os maiorais – disse um homem de barbas gigantescas e negras. – Vamos viver para sempre, enquanto Bela dormir seu longo sono. Todos lá fora têm medo de nós e dos nossos Cem Fantasmas, kkkkkkkkkkkk.

Todos riram debochando da Rainha que dormia feito pedra e da população que vivia assombrada.

- Enquanto ela dome, nós estamos luxando, essa ilha de riquezas é nossa para sempre – disse o Capitão Mão Azeda, segurando um limão.

O Capitão fez um gesto e tacou o limão nos olhos dele e todos aplaudiram aquela cena ridícula.

- Minha nossa – disse Boca de Confusão, baixinho.

- Ele é um monstro – falou Curupira, nervoso.

- Olha o Antídoto – apontou João para um frigobar. Havia vários frascos com um tipo de água verde dentro.

- Bééééé. Então aquele é o Antídoto? – perguntou Claudete.

- Sim – respondeu Curupira – temos que pegar sem ninguém notar e dar o fora logo.

- Vamos levar todos – disse Annohla.

- Exatamente – disse Curupira.

Eles foram caminhando devagarzinho, sem ninguém notar. De repente eles ouviram alguém soltando um pum.

Um dos homens soltou um pum pode carniça. Claudete não aguentou e acabou vomitando.

- Minha nossa – falou Boca de Confusão.

Todos pararam, observando aquela cena.

- Rápido! – gritou Curupira.

- Alguém invadiu o Navio – gritou Mão Azeda.

Os piratas puxaram espadas de todos os lugares, procurando os intrusos.

- Protejam os Antídotos – falou O Capitão Mão Azeda.

Curupira e os outros correram rápidos para o frigobar. Mas um dos piratas chegou primeiro em um scooter. Outros colocavam fantasias de fantasmas. Curupira observou a cena. Na verdade não havia fantasma nenhum. Eram apenas fantasias que Mão Azeda e sua trupite usavam para assombrar a ilha e deixar todos com muito medo.

- Quem está aí? – perguntou O Capitão.

Fez-se um silêncio.

- Se revele e pouparei sua vida – falou o Capitão.

Claudete estava se tremendo toda.

- Calma – pediu Annohla.

As galinhas cansadas de serem escravas aproveitaram o momento e montaram um plano de fuga.

- Fujam! – gritou a líder.

Foi uma grande correria. Annohla e Curupira deram um empurrão no pirata e abriram o frigobar pegando o máximo de antídoto possível. Claudete, Boca de Confusão e João também encheram as mãos de antídotos.

Eles saíram correndo entre os piratas.

- Peguem eles e joguem para os tubarões – gritou Mão Azeda.

Em minutos Annohla e os outros estavam fora do Navio. Várias galinhas se jogavam nos scooteres dos piratas sem nem saberem pilotar. Outras se jogavam ou tentavam escapar voando daquele lugar.

- Isso é suicídio – disse Boca de Confusão.

- Cóin-Cóin – fez Curupira bem alto.

O porco voador apareceu do lado da amurada, eles correram e subiram no porco.

- Peguem eles! – exclamou Mão Azeda, em um scooter disfarçado de jacaré.

Olá, espero que gostem.

Princesa AnnohlaOnde histórias criam vida. Descubra agora