Capítulo 33

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—Surpresa! —Encontro os olhos castanhos de Zack.

—Você quase me matou de susto! —Coloco a mão no peito respirando fundo.

—Me desculpe amor, eu tive que fugir de alguns velhos chatos pra vim te ver. —Me da um selinho.

—Devo me sentir lisonjeada por isso?

—Ah, tem sim. Vem comigo.

Ele me puxa pelo salão abarrotado até um corredor. Entramos em um banheiro e ele tranca a porta em seguida.

—Zack, o que está fazendo?

—Matando a saudade de você. —Diz me beijando.

—No meio da festa? As pessoas podem ouvir.

—Eu não ligo. Tudo que eu sei é que agora, eu quero beijar cada centímetro quadrado do seu corpo enquanto um grupo de pessoas do outro lado da porta ouvem desejando ser um de nós. —Diz lambendo meu pescoço e eu ofego.

—Você é um libertino senhor Zack.—Digo grudando meus dedos em seus cabelos.

—Você me faz ser um libertino. —Ele tira minha beca arregalando os olhos pro meu vestido.

—Parece que alguém gostou. —Digo sorrindo ao ver sua cara de safado.

—Meu Deus, esse decote vai me matar. —Diz colocando a cabeça no vale dos meus seios.

—Zack... —Gemo ao sentir sua mão abaixando a alça do meu vestido e sua língua esfomeada atacando meu mamilo.

—Esse vestido está muito decotado, os homens vão ficar loucos.

—Podem até ficar, mas eu sou toda sua.

Ele me lança um sorriso safado e me beija com ferocidade colocando seus dedos em meus cabelos, erguendo meu vestido e afastando minha calcinha fazendo-me gemer.

—E-eu quero você. —Falo entre gemidos.

—Eu sei que quer. —Ele fala mordendo meu mamilo e massageando meu ponto pulsante.

Quando estou perto do ápice ele para e me coloca sentada na pia. Ele se ajoelha e começa a sugar minha intimidade, me fazendo arquear o corpo pedindo cada vez mais. Olho para ele com o rosto vermelho e atinjo meu limite sentindo ondas pelo meu corpo.

Uma batida na porta nos interrompe e Zack bufa frustrado.

Zack, eu sei que você está com a Lana, parem já o que estão fazendo e voltem pra festa. —Charlotte berra do outro lado da porta.

—É só ignorar amor. —Ele sussurra sorrindo para mim com sua boca molhada pelo meu líquido.

Lana, os formandos estão esperando você! —Dessa vez a voz de Kiki se faz presente do outro lado da porta.

Suspiramos derrotados e nos afastamos para ajeitar nossas roupas. Coloco minha beca e tento arrumar meu cabelo desgrenhado no espelho. Abrimos a porta e Zack beija minha testa antes de sair ajeitando as calças.

—Safadinha. —Kiki e Tê me olham com um rosto malicioso.

—Espera, vocês se conhecem?

—Não, eu vim chamar você quando sua prima também veio.

—Não mude de assunto sua safada. —Kiki gargalha e eu coro.

Formandos, por favor, sentem-se a minha esquerda; daremos início à cerimônia.

—Tenho que ir, sinto muito.

Saio em passos apressados caminhando pelo enorme salão, procurando a cadeira com meu nome. Encontro-a e sento mexendo os pés nervosamente. Procuro meus pais pelo salão e logo os encontro, eles sorriem para mim na tentativa fracassada de me acalmar.

Uma garota da minha sala corre em minha direção com um semblante preocupado.

—Lana, precisamos da sua ajuda. —Ela diz agitada.

—O que aconteceu?

—O orador está gripado, você poderia substituí-lo?

—O que? Eu não... —Falo assustada.

—Ai muito obrigada. —Ela me abraça e eu fico sem reação. —Está aqui o discurso.

Fico boquiaberta literalmente. Olho para o discurso enorme em minhas mãos e tenho certeza de que vou ter um ataque de pânico.

Dou uma lida rápida e meu corpo começa a tremer levemente. Não consigo me concentrar no que o cara de microfone fala. Procuro Zack com os olhos e como se eu o atraísse como um imã, ele me olha também, dando um sorriso largo transmitindo um pouco de calma para mim.

Agora, vamos ouvir o discurso da oradora da turma, uma salva de palmas. —Meu tremor volta e meu coração acelera ainda mais.

Caminho entre as pessoas e subo no palco. Dou um longo suspiro e coloco meu papel na tribuna, aproximando o microfone do meu rosto. Olho para a platéia e começo a falar.

—Ham... Primeiramente, boa noite a todos. Gostaria de agradecer pelo privilégio de ser a oradora de nossa turma nesta noite. —Digo olhando duramente para a menina que me obrigou a subir aqui. —Em nome dos formandos gostaria de agradecer a presença de todos que estão aqui.

"Todos aqueles que se disponibilizaram para participar desta ocasião tão especial. Hoje concluímos mais uma etapa de nossas vidas e esta, sem dúvidas, é apenas uma das tantas vitórias que estão por vir."

As pessoas batem palmas e assobiam. Aproveito a pequena distração e passo os olhos rapidamente pelo papel.

—A escola foi o nosso primeiro desafio; local de nossas primeiras interações sociais. A universidade foi o local onde começamos a ter verdadeiras responsabilidades, mas acima de tudo foi onde tornamo-nos quem somos. —Digo olhando para as pessoas que mantém seus olhares vidrados em mim. — O aprendizado nunca termina, pois o conhecimento é a única coisa que levaremos sempre conosco.

"E por fim, não gostaríamos de apenas dizer um obrigado, é muito simples. A gratidão que sentimos não poderia ser traduzida em apenas uma palavra. Pais, professores, colegas, sem vocês nada disto seria possível. Mas como faltam palavras para expressar este sentimento, encerro com um obrigada. Ou não, melhor, muito obrigada, por tudo."

As pessoas aplaudem; desço um pouco trêmula do palco, e minha turma me abraça. Vejo meus pais emocionados e Zack assobiando para mim com Dasha no colo. Depois da entrega do diploma e da carta com o destino do nosso internato, nos reunimos e jogamos a beca para o alto.

Vou de encontro aos meus pais e eles me abraçam apertado. Beijo a bochecha de minha pequena que se anima ao me ver. Meu pai pega um buquê de rosas vermelhas e me entrega.

—Obrigada papai. —O abraço.

—Frances, o senhor acabou com a minha surpresa. —Escuto a voz de Zack e me viro o encontrando com um buquê de rosas brancas.

—Enquanto você estava estudando eu estava dando aulas rapaz. —Ele dá dois tapinhas no ombro de Zack e pega Dasha de seu colo.

—Querido!—Minha mãe o repreende. —Vamos indo.

—Um buquê de rosas para a mulher mais linda desse salão. —Me entrega o buquê.

—Muito obrigada. —Encosto meu nariz no seu distribuindo beijinhos pelo seu rosto.

—Parabéns amiga! —Sinto alguém se jogar nas minhas costas e quando me viro, encontro Xubs agarrada á minha cintura.

—Obrigada amiga. —Tento retribuir seu abraço.

—Amor, vou conversar com os outros médicos. Nos vemos no jantar. —Me da um beijo rápido e sai em seguida.

—Amiga, vamos ir para o restaurante do hotel agora, então tire essa beca. —Kiki aparece animada.

—Cunhadinha parabéns! agora vamos, pois tem uns salgadinhos maravilhosos logo ali.—Tê fala com a boca cheia.

—Tem vários gatinhos também.—Xubs completa eufórica.

—O que estamos esperando? Vamos indo então.

Apesar de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora