Capítulo 3 - Escola.

23.7K 1.1K 143
                                    

(Caio)

Hoje será meu primeiro dia de aula, espero cair em uma sala que não seja da Caroline, se não, adeus estudos. Não consigo parar de pensar nessa garota, maldição não? Não encontrei Caroline em casa, tive que ir sozinho para a escola, sacana essa garota, não sabe o sufoco que passei para chegar nessa merda de escola... Trombei em alguém quando virei o corredor da escola... Caroline! Nossos matérias caíram no chão, todos nós olharam.

- Ah, desculpa - disse sem me olhar.

Agachou até o chão para separar nossos pertences, fiz o mesmo, mais sem dizer quem eu era, queria que ela mesmo descobrisse.

- Você não fala... - Me olhou, sua bochecha corou, seu olhos se arregalaram.

- Só quando finjam não me ver! - Zombei.

Peguei minhas coisas que ainda estava misturado com papéis dela. Caroline se levantou e me entregou o meu caderno de língua Inglesa, peguei-o de suas mãos e devolvi suas folhas.

- Me desculpe não ter te esperado, precisava vir mais cedo. - Disse ela mordendo os lábios aflita.

- Relaxa!

- Foi fácil de encontrar? - Disse prosseguindo caminho no corredor, segui ela, claro.

- Foi molesa!- franzi meus lábios, - nem me perdir indo para outro bairro sabe!

Caroline riu debochadamente da minha cara, do geito que contei minha tragédia. Fiquei hipnotizado com sua risada estrondosa, alta e escandalosa, uma risada única.

- Me desculpe...- disse abanando a mão livre em seu rosto para recuperar o fôlego.

Respirou e soltou o ar pela boca várias vezes tentando não rir.

- Está tudo bem, sempre acontece comigo!

Caroline ficou séria ao olhar para frente, fiz o mesmo, tinha um garoto encarando ela, um playboy mimado no meio de um grupinho de garotos. Alto forte, cabelo com corte de gay, jogado pro lado, olhos castanho e todo metido a besta.

- Oi, quem é esse cara? - Perguntou para Caroline.

- Pode perguntar para mim mesmo... Caio! - Estendi minha mão para um comprimento, mas ele me deixou no vácuo.

- Acho melhor você ficar longe dela, longe da minha namorada, ovuiu! - Pegou no braço da Caroline e puxou ela mas eu não deixei e à puxei devolta.

-Achei que tivesse deixado claro que você tinha terminado com ela! - Falei confuso.

- Então era você? - Perguntou chegando perto de mim.

Encarei ele, deu pra ver que eu era mais alto que ele. O garoto se afastou de mim, olhou para Caroline e saiu fora do nosso caminho.

- Você está apaixonada por isso? - Falei ainda de olho no ex de Caroline.

- Não quero falar disso!

Olhei para ela, estava cabisbaixa, com os olhos tristes. Minha vontade era de abraçar ela, mais me contive, não tinha esse direito, nem amigo dela sou. Eu sou apenas o filho da empregada que mora de favor com a mãe.

Caroline me levou até a secretária para que eu pegasse os meus horários das matérias. Minha primeira aula era de física... Ótimo! Por incrível que pareça, é a mesma sala de Caroline. Sortudo...? Hã... Deixa eu ver... Talvez um pouco.

Vi sua amiga lá também, e o ex dela. Sério? Sentei na carteira do lado da Caroline, mas não na mesma, ela dividia a carteira com sua amiga, que não parava de me olhar, na verdade, todas me olhavam. Do meu lado, na mesma carteira sentava um garoto de cabelos negros caídos nos olhos, cara de nerd, não usa óculos, forte, olhos azuis, pele branca e alto. Estilo de roupa, nerd, mais caiu bem nele, admito.

- É novo aqui? - Perguntou ele anotando o que o professor passava na lousa.

- Me mudei ontem! - Confirmei.

-Bem vindo então! - Parou de escrever e estendeu sua mão em um comprimento, apertei comprimentando-o. - Jeremmy.

- Caio!

[...]

Mal comecei a estudar já me enfiaram para fazer trabalhos escolares. Pode isso? Não pode, sou aluno novo Pow! Mas o bom é que meu trabalho vai ser junto com o nerd do Jeremmy, menos trabalho.

- Você sabe voltar pra sua casa?- perguntou Jeremmy.

- Não! - Ri.

- O que? E-então estamos perdido? - Falou olhando ao nosso redor.

Não respondi, peguei meu celular do bolso da minha calça e procurei no GPS o caminho de volta...

- Estão perdidos? - Ouvi a voz da Caroline, seu tom era de deboche.

Me virei para olha-la, estava com um sorriso bem grande em seu rosto. Andei em direção à ela, que parou dois palmos longe de mim.

- Graças ao meu cérebro... - Apontei o dedo indicador para a minha cabeça. - Sim, estamos! - Confessei.

Ela riu, vi sua amiga parando atrás dela toda ofegante de tanto correr.

- O caminho é por aqui! - Me puxou para uma rua atrás.

- Eu sabia que era aqui!- fingi saber.

Todos riram, então foi assim que ganhei novas amizades, amigos verdadeiros, amigos que não está comigo só por causa do que eu tenho, não em apenas bons momentos. Mas amigos que estão sempre comigo, mesmo na boa ou na pior, seja qual for o momento.

O Filho Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora