Capítulo 29

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Algum tempo depois...

—Ester eu estou muito preocupada com a Dasha, essa febre não passa. —Digo extremamente preocupada ao ver Dasha chorando.

—Se acalme Lana, você é médica, sabe que não é nada grave. —Ela tenta me acalmar ao ver que estou inquieta.

—Ela está chorando muito, e isso está acabando comigo. Eu já a agasalhei e dei um banho morno, mas mesmo assim não passa. —Falo tirando o termômetro de baixo do braço de Dasha.

—Paciência Lana, vou buscar um copo d'água para você.

Pego minha bebê no colo e ando de um lado á outro na tentativa fracassada de acalma-la. A tela do meu celular brilha e vejo que Zack me mandou uma mensagem.

"Amor, não saia de casa hoje. Esse temporal está horrível e as ruas estão começando a ficar inundadas.

Beijos do seu amor ♥".

Não tenho tempo de responder a mensagem, pois logo sinto o corpo de Dasha endurecer.

—Ester eu vou levar Dasha ao hospital, eu não aguento vê-la assim. Por favor, pegue a bolsa dela, eu vou pegar um casaco. —Falo agitada.

—Lana, a chuva está muito forte, você pode sofrer um acidente não dá para enxergar a estrada.

—Vou ser cuidadosa, eu prometo.

Subo as escadas com minha filha nos braços que voltou a chorar e entro no meu quarto. Deito-a na cama e pego algumas almofadas para forrar ao seu redor.

Abro a porta do closet e pego o primeiro casaco que vejo na minha frente. Ester entra no quarto e me entrega a bolsa de Dasha.

—Deus abençoe vocês, tenha cuidado.

Vou até a garagem e abro a porta do carro colocando minha filha na cadeira de bebê. Coloco uma coberta em cima de suas pernas e visto meu casaco entrando no carro.

Disco o número de Zack, mas cai na caixa postal.

—Deus, por favor, me proteja e proteja minha pequena.

Abro o portão automático e ligo o limpador de para-brisa. As ruas estão cheia de água e a chuva está cada vez mais forte, mas não posso voltar e deixar minha pequena ruim, meu instinto materno diz que ela não está bem.

Dirijo na velocidade mínima e semicerro os olhos tentando enxergar o sinal do semáforo. Quando aparece a cor verde, piso no acelerador, mas freio á tempo ao ver que um carro iria bater no meu.

—Respira Lana. —Falo para eu mesma respirando fundo.

Olho para trás e confirmo se está tudo bem com Dasha. Ao vê-la quietinha me observando meu coração se acalma.

Volto a olhar para frente atenta ao trânsito e logo avisto a faixa do hospital que Zack trabalha. Entro no estacionamento subterrâneo e saio rapidamente pegando Dasha do banco traseiro.

Entro na recepção e forneço os dados necessários para a ficha. O médico me atende e falo todos os sintomas de Dasha, desde a febre repentina, o choro e o corpo tenso.

—Provavelmente ela está com infecção na urina, vou mandar fazer alguns exames, tem algum histórico de infecção na família?

—Não sei, e-ela não é minha filha de sangue.

—Entendo, se a senhora me permite. —Ele pega Dasha do meu colo e a entrega para uma enfermeira.

—Doutor, eu posso ficar com ela nos exames? Eu sou médica também.

Apesar de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora