Capítulo 34

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Abri a porta e Chris estava encarando o chão. Uh, ele tá lindo. Nossa, que calor. Ele levantou o rosto e sorriu e meu hormônios foram a loucura. Tava tudo explodindo dentro de mim.

- Oi - eu disse.

- Está magnífica. Vamos?

- Claro.

Fomos até o carro e ele abriu a porta pra mim. Eita, gostei. Ele entrou em seguida e começou a dirigir. Chris ligou o rádio do carro e colocou um pen drive. Eu logo reconheci a música que começou a tocar... E a banda.

- Cara, não acredito que você gosta de Lawson! - gritei.

- O que? Você conhece?

- É A MELHOR BANDA EXISTENTE NA FACE DA TERRA. EU ACHEI QUE NINGUÉM CONHECIA!

- Ah, não é possível. Qual música é a sua favorita?

- Todas! Juliet, When She Was Mine, Brokenhearted... Cara, eu amo eles!

Eu e Chris emocionamos legal quando soubemos que tínhamos isso em comum. Quer dizer, cara, eu nunca conheci alguém que sequer conhecesse a banda Lawson. Eles são muito fodas! Todos deveriam conhecê-los!

Chegamos num restaurante ao som de We Are Kings, de nada mais nada menos que Lawson. Reconheci que era um restaurante de comida japonesa ou chinesa. Uh, sushi. Eu gosto de sushi. A gente entrou e um cara nos levou até uma mesa perto da janela. Nos sentamos frente a frente. O garçom pegou nossos pedidos e se foi.

- Mas então, é, o que deu que seu primo foi embora antes? - ele quis saber.

- Ah, caganeira.

- Lá em casa tem banheiro.

- É que ele ficou com vergonha de cagar lá. Ele disse que quase não aguentou subir as escadas.

Acabei me lembrando da nossa "briga". Fiquei muito chateada com as coisas que ele me disse. Será que as coisas que ele disse estão certas? Será que eu ouvi tanto a música How To Be A Heartbreaker que sofri uma lavagem cerebral? A voz da Marina é diva, ela não faria uma lavagem em mim!

- O que foi? Por que mudou de expressão de repente?

- Ah, não, eu só... Não vamos falar do David. Por que sua prima está aqui?

- Ela veio só passar alguns dias, sabe? No dia da festa, ela havia acabado de chegar. Não a aguento, muito chata. Viu a festa e me obrigou a levá-la... Eu não me lembro de ter te visto lá.

- Eu tava no sótão, não participei. Mas acredita que eu tive que limpar depois?

- Foi engraçado quando sua tia apareceu. Todo mundo saiu correndo.

A gente conversou bastante sobre coisas aleatórias, comemos e depois fomos embora. Não exatamente embora, porque a gente foi numa sorveteria (sim, está frio, mas quem liga?). Eu pedi sorvete de chocolate com menta e Chris pediu de pistache. Pagamos e ficamos andando por uma praça. Haviam poucas pessoas ali, eram mais casais mesmo. Começou a cair uma garoa fina e nós acabamos voltando pro carro. Vi que eram 23:02. Nossa, mas já? Meu Deus, como passa rápido!

Chris, ao invés de ligar o carro pra irmos embora, começou a passar a mão por minhas pernas e me puxou para um beijo. Isso! Acertei no batom! Resolvemos que a parte de trás do carro é melhor pra pegação do que a da frente. O carro é pequeno, então a gente ficou meio embolado. Ele começou a desabotoar a minha camisa jeans e... Escutamos umas batidinhas na janela. Quem era? Mendigo pedindo dinheiro. Aquele senhor com barba de Papai Noel acabou totalmente com o clima. Desgraçado.

Nos recompomos e finalmente fomos embora. Chris parou o carro na casa dele, após eu insistir que ele não precisava ir com o carro até o fim da rua pra depois voltar. Eu sei andar a pé, né? A gente desceu (ele abriu a porta pra miiiiim!!!!) e o Chris logo me envolveu num abraço.

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