18 - Quase

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Mais tarde, escureceu. Todos já tinham recolhido os seus mantimentos e acendido a fogueira. Trataram dos peixes e puseram-nos a assar, mesmo sem quaisquer temperos. Os Guardiões pouco precisavam disso, pois comiam as suas presas quase cruas: javalis, coelhos, veados e até mesmo peixes dos maiores. A noite estava calma em seu redor. A única coisa que se ouvia era o som da cascata e os risos destes adolescentes a contar anedotas, histórias e até a falar do dia de hoje, ou mesmo do dia anterior. Cada um comia a sua comida alegremente. Todos estavam reunidos á volta da fogueira, exceto Jack que se encontrava sentado á beira do lago, a olhar para o céu estrelado. Passavam o tempo a contar os mais emocionantes momentos da batalha contra os DarkBloods. Havia ali muito entusiasmo, ao contrário de Hiccup que estava colado ao Livro, parecia estar á procura de algo muito importante, pois dava impressão de que examinava cada letra. Katrine ouvia as amigas, mas começava a sentir a falta de algo ou de alguém, então começou a examinar o local, onde se deparou com Jack, sozinho, junto ao lago.

Katrine: Hey, malta! Alguém sabe o que se passa com o Jack? Está ali sozinho, e não vem para ao pé de nós! Estou a ficar um pouco preocupada!
Mérida: Se calhar quer só estar sozinho, Katrine! Hoje foi um dia bem atribulado!
Katrine: Eu não sei - com um ar inquieto - Nunca o vi assim! - e voltou a olhá-lo nervosa - Não disse uma palavra desde que anoiteceu!
Mérida: Acho que te estás a preocupar um pouco demais! Toda a gente precisa de algum tempo para repensar nas coisas! Sobretudo quando a descarga de acontecimentos é muita, e as respostas poucas! - fazendo festas ao Leão Gigante.
Hiccup: O que dá um bom tema de conversa com velhos amigos!
Katrine: Velhos amigos?

O rapaz retirou os olhos do Livro, fechou-o, pousou-o no chão e olhou a Slytherin.

Hiccup: O "Homem da Lua". Que é como eles, Guardiões, lhe chamam. Contámos-te a história, e como as coisas se passaram durante a vida de Guardião "incógnita" do Jack. Que é como ele a referia. Incluindo os 300 anos passados, sem qualquer resposta àquilo que perguntava constantemente.
Mérida: Não me digas que ele está a fazer perguntas à parede outra vez?! - e parou.
Hiccup: Sei lá eu. Mas a esperança é a última a morrer, Mérida. E acho que ele ainda tem muito tempo, pra isso. À de lhe responder um dia.
Mérida: Daqui a 300 anos, talvez! Eu desistia!
Hiccup: Mas sabes que ele pode nem estar sequer a perguntar alguma coisa! Pode só querer desabafar com quem compreende e entende o que se passa com ele.
Rapunzel: Já para não falar nos grandes choques e estresses que apanhou hoje! Penso que lhe tenha sido demais! Pelo menos, para mim seria!
Mérida: Seria para todos, Rapunzel! - e pausaram.

Katrine começou a repensar em tudo o que lhe acontecera. Lágrimas chegaram-se aos olhos por um momento, enquanto olhava o Slytherin. Kaila ergueu a cabeça para ela, olhando-o. Rapunzel olhou a Serpente, interessada. A Ravenclaw virou o rosto para Katrine, sorrindo.

Rapunzel: Vai lá! - a rapariga olhou-a de repente com um ar esperançoso - Tenta animá-lo!

Katrine pôs-se a pensar por um segundo, mas não hesitou. Levantou-se do seu lugar e foi ter com Jack. Este encontrava-se sentado em cima de um rochedo enterrado no chão. Não tirava os olhos do reflexo da grande lua na água. Tinha o queixo apoiado nos braços, que se cruzavam em cima dos joelhos. Sério e silencioso, permanecia. Katrine sentou-se junto dele.

Katrine: Olá.

O rapaz olhou-a de repente, com tais olhos castanhos, levantando a cabeça.

Jack: Olá - esforçando o sorriso.

A rapariga ajeitou-se em cima do rochedo.

Katrine: Jack. O que é que se passa? Porque é que não vens para ao pé de nós?

Immortal Guardians: The Big Four e o Segredo dos Quatro FundadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora