Capítulo 37

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É engraçado o quanto a vida gosta de brincar com as pessoas, as vezes manda uma serie de acontecimentos ruins pra depois tudo de bom acontecer. Mas as vezes quado tudo esta indo bem, tudo desmorona num piscar de olhos. Louis não podia negar que isso era uma teoria totalmente verdadeira, sua vida estava indo bem, com amigos ótimos, com um namorado maravilhoso. E sem seu medo de toques, nem sequer tinha pesadelos ou chorava a noite. Mas agora lá estava ele, do mesmo jeito que esteve a 4 anos atrás.

Sentado no chão com um dos seus pés amarrado com uma corda a cama, Louis podia ver Harry não tão longe caido no chão. Seus soluços saindo baixinho com medo de irritar ainda mais aquele homem, o de olhos azuis só queria ver se a pessoa que mais amava estava bem, doía demais vê-lo no chão desacordado e não poder fazer absolutamente nada.

- P-Por favor, solta e-ele. Ele não t-tem nada haver com isso. - Louis implorou mais uma vez para o homem alto em sua frente.

Os olhos do mais novo estava fixos em Harry e nem sequer lembrou que não devia falar sem olhar fixamente aquele ser.

- Isso o que, Louis? - A voz grave soou descontente, os dedos ásperos do homem segurou o queixo frágil do menino fazendo o olhar. - Quantas vezes vou ter que dizer que é pra olhar para mim quando estiver falando, respeite o seu pai. - Cuspiu as palavras apertando o queixo de Louis.

- Você não é meu pai. - Tomlinson sussurrou a frase que milhares de vezes disse em seu passado.

Ele nunca considerou aquele homem seu pai, não depois de todos os tapas, socos e chutes que levava. Não quando tentou toca-lo de forma nojenta, não, de forma alguma aquele monstro era seu pai.

- Garoto, não me provoca. Já estou irritado o bastante por essa coisa vim atrás de você.

Louis se encolheu ainda mais ouvindo seu pai gritar, odiava aquela voz, fazia sentir vontade de vomitar. O medo que sentia o deixava travado mas não queria dar esse gosto ao homem, queria se mostrar forte, ele tinha que ser forte por Harry.

- Por favor. - Pediu olhando fixamente aqueles olhos frios. - Apenas me deixe ver se ele esta bem, depois podemos ir embora. Eu vou com você sem reclamar, só não faça nada a ele.

Louis sentia suas lágrimas escorrerem por suas bochechas, o monstro o olhava com uma sobrancelha arqueada com um sorriso macabro no rosto.

- Não me diga que ama aquela coisa? - Perguntou se agachando em frente ao menor.

O silêncio de Louis fez o homem rir, rir alto enquanto balançava a cabeça.

- E você deixa ele tocar em você? - Perguntou vendo Louis se afastar, o puxou pelo braço ate que estivesse quase colado ao seu corpo. - Você gosta que ele te toque?

A repulsa que Louis sentia daquele homem o fazia dar ânsias de vomito.

- Se ele pode te tocar eu também posso. - Sussurrou no ouvido de Louis que reprimiu a vontade de gritar. - Afinal, gays são todos nojentos aceitam qualquer um passando a mão neles. Isso me faz lembrar que não pude terminar algo, você lembra filho? Quando ia finalmente te dar o que você merece sua mãe acabou atrapalhando, onde ela esta agora?

Louis soluçou fechando seus olhos com força, aquele homem era o demônio.

- Você é um monstro. - Sussurrou.

- Sou, mas agora o monstro vai ter você inteirinho.

Dessa vez Louis gritou, gritou o mais alto que conseguia, seu corpo se debatendo quando foi levantado do chão e logo jogado na cama. Seus soluços misturados com os gritos fazia ter falta de ar, as mãos segurando em seu corpo o fazia ter vontade de fechar os olhos e nunca mais abrir, assim que sentiu o botão de seus jeans ser desfeito sentiu sua cabeça girar. De sua boca saia uma sequência de não e por favor, mas a única coisa que aquele homem fazia era rir, mas antes que conseguisse tirar a peça de roupa do garoto foi arremessado ao chão.

Will You Still Love Me Tomorrow? (L.S)Onde histórias criam vida. Descubra agora