Prólogo

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Estava de noite e Marcos não estava gostando nada, do vento frio que entrava pela janela. Ele sabia muito bem o que isso queria dizer, mas o que ele pode fazer agora? Ele pensava que tudo aquilo estava acabado, porém se enganou. Seus dedos batiam a todo momento na mesa de madeira, que ficava perto da poltrona onde ele estava sentado.
Parecia ja esta esperando alguém ou alguma coisa acontecer, Marcos se levantou da poltrona e foi fechar a janela e quando terminou de fechar a mesma sentiu sua mão queimar. E quando abriu a sua mão para ver o que estava acontecendo, ele viu que tinha um pequeno papel dobrado e não queria abrir o mesmo mas era sua única opção.
3214 era o que estava escrito no papel, com certeza não era apenas o número de uma casa era muito mas. Na verdade era mais um código no qual ele precisava ir a casa, a qual ele já não frequentava a alguns anos para descobrir o que esse código siguinificava. Logo ele que preferia nunca mas pisar naquela casa, mais estava obrigado a ir na mesma.

— Venha rápido! — A voz doce de uma mulher soou, bem próxima do seu ouvido.

Sendo assim Marcos pegou a chave do carro que estava sobre a mesa de madeira, abriu a porta de casa e saiu.

" — O que será desta vez?"
  — Marcos pensou ao ligar o carro e deu partida.

A única coisa que ele conseguia imaginar, é que o que ela tinha para lhe dizer não era nada bom.
Quando ele chegou em um local onde havia algumas casinhas, seguiu em direção a uma cujo o número era o que estava escrito no papel. Ao abrir a porta da pequena casa ele entrou sem pedir permissão, e logo observou o rosto daquela mulher que ele já não tinha visto por alguns anos. A mesma estava com uma expressão, de quem estava preocupada com algo mesmo assim ela logo o abraçou e depois de alguns segundos soltou Marcos.

— O que houve?  — Marcos perguntou querendo entender,  o que estava acontecendo.

— Eles voltaram a procurarem por ela! — A mulher disse preocupada.

— Mais eles disseram que não iriam mas! — Marcos disse logo após, passar as mãos no cabelo.

— O que você acha? — Eles não vão desistir de encontrar - lá, tão fácil assim! — A mulher falou com o tom de voz, um pouco elevado.

— O que devomos fazer agora? — Marcos perguntou, esperando que a mulher tivesse alguma idéia.

— Proteger - lá mais ainda! — Ela disse e Marcos apenas assentiu.

— Ela é uma abominação para eles, e eles não vão desistir nunca de encontrar - lá! — A mulher falou sabendo que aquilo, o faria ficar um pouco irritado.

— Mas ela não é! — Marcos disse e sentiu o seu corpo congelar por dentro, mas ele não deixaria isso transparecer por fora.

— Pegue, e entregue este colar para ela! — Ela falou entregando para Marcos um colar.

— Mais este colar? — Marcos perguntou supresso.

— Não me faça nenhuma pergunta, por favor.

Tantos anos de amizade e ela ainda continuava do mesmo jeito, sempre querendo que ele fizesse poucas perguntas. Logo ele que ao longo dos anos já tinha muitas perguntas para fazer, mesmo assim Marcos recebeu o colar e ficou por alguns segundos olhando para o pingente. Ele tinha as assas negras de um anjo, depois guardou o mesmo no bolso. Aquele não era um simples colar, ele sabia muito bem o que aquele colar siguinificava mas não iria questionar a decisão da amiga.

Ao sair da pequena casa ele caminhou por alguns minutos até chegar onde o carro estava estacionado. Ao adentrar o mesmo ele ligou o carro e ao olhar a estrada notou a presença de um jovem parado na frente do carro. Como que aquele rapaz parado na estrada caminhando em direção ao carro, fosse imperdir Marcos de chegar em casa e de entregar o colar para sua filha. Marcos pegou o seu revólver para atirar naquele rapaz se fosse preciso, e pelo visto seria ele não hesitou muito e logo deu o primeiro tiro contra o rapaz magro que desviou rapidamente e continuou caminhando em direção ao carro. Marcos errou muito ao subestimar aquele rapaz por ele ser um jovem magro, que parecia não ter nenhuma habilidade para ser rápido e engatilhar a arma dele antes que Marcos. Ele não podia ter cometido esse erro, mais como ele iria imaginar?

Nesse momento ele não estava muito preocupado com o que iria lhe acontecer, ele estava preocupado em saber o que iria acontecer com a sua mulher e com a sua filha se ele morresse. Ela simplesmente iria viver sendo perseguida por ser considerada uma abominação. O rapaz logo pulou em cima do carro, o que fez Marcos se despertar dos seus pensamentos e sentir que aquele seria seu fim.
Mais quem era aquele rapaz?
Simplesmente ele não iria conseguir saber a tempo, o rosto daquele rapaz branco de cabelos loiros parecia lhe observar analisando cada gesto e cada movimento que ele poderia fazer. Marcos podia sentir o medo de morrer tomar conta do seu corpo, e deixar o seu bem mais precioso que era a sua mulher e sua filha na terra sozinhas. Ele já sabia que poderia morrer a qualquer momento, ao aceitar fazer parte daquele pacto e movimentou sua mão levemente e conseguiu atirar mais uma vez.
 
Novamente o rapaz desviou e desta vez quebrou o vidro do carro com sua mão, e segurou o pescoço de Marcos deixando o mesmo sufocado sem conseguir respirar. Suas mãos o apertavam e ele só conseguia pensar que este seria seu fim, não conseguiria de nenhuma forma se despedir das duas mulheres que tanto ama.

    — Onde esta a abominação?
— O rapaz perguntou, soltando um pouco o pescoço de Marcos para que ele pudesse falar.

— Ela nunca foi uma abominação, você não vai conseguir retirar de mim onde ela esta! — Marcos falou com um pouco de dificuldade, com o pouco de voz que ainda lhe restava.

— Você prefere morrer, ao entregar - lá? — O rapaz sorriu apertando com mais força o pescoço de Marcos.

O mesmo sentiu aos poucos sua visão faltar, e sua vida se acabar após um último suspiro.

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Oi meus amores esse capítulo foi revisado por mim mesma, e com certeza agora deve ter muito menos erros ortográficos espero que entendam.♡ votem e comentem.

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Anjo Negro - Mistérios Da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora