17 - O Regresso a Hogwarts - Parte 1

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Era de noite. Finalmente a lua voltara a brilhar naquele céu estrelado, nunca visto á centenas de anos. Rapunzel acordara no meio do chão com uma enorme enxaqueca, junto á Catedral, que voltara a ter um relógio vulgar. Ela pouco via, mas levantou-se na mesma, seguida do seu irmão que o mesmo fez. A sua sorte é que estava a amanhecer. Foram ter um com outro, onde a rapariga lhe questionou com uma das mãos na cabeça, gemendo de dor.

Rapunzel: Hah...o que é que aconteceu? Estou com uma enxaqueca horrível!
Hiccup: Ainda não sei ao certo, mana! A última coisa de que me lembro foi de ver uma enorme Luz Branca...mas tenho a certeza de que fizemos muito mais do que isso - mirando o céu estrelado por cima de si - É verdade...quando é que mudaste de roupa?!
Rapunzel: Eu não mudei de...

Rapunzel olhara para baixo e deparara-se com uma roupa completamente diferente da que tinha anteriormente. As suas calças eram feitas de ligaduras azuis, igualmente como as mangas compridas dos seus braços. Usava um "top" semelhante a um sutiã azul, em que nas alças era coberto por pequenas jóias douradas; duas fitas de um lado e do outro da mesma cor, ligavam o top ás calças, cruzando-se no meio da barriga e formando, por trás de si uma capa que fazia também de saia apenas por trás. Não tocava no chão e fazia efeito de cauda de águia, dando também liberdade de movimento; não tinha sapatos, mas sim umas pequenas armaduras por cima dos pés. Na cara estavam pintadas duas riscas paralelas azuis, em cada bochecha (como pintura de guerra). No peito encontrava-se um lindo colar de fio dourado e uma pedra preciosa azul no seu centro, que ligava a um mais justo no pescoço, coberto também por jóias douradas. O cabelo de Rapunzel reduziu de tamanho ficando-lhe pela cintura em forma de rabo-de-cavalo, mas um pouco mais acima da cabeça; tinha uma linda franja no meio da testa, duas pequenas madeixas que se estendiam cobrindo as orelhas à frente, e uma enorme madeixa azul, que lhe atravessava o cabelo.

Rapunzel: Como é que isto aconteceu?!
Hiccup: Não faço ideia! O feitiço deve ter-te...transformado, ou assim.
Rapunzel: Bem...até pode ser um pouco descapotável demais, aqui em cima...mas até que não me fica assim tão mal! - Hiccup fez sons de concordância, enquanto ela dava uma voltinha, para ver melhor - E tu também não estás nada mal!
Hiccup: O quê?!

O rapaz estava igualmente transformado em relação ás roupas, mas ainda não tinha reparado. Tinha as mesmas calças de ligaduras, as mesmas pinturas na cara e a mesma madeixa, mas isto em dourado. Usava uma T-shirt do mesmo tipo das calças, com as mangas e a gola de aspecto rasgado; por cima dos ombros, encontravam-se uns escudos, cobertos de espinhos, igualmente nas mãos, mas sem estes, que suportavam uma capa, semelhante á da irmã; na cintura, usava um cinto preto com jóias douradas. E por fim, no pé, calçava uma bota da neve castanha.

Hiccup: Tenho de admitir, que o Livro até que tem bom gosto!

Mérida acordou, também com uma enxaqueca. Pelos vistos, ficaram todos com uma, como se tivessem batido com a cabeça numa parede com toda a força:

Mérida: Onde é que estou? Já derrotámos o Breu?! - olhando em redor.

Teve dificuldade em levantar-se, mas lá conseguiu.
A rapariga deparou-se com os amigos, e com aquilo que traziam vestido, não gostava muito de facto, mas tinha a sensação de que não estaria diferente deles:

Mérida: Porque é que eu pressinto de que me vou arrepender se olhar para baixo?
Hiccup: Todos nós nos arrependemos, Mérida!

A Gryffindor olhou já sem surpresas.

Mérida: Era só o que me faltava!

Estava vestida exatamente como Rapunzel, mas as roupas em vez de serem azuis eram vermelhas; não estava descalça, usava umas sabrinas e um cinto preto a fazer de suporte á espada; o seu cabelo mudou para tons mais alaranjados, de maneira a destacar a madeixa de fogo que lhe atravessava o cabelo.

Mérida: Isto...é o quê?!
Rapunzel: Achamos que tenha sido o Livro a transformar-nos!
Mérida: Ele vai ser queimado!
Hiccup: Mérida!!

Aos poucos e poucos, os Guardiões iam-se erguendo tal como o novo dia, que se aproximava. Emma também. Sentia-se perdida e meio sonolenta, rondava a paisagem e reparava que tudo estava diferente, sobretudo o céu que ia ficando cada vez mais claro.

Rapunzel: "Alguém sabe onde está o Jack"?

De repente, os seus olhos de Emma miraram o rapaz. Caído ali, longe dos outros, sem qualquer tipo de reação. Não hesitou em ir ter com ele, e chamar pelo seu nome várias vezes. Pegou no rapaz pelas costas, e não parou de olhar para a cara adormecida do irmão.

Emma: Jack?! Jack consegues ouvir-me?! - sem obter resposta. O amigos ouviram-na logo - Não, não pode! Vá lá, Jack...acorda! - A rapariga tinha as lágrimas nos olhos, temia tanto que ele não tivesse resistido á Explosão de Luz. Não estava preparada de maneira nenhuma para perdê-lo novamente - Por favor, Jack! Não vás...não te quero perder...não outra vez - as lágrimas escorriam-lhe pela cara enquanto Emma lhe fazia festas no rosto. Os TBF aproximaram-se olhando o rapaz, enquanto Rapunzel agarrava no Livro caído no chão - Não devia ter insistido tanto em ir patinar naquele dia...naquele lago...por favor...PERDOA-ME!

Deitou a cabeça no ombro dele e abraçou-o com toda a sua força. Não parava de chorar.

Rapunzel: Jack... - e olhou o irmão - Hiccup, ele não pode estar...
Hiccup: Eu não sei - e baixou o rosto.

A Ravenclaw tinha as lágrimas nos olhos e as mãos na boca, olhando-o horrorizada.
Os Guardiões aproximavam-se lentamente. Rapunzel encostou-se ao ombro do irmão. Ele abraçou-a com uma das mão.

Mérida: Vá lá, Jack! Não nos deixes agora.

Segurava a espada de Gryffindor com um ar de esperança desesperada, enquanto lhe corria uma lágrima pela cara. Um enorme silêncio instalou-se no local. Onde apenas o choro de Emma e Rapunzel se ouvia. O Slytherin tinha o rosto coberto de pó vindo da terra que se encontrava no chão. As feridas dos seu corpo tinham desaparecido. Tal como o respirar no seu peito. Ninguém dizia nada.

😋😋😋 Capítulo 17, parte 1. Digam-me o que estão a achar.

Immortal Guardians: The Big Four e o Segredo dos Quatro FundadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora