17 - O Regresso a Hogwarts - Parte 2

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Foi aí, que num só momento, Jack abriu os olhos, perante o momento de tristeza, em que as lágrimas de Emma lhe caiam no tronco. Respirou levemente, enquanto a sua voz ainda estava fraca.

Jack: Emma?
Emma: JACK!! - olhou-o espantada - ESTÁS VIVO!! - exclamou bem alto, com um enorme sorriso.

Ambos abraçaram-se, com o resto da força que poderiam ter. Rapunzel olhou-o de relance e espantou-se ao vê-lo com os olhos abertos. Hiccup sorriu deslumbrante, tal como Mérida que desatou a limpar as lágrimas. Todos se aproximaram. Mérida deu-lhe uma mão para se levantar e abraçou-o. Ele fez o mesmo sorrindo. Os TBF e Emma abraçaram-no fortemente.

Mérida: Pensámos que nunca mais te veríamos!!

Nunca estiveram tão felizes em vê-lo, era um momento de enorme alegria. Kaila quase os estrangulou a todos, mas felizmente, Skyla agiu a tempo. Porém, havia ainda uma coisa que ele não sabia. Hiccup, depois de se recuperar, olhou bem para ele, e disse-lhe dando-lhe um suave murro no ombro:

Hiccup: Uau! Bem-vindo ao "clube", amigo!

Eram as suas roupas. Tinha uma do mesmo tipo da dele, mas sem sapatos, com os escudos sem espinhos nos pés e todo o fato continha a cor verde incluindo a madeixa.

Jack: Como é que isto aconteceu?!
Mérida: Todos se perguntam o mesmo! Mas suspeitamos que tenha sido aqui, o nosso "amiguinho" Livro! - Jack sorriu com um ligeiro espanto. E disse mais para dentro - Espero que dê para reverter - olhou então a paisagem - Malta vejam!

A rapariga apontou para o horizonte, para além de uma das ruas da Cidade. Eles olharam e não podiam acreditar naquilo que estava a acontecer. Algo impossível e maravilhoso: "O Amanhecer na Cidade das Sombras". O Sol nascia grandiosamente, com uma luz intensa, quente e dourada, uma sensação indescritível, por parte dos seres que naquele momento o viviam. O céu parecia renascer das cinzas, tornar-se mais azul que nunca, as nuvens reapareceram, como as mais fofas e brancas. Vindo do nada, pássaros surgiram, e um vento escaldante fazia esvoaçar os cabelos de cada um deles. Emma, espantava-se; nem nas suas mais desenvolvidas imaginações, conseguiria voltar a imaginar o sol e o calor outra vez, depois de viver centenas e centenas de anos, na escuridão gélida.
Porém, a rapariga sabia que não poderia ficar entre eles, agora. Teria de partir, então. Como sempre esperou e desejou. Já que agora tinha essa oportunidade, não a iria desperdiçar. Virou-se, então, para o irmão.

Emma: Jack!

O rapaz olhou-a com um sorriso na cara:

Emma: Eu tenho de ir embora!

Jack pôs-se logo sério.

Jack: Embora?! Embora para aonde?!
Emma: Para onde deveria ter ido, desde do momento em que caí nesta armadilha sombria!

O rapaz percebeu a que se referia. Ela teria de partir para o "outro mundo". Pois tal como ele reconhecia, ela já tinha morrido, quando a encontrou na Cidade. Só que esta não tinha oportunidade de se ir embora, pois estava aprisionada ali. Mas agora que as sombras desaparecerem, a irmã poderia partir. No entanto, Jack não era capaz de aceitar isso.

Jack: O quê?! Não vás, Emma! Não podes ficar?! És a única família que tenho!
Hiccup: Emma?! - Jack olhou de repente - Do que é que estás a falar?

O rapaz olhou-a.

Jack: Oh, pois. Hum...eu não vos cheguei a contar...malta. Mas...a rapariga que vocês estão aqui a ver...não é propriamente a Katrine. Quer dizer tem aspeto de ser, mas...não é.
Mérida: Não estás a dizer coisa com coisa, Jack!
Rapunzel: Deve ter sido da queda!
Emma: Não. Não foi. Ele não vos chegou a contar. Mas a verdade é que ele nem sabe muito bem - suspirou - Como já devem saber, o Jack, há muito tempo, caiu num lago congelado, onde foi dado como morto por todos aqueles que o rodeavam. Nessa mesma noite, quando a minha mãe soube, eu e ela ficámos destroçadas. Chorei durante muito tempo a sua partida. Dias e noites, passei eu a observar a neve descongelar e o frio desaparecer, enquanto dizia para mim mesma que a culpa de tudo aquilo era minha, embora muitos dissessem o contrário. Nunca aceitei o facto de ele ter...morrido, durante muito tempo. Quatro anos depois disso, no meio da floresta, pareceu-me ver algo estranho dentro do poço, ao qual ia buscar água todos os dias. Aproximei-me para ver melhor na escuridão, e sem querer escorreguei para dentro dele. Nunca pensei que aquilo fosse um portal que estava escondido nas trevas. Quando o atravessei, dei de caras com um sítio sombrio. Algo que parecia estar afundado na "Idade das Trevas", durante muito tempo. Atravessei a ponte, e cheguei a um portão. Naquela altura ninguém sabia, mas...eu tinha um talento muito invulgar. O talento de falar com as serpentes. Tive de sacrifica-lo, pois "Ele" disse-me que o meu irmão estava lá dentro, e eu acreditei, feita parva...estava tão desesperada, que me deixei ir. Depois disso entrei e fui á procura do Jack. Descobri um labirinto e percorri-o durante horas, até...ouvir três badaladas, vindas de longe. De repente, sombras vinham do horizonte sem parar. Eu corri e corri...mas era tarde demais...fui morta por elas. Desde então, passei lá o resto da minha vida. Conheci a história desta Cidade...o que ela era antes de se tornar, aquilo que eu via. Vivi no meio da escuridão durante trezentos e quarenta e seis anos. Continuei a procurá-lo, mas mesmo que quisesse sair dali, não me era possível. Na noite em que eu vi uma rapariga a correr pelo labirinto, a chorar, falei com ela e acalmei-a. Mas aconteceu o mesmo...as sombras vieram, e como eu não era egoísta, protegi a sua alma, possuindo-lhe o corpo. Pu-la num sono profundo, sendo eu a sua armadura, de maneira, que quando fosse acordada tivesse oportunidade de viver. Essa noite, foi esta. E para que ela volte...eu terei de partir.

Immortal Guardians: The Big Four e o Segredo dos Quatro FundadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora