Capítulo 12

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Paramos em frente a um lugar lotado de gente e com uma fila enorme. Ia demorar metade da noite para entrar no lugar. A boate leva o nome de 1OAK. Eu soube que tinha sido inaugurada há pouco tempo, mas que já era bem frequentada, por conta das diversidades de gêneros de músicas.

Pelo que Zack me falou, hoje seria o dia do eletrônico e pop e claro que eu gostei muito. Não que eu não gostasse de outros gêneros, eu me considero completamente eclética, mas sempre tive um "tombo" a mais por pop e eletrônica.

Para minha surpresa, Zack ultrapassa todo mundo da fila e vai falar com o segurança, que mantém sua cara séria.

—Olá amigo, sou Zack, amigo de Bash Kings.

—Espere um minuto, por favor.

O segurança aperta alguma coisa no ouvido e logo depois murmura um "ok".

—Podem entrar e boa festa pra vocês.

Entramos na boate escura e luzes coloridas começaram a fazer a festa pelo salão. Adentramos mais um pouco e vejo algumas mesas em um canto com uma meia luz. No meio da boate tem uma grande pista de dança com muitas pessoas amontoadas.

A área está repleta de pessoas dançando cada uma de sua maneira. O bar é todo iluminado e na sua frente há algo que se assemelha a uma nave espacial repleta de bebidas. O DJ está tocando muito e tudo está simplesmente incrível.

Um cara vem caminhando na nossa direção e pelo sorriso de Zack achei que era o tal Bash.

—Fala parceiro. —Cumprimenta o amigo— Quanto tempo cara; desde que você inaugurou isso aqui, nunca mais se lembrou dos amigos.

—Oh, sinto muito gatinha. Sei que sente minha falta, mas agora sou um cara importante; tenho que cuidar do meu negócio. E quem é essa miragem ao seu lado?

—Essa é Lana, Lana ele é o Bash.

—Muito prazer. —Falo apertando sua mão.

—Prazer só na cama princesa. —Diz piscando para mim.

—Tire os olhos, não é pro teu bico. —Fala Zack brincando com o amigo.

—Mas nós sempre dividíamos as gatas Zack, é só nos distanciarmos um pouquinho que você já vira um veado egoísta.

Engulo a saliva com dificuldade após a primeira frase.

—Vou te mostrar o veado. —Ele mostra os punhos.

—Fique a vontade e aproveitem princesas.

Zack da um soco no braço do amigo.

—Vou te mostrar a princesa depois. —Ele fala sorrindo.

Bash se distancia, e Zack gruda a palma de sua mão em minha costa.

—Vamos tomar um drink? —Pergunta animado.

—Claro. —Sorrio.

É, parece que minha promessa de parar de beber vai ter que esperar; pelo menos essa noite.

—Um Martini, por favor. —Peço ao barman, que fica me secando.

—Um Uísque duplo sem gelo. —Zack com uma carranca, encarando o rapaz.

Começamos a olhar o movimento e reparamos vários poli dances em alguns pontos mais escuros da boate, com mulheres dançando sensualmente.

—Elas são gatas. —Fala olhando uma dançarina que o encara.

—São mesmo. Queria saber dançar igual a elas nesse poste. —Encaro seu rosto, e percebo que ele tenta prender o riso. —O quê?

—Você é muito delicada para esse tipo de dança. —Ele sorri anasalado.

—Você que pensa. —Dou de ombros.

O barman serve nossas bebidas. Vendo melhor, noto que ele é um cara musculoso, com o dorso despido, usando apenas uma gravata borboleta no pescoço.

—Muito obrigada. —Falo o analisando por inteiro com curiosidade.

—Imagine senhorita. —Ele sorri educadamente.

—Somente Lana, por favor. —Digo dispensando as formalidades.

—Como quiser, Lana. —Ele joga a toalha nos ombros, e se recosta em um armário esperando o próximo cliente.

— Então... Como você se chama? —Falo tentando ser amigável.

—Me chamo Owen, muito prazer.

—O prazer é todo meu. —Umedeço meus lábios, movimento o qual ele acompanha com os olhos.

—Se você não parar agora de flertar com a minha garota, eu juro que eu quebro seus dentes e de bônus perde seu trabalho. —Zack grita um pouco alterado.

—De-desculpe senhor. —Vejo o barman sem jeito.

—Zack! —Observo seu rosto fechado. — Por que você fez isso? Aliás, eu não sou sua garota.

Reviro os olhos, e balanço a cabeça completamente irritada.

—Vamos dançar. —Ele gruda sua mão em meu pulso delicadamente, e me puxa até a pista de dança.

Decido deixar a discussão para lá, e me entregar á música. Mexo meu quadril sensualmente na batida, colocando o dedo na boca com um olhar ainda mais sensual. Lembro a mim mesma de ser uma garota da minha idade, e dispenso qualquer pensamento negativo. Balanço a cabeça e ergo os braços, fechando os olhos. Sou puxada pelo quadril, e seu corpo gruda ao meu fazendo-me aspirar seu cheiro. Ele me olha com luxúria e desejo.

O envolvo com os braços e começamos um beijo repleto de vontade e paixão. Ele chupa minha língua com vontade, e mordisca meus lábios. Termino o beijo com selinhos.

—Preciso ir ao banheiro. —Digo e ele me beija mais uma vez.

—Volte rápido.

Estou apertada e saio praticamente correndo entre as pessoas. Quando volto, vejo Zack dançando com uma morena que o come com os olhos. Sinto raiva, muita raiva. Vou para o bar e é Owen que me atende novamente. Entre vários drinks e conversas com Owen, o vejo sair rapidamente da minha frente. Estou pronta pra reclamar quando alguém senta do meu lado e começa a brigar comigo por estar bêbada. Sinto minha cabeça rodar e começo a rir da situação.

—Cale a boca, volte para sua morena e me deixa com esse gato. — Minha fala sai arrastada, e sinto o suor escorrer na minha nuca.

—Vamos embora Lana.

—Não. —Meu corpo está surpreendentemente quente. 

—Agora!

—ME OBRIGUE. — Grito sentindo meu estômago protestar.

Zack me carrega por cima dos ombros como se eu fosse um saco de batatas. Sinto meu estômago rodar e a saliva quente subir a minha boca. Jogo para fora toda a bebida na parte de trás de sua roupa.

—PUTA QUE PARIU LANA! QUE MERDA! —Grita e me coloca no carro.

Não lembro mais de nada, só me lembro de sentir algo macio nas costas e um beijo na testa seguido de um sussurro.

—Durma bem.   

Apesar de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora