Capítulo 37 - Libertação e o Segredo de Caio!

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(Caroline)

Meu coração quase parou quando Caio disse que me ama depois de termos feito um amor maravilhoso. Na hora, pensei ter ouvido coisa, tendo uma ilusão, mas não, Caio repetiu mais uma vez...

- Eu te amo...- sorriu aliviado, por um segundo vi fogos de artifício em seus olhos de tanta alegria que estava transbordando por eles.- Não acredito que estou livre...- Sussurrou para si mesmo.

Caio cobriu seu rosto com suas mãos e riu alegremente de algo que não sabia o que era, por um tempo achei que estava drogado, mais não tinha cabimento nisso, Caio estava sã quando veio para cá.

- Está livre do que?- perguntei confusa.

Tirou suas mãos de seu rosto e me olhou com uma alegria. Virou para o lado da cama fazendo-me ficar debaixo dele. Saiu de dentro de mim. Ficou com seus braços apoiados em cada lado da minha cabeça, me encarou, seus olhos brilhavam bem mais do que antes.

- Não quero falar disso agora... Só quero aproveitar essa noite maravilhosa com a mulher que eu amo! - Sorriu.

Sorri para ele, apesar de estar curiosa por saber o que o deixou assim...

- Até parece que não gostou de saber dos meus sentimentos!- disse Caio saindo de cima de mim.

Ficou de joelhos entre minhas pernas me olhando incrédulo, respirei fundo. Claro que essa não seria minha reação, concertesa fiquei feliz em saber.

- Me desculpa,- fiquei de joelhos juntos com ele na cama- fiquei feliz em saber - Sorri. Apoiei minhas mãos em cada lado do seu rosto- muito, muito!- apoiei minha testa na sua.

- Não é o que parece.- descansou suas mãos na minha cintura.

Fiquei em silêncio, achei melhor mostrar do que tentar explicar. Tirei uma das minhas mãos de seu rosto, pousei em cima da que estava na minha cintura e trouxe até o meio do meu peito. Meu coração estava a mil, fiquei até com medo de me dar um treco aqui.

Caio sorriu ao sentir meu coração acelerado. Ergueu seus olhos até os meus, não havia mais tristeza neles, apenas um brilho intenso. Sem dizer uma palavra, ele me beijou de um geito amoroso, um beijo que só ele tinha.

- Eu te amo- sussurrei em seus lábios,- como nunca amei ninguém.- Caio abriu uma sorriso e voltou a me beijar.

Minha felicidade estava completa, ouvir Caio dizer que me ama foi a coisa mais linda que eu já vi, suas bochechas até corou, fofo, muito fofo!

Deitados na cama, me deitei nos braços de Caio, apoiando minha cabeça em seu pescoço. Aconchegou seu rosto na minha testa, e, lá ficou. Descansou sua mão no meu rosto e ficou acariciando minha bochecha. Minha mão que estava em seu peito, com o polegar, acariciei seu braço. Ficamos assim o resto da noite, até que peguei no sono.

[...]

No dia seguinte, acordei no meio da noite com Caio tendo pesadelos, se debatendo na cama, virando de um lado para o outro. Acendi o abajur do lado da cama em cima do criado mudo. Olhei mais uma vez para Caio, seu corpo brilhava de suor.

- Caio...- toquei minha mão em seu braço, ele deu um pulo e caiu da cama.

Engatinhei na cama até o lado que ele estava deitado para ver se ele estava bem. Ainda deitado no chão, com um braço em seu rosto, chorou, sua respiração estava entre cortada, soluçando... Corri até ele sem hesitar. Ajoelhei do seu lado preocupada com ele...

- Caio, você está bem? - Perguntei tirando braço do seu rosto.

- Não me deixe...- disse chorando, me olhando fixamente com aquele olhos de pura tristeza.- por favor! - Pediu.

Ao vê-lo assim, meu coração partiu ao meio, despedaçou, estilhaçou-se no chão. Com meus olhos cheios de lágrimas disse:

- Nunca!- puxei ele para um abraço.

O corpo todo de Caio tremia de medo, seu abraço era forte, parecia não me querer longe dele de geito nenhum, nem por alguns centímetros.

- o que você sonhou?- perguntei acariciando meus dedos em seu coro cabeludo da cabeça.

Caio se afastou de mim, limpou suas lágrimas, respirou fundo várias vezes tentando se controlar.

- Você tinha me deixado... E a garota da minha corrente apareceu do nada e levou você...

- Que garota da corrente?- perguntei confusa.

- A minha corrente Caroline!- respondeu.

- Não estou entendendo.- coloquei minhas duas mãos em seu rosto para que ele me olhasse.- conte do começo!

Limpei as lágrimas que escorriam de seus olhos. Caio parecia criança chorando, ninca vi ele assim, jamais!

- Quando eu tinha 15 anos, passei a gostar da garita mais feia da escola...- baixou a cabeça- não feia... Mal arrumada,- negou com a cabeça- Passei a sair com ela, seu nome era Bruna...- se interrompeu.

Levantou do chão, estendeu suas mãos para mim e me levantou. Sentamos na cama um de frente com outro, minhas pernas ficou em cima das suas, que estavam cruzadas atrás de mim.

- Ninguém da escola sabia... Até que, um dos meus amigos me viu conversando com ela...- disse pegando minhas mãos e entrelaçando nossos dedos- Claro que mudei meu geito com ela... Então me amaldiçoou... Disse que não amaria mais ninguém pelo resto da minha vida, mas somente uma em um trilhão de pessoas pelo mundo...

- Por isso a corrente!- falei comigo mesma.

- Sim... A corrente apareceu em cima da minha cama no mesmo dia.- descansou sua cabeça no meu ombro.- Você não acredita em bruxas... Acredita?- perguntou envolvendo seus braços envolta do meu corpo.

- Não!- respondi com sinceridade.

Nunca, em toda a minha vida, acreditei nesses tipos de coisas, isso só existia em contos de fadas...

- Eu também não!

Ficamos em silêncio por alguns minutos. Meus pensamentos voou para bem longe, mais logo fui trazida de volta pela voz de Caio.

- Não quero perde-lá por nada nesta vida!- comentou ele.

- Você não vai, não vou deixar isso acontecer.

Beijei seu pescoço tentando tirar esse sonho e essa garota da cabeça dele. Deitei ele na cama, mais uma vez, fizemos carinho um no outro até pegarmos no sono.

"Não vou deixar nada acontecer com você meu amor, nada vai nos separa, seja lá quem for! Meu amor por você é maior que qualquer força sobrenatural. Posso até te esquece, mais não o que sinto por você!"

O Filho Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora