12 - A Cidade das Sombras - Parte 2

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O espelho desapareceu por fim da sua frente, com um simples agitar de varinha. Ele virou-se para o Portão e ouviram-se as portas destrancarem, vagarosa e pesadamente aquilo que as segurava. Abriram para dentro, com um ranger intenso. Dando a óbvia imagem, de que aquele portão ferrugento já não se abria há muito, muito tempo. Pararam de se mover, e estabilizaram à frente deles, abrindo o horizonte, ao lugar onde se encontravam. A reação deles de entrar rapidamente, foi mais rápida do que aquela de reagir ao que viam. Andaram uns cinco passos e pararam, olhando fixamente, de olhos esbugalhados e boquiabertos para a cidade antiga e sombria.
Felizmente, já era mais iluminada que a floresta onde tinham estado, mas mesmo assim, a grande sombra sobre cada objeto, permanecia abundantemente. As ruas pareciam não ter fim, cobertas no horizonte, por escuridão e um ligeiro nevoeiro sombrio. As casas, não se observavam quaisquer diferenças. Os telhados, a cor, as portas, janelas e mesmo o modelo. Parecia tudo igual. Retirando o facto de muitas terem estragos diferentes. De aspeto antigo, prestes a ruir, permaneciam. O chão, de pedra negra com breu, perdia-se de vista e mostrava irregularidades que faziam tropeçar qualquer um. Tochas, mantidas e quase isoladas em caixas de vidro, iluminavam as ruas, casas e algumas janelas pelo lado de fora. A sua chama tinha uma luz um pouco fraca, mas com suficientes, dava para pelo menos, verem o seu redor e por onde andavam.
Por lá, o mesmo ar congelante pairava, e fazia apagar algumas da chamas, que misteriosamente se voltavam a acender. Aquelas roupas de verão, não aqueciam mesmo nada. Felizmente, os casacos consigam tapar o suficiente, para que não gelassem. Hiccup e Rapunzel já tremiam. Tanto de frio como de medo, enquanto miravam Jack, que por sua vez, ainda não tinha tirado os olhos castanhos da paisagem. O portão fechara-se.

Jack: E eu que pensava...que o esconderijo do Breu... era sombrio!

Nada disseram naquele longo momento, onde apenas o vento assobiava por entre os telhados esburacados das casas.

Mérida: Este lugar é assustador!
Hiccup: Não vive mesmo cá ninguém? É que...parece-me tudo um pouco...aceso para uma Cidade abandonada!
Rapunzel: Quem disse que estava disse abandonada?

Um vulto negro passou por cima deles. Viraram-se de repente, olhando em volta.

Jack: O que era aquilo?
Rapunzel: Uma sombra. Não se preocupem. Não vai ser a última que vamos ver.

E pausaram novamente.

Hiccup: OK. Eu não quero, mesmo, ser desmancha-prazeres, malta! Mas, podemos andar?!! É que eu não quero ficar aqui especado, dentro de um congelador aterrorizador, a olhar para uma paisagem deprimente e sombria!
Jack: Bem visto!
Rapunzel: Vocês...querem mesmo passear por aqui?
Jack: Se é aqui que o Breu quer que nos encontremos, então acho que não temos qualquer chance disso!
Mérida: Meu Deus, Jack! Eu não consigo ver-te assim - e começou a caminhar para junto deles, enquanto este se ria.

Os quatro puseram-se a olhar os cinco caminhos que tinham á sua frente. O do meio era escuro e quase sem luz, o segundo a contar da direita continha inscrições estranhas e muitas fendas no chão, o da direita tinha casas cobertas de trepadeiras já sem vida, o segundo a contar da esquerda nem tinha pavimento, mas sim terra batida. E por fim, o da esquerda era bastante iluminado com tochas de cor laranja, as casas quase não tinham fendas e o chão estava todo direito.

Hiccup: Bem...acho que aqui é óbvio para onde devemos realmente ir!
Mérida: Hiccup - e agarrou-lhe a gola da t-shirt ás riscas pretas e amarelas - Primeiro que tudo: nós ainda não tomámos uma decisão! E segundo: por muito bonito que pareça esse caminho...pode...até não ser o mais seguro!
Hiccup: E a decisão é...?
Mérida: Nós vamos, por este caminho! - e largou-o.

Immortal Guardians: The Big Four e o Segredo dos Quatro FundadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora