(Caio)
Já sabia que a reação da minha mãe não seria umas das melhores, mas eu não esperava por isso, só faltou pular no meu pescoço e me estrangular até a morte.
- Eu avisei para não se envolver com a filha do patrão!- veio até mim e me encheu de tapas.
-Para mãe!- tentei bloquear seus tapas.
Meu pai apareceu na porta da cozinha, viu a cena, correu para segurar minha mãe e a tirou de perto de mim.
- Se controla mulher!- meu pai adverteu minha mãe.
- Você sabia...?- disse assim que meu pai a colocou no chão e virou ela para ele.
- Sabia, e não vejo problema algum nisso...
- Marlene, - ouvi Melissa chamar minha mãe.- os dois estão apaixonados... Olham para eles!- disse apontando para mim e Caroline.
Minha mãe me olhou incrédula, logo em seguida olhou para Caroline, que logo mudou sua expressão ao vê-lá com lágrimas nos olhos.
- Não tem o por que proibir, eles vão ficar juntos do mesmo geito!- explicou Melissa.
- Mas isso não é certo Melissa...
- Não é certo o que...?- alterei a voz- amar é errado?
Dei um passo na direção da minha mãe, mas Caroline entrou na minha frente.
- Não...- Sussurrou para mim.
Olhei para ela, lágrimas escorreram de seus olhos. Apoiei minha testa na sua, descansei minhas mãos em seu rosto e limpei suas lágrimas.
- Eu acho melhor vocês esfriarem a cabeça- ouvi Nikki anunciar.- assim vocês não vão a lugar algum. Leve ele pra cima Caroline!- ordenou.
Assim fez, Caroline pegou minhas mãos e me puxou escada acima indo em direção ao meu quarto. Entramos, fechei a porta atrás de mim e segui Caroline até a minha cama.
- Falei que ela não ia aceitar.- disse sentando de frente com ela na cama.
Passei suas pernas por cima das minhas trazendo-a para mais perto do meu corpo e descansei minhas mãos em sua cintura. Caroline pousou suas mãos no meu rosto, pousando sua testa na minha, fazendo carinho com seu nariz no meu.
- Pegamos ela de surpresa... Deixa ela esfriar a cabeça, como meu pai disse. - deu um selinho em mim.
- Conheço a minha mãe, - enterrei meu rosto em seu pescoço.- ela é cabeça dura!
Caroline passou seus dedos nos meus cabelos, acariciando meu coro cabeludo. Ficamos assim por vários minutos, quase dormi em seu pescoço. Mas Caroline me deitou na cama, nos cobriu. Aconchegou-se em meus braços e assim ficamos até as 5:00 da tarde, sem comer, sem tomar água, sem nada. Banheiro tinha no quarto! Com esse clima, não tinha como sentir fome...
Os pais de Caroline vinheram nos chamar para comer, mas negamos, disse que se desse fome, desceriamos até lá.
Fico pensando aqui comigo. Porque minha mãe não é que nem as outras mães que vejo pó aí? Amiga, companheira... Entre outras? Por quê nunca me apóia em nada? Será que não percebeu o quanto mudei? Não sei o que fazer para ela aceitar meu relacionamento com Caroline!
As 5:30 da tarde, desci para comer alguma coisa e fazer algo para Caroline, não comeu desde ontem, na janta.
Calcei meu chinelo e desci as escadas torcendo para não encontrar a dona Marlene. Respirei fundo antes de entrar na cozinha. Para a minha decepção, lá estava ela, lavando a louça.
Entrei na cozinha sem dizer nenhum palavra. Fui direto para a geladeira pegar peito de peru e pasta de amendoim. O pão fatiado estava na parte do armário acima da geladeira. Coloquei tudo em cima da mesa.
Fazendo os lanches, de meio em meio minuto, sentia alguém me olhando, mas já sabia quem era, não precisava nem de olhar.
- Porque não me ouviu?- perguntou ela quebrando o silêncio entre agente.
- Porque ninguém manda no coração!- respondi o mais seco que pude.
Abri mais uma vez a geladeira para guardar as coisa e pegar um suco de melancia. Servi dois copo, e devolvi na geladeira. Ao fechar a porta, vi Caroline parada com o ombro encostado no batente da porta da cozinha. Minha mãe não percebeu sua presença, então continuou...
- Já transaram?- perguntou.
Olhei para ela incrédulo com sua pergunta. Minha mãe me olhava esperando pela resposta. Sabia que se eu não respondesse, não sairia desta cozinhas nem tão cedo.
- Já!- respondi entregando o lanche da Caroline para ela com seu suco.
Minha mãe há olhou assustada, surpresa por ver Caroline ali. Secou as mãos em seu avental e se aproximou de Caroline. Pegou seu prato e o copo de suco e os colocou em cima da mesa. Olhou bem para Caroline.
- Sabe que esse garoto não presta, - Avisou Caroline.- Não é?
- Não é não, - olhou indignada para minha mãe.- seu filho mudou, mas você está cega demais para perceber isso!- explodiu Caroline.
Simplesmente pegou seu lanche da mesa, me olhou brevemente e saiu da cozinha. Minha mãe ficou ali de boca aberta com o acorde de Caroline. Achei bem feito! Minha mãe acha que não sou um cara bom para Caroline. Estava tão concentada em seu trabalho, e na sua volta com meu pai que esqueceu do filho.
Segui Caroline, passei pela porta a tempo de ver Caroline cair da escada e bater a cabeça com tudo no chão. Deixe Cair o que estava em minhas mão- que no momento esquecerá o que era-, só me concentrei em Caroline. Desmaiada no chão.
Corri até Caroline pisando nos cacos de vidro que estava espalhados pelo chão. Já no chão de joelhos no lado de seu corpo, tentei acordar Caroline, dando tapinhas em seu rosto. Mais nada dela acorda. Bem lá no fundo, ouvi minha mãe gritando o nome de Caroline e chorar ao mesmo tempo. Tentei não me desesperar, procurei ficar calmo, dar chilique só pioraria.
Nikki apareceu no topo das escadas junto com sua mulher Melissa. Desceram correndo ao ver sua filha estirada no chão.
Levantei para dar espaço, vi que ninguém ligou para ambulância, mimha raiva subiu neste momento. Peguei a merda do telefone e liguei para ambulância, que não demoraram para chegar.
- Caio...- Chamou minha mãe assim que a ambulância levou Caroline para o hospital.
- Agora não.- erguei minhas mãos para cima rendido.
Subi correndo para o meu quarto, troquei de roupa. Desci, peguei as chaves do romeo de Nikki e fui para a garagem. Nikki e minha mãe entraram no carro, como eu aparentava mais calmo- por fora- achei melhor eu dirigir.
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O Filho Da Empregada
RomanceCaroline é uma menina muito romântica, mesmo quando seu coração sangra por um homem que não mereça, nunca desisti de encontrar um amor verdadeiro, que provavelmente está bem a sua frente. Então passa a ter um romance com o filho da empregada ( Caio...