Fred *-*

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Fred- narração especial *-*

Estava eu acompanhando a pirralha da Clara junto com sua mãe vadia ao psicólogo e me perdi em meus inocentes pensamentos...

Já tenho até um plano, vou mandar Clara contar tudo sobre nós, para que o querido Dr. Euclides fique tão chocado ao ponto de acreditar que a garota é uma psicopata, depois? Quem vai ficar louco é ele muahahahaha, e aí?  Eu o mato, é claro!

Pobre Clarinha, por que ela teve que me conhecer? Logo eu, o pior pesadelo dela hahahaha. Mas até que ela é diferente, eu gosto de matá-la aos poucos, e não tão rápido como matei todos os outros 986 humanos, ou foram 987?
Primeiro vou matar sua inocência, bom, acho que já estou fazendo isso haha, e depois vou matar sua infância, e o resto veremos com o tempo. Quem sabe ela não aprende algumas coisas comigo.

Esperei ela por muito tempo, então tenho que fazer direito, não posso desperdiçá-la.

- E do que ele está rindo? - ouvi o psicólogo perguntar à minha amada criança

- Diga a ele que é de sua cara de otário. - respondi antes que Clara me perguntasse, e ela logo contou ao Dr., que ficou com uma cara de espantado, dava até gosto de ver hahaha.

Bom, voltando a pensar...
Eu não sei o que está acontecendo comigo, não consigo me separar da Clara, mais que porra! Talvez eu possa, ah deixa pra lá... quem sabe se eu matar mais algumas pessoas eu esqueço esses pensamentos idiotas!

Saí daquela sala e resolvi fazer uma visitinha à outros pacientes. Entrei no quarto de um menino, devia ter uns 15 anos, coitado! Tão jovem pra morrer muahahahaha...

Fim da narração

Fiquei conversando com o psicólogo e nem percebi que Fred não estava mais presente, ele deve estar andando por aí,  é melhor eu procurá -lo.
Levantei rapidamente da cadeira e corri para fora daquela sala que cheirava à injeção. O Dr. Euclides veio atrás de mim atento, para saber pra onde eu iria.

Por um momento tive uma sensação estranha ao passar por uma porta, estava escrito Lucas, podia jurar que Fred entrou lá, resolvi abrir a porta e acabar com minha suspeita, girei a maçaneta e me deparei com uma cena horrível. Um menino, (provavelmente o tal Lucas) estava pendurado pelo pescoço com uma corda, ele se debatia parecendo um porco degolado, e lá estava Fred, sorrindo, parado ao lado do menino Lucas.

Fiquei plantada na porta igual idiota, apenas observando a cena, olhava para o menino e em seguida para Fred repetidamente. Dr. Euclides chegou cansado de correr, e nesse momento o pobre garoto pendurado parou de se debater e caiu no chão, foi aí que percebi que era Fred que estava mantendo o menino suspenso pela corda, quando olhei em sua mão esquerda.

- Ai Meu Deus! Infermeira! Dr. Antônio!  - gritava desesperadamente o "meu" psicólogo. E aos poucos, todos os funcionários foram se aproximado.

Caminhei entre o quarto, passando por cima do corpo do garoto e indo até meu melhor amigo, peguei em sua mão e o levei para o corredor, sendo seguida pelo olhar assustado de todos os presentes. Fred gargalhava, não conseguia se conter, enquanto eu ainda estava em estado de choque pelo ocorrido. 

- Fred, você está louco?! - gritei assustada.

- Saiu melhor que o esperado HAHAHAHAHA - ele ria tanto que se apoiava nas paredes.

- Clara, pode vir aqui por favor? - o Dr. Euclides me chamou onde estavam todos os médicos presentes e minha mãe também. Me aproximei ainda tremendo. - Por que veio correndo? Parecia até que você já conhecia o hospital, mas sua mãe disse que você nunca esteve aqui. Você já sabia o que estava acontecendo?

Balancei a cabeça negativamente.

- Foi o Fred, eu sabia que ele estava aqui! Ele veio pra cá, ele estava lá! - eu disse chorando desesperadamente, e abracei a mamãe. As enfermeiras me levaram para um quarto e me deram uma injeção, como sou uma mocinha nem chorei, mas logo após, senti meus olhos pesarem, antes de dormir vi mamãe chorando sentada ao lado da maca onde eu estava deitada, o psicólogo deve ter falado alguma coisa pra ela...

Acordei em meu quarto, será que tudo foi um sonho?

- Oi, filha. Se sente melhor agora? Faz pouco tempo que chegamos do Dr. Euclides. - xii, infelizmente não foi um sonho, foi tudo real.

- Cadê o Fred? - perguntei sem querer

- Filha, é sobre ele que precisamos conversar. Por causa desse Fred, você precisará ir três vezes na semana ao psicólogo. - mais que droga! Toda vez que eu entrar naquele lugar vou me lembrar do ocorrido.

- Mamãe, não por favor, eu não quero voltar lá...

- Mas você vai, eu sinto muito. - ela disse, se retirando do meu quarto e fechando a porta.

Na janela estava Fred, parado, me olhando.

- Assassino! - gritei. - Você não é um anjo! É um demônio!

Ia me levantar e correr, mas Fred me segurou.

- Eu não fiz nada! Foi o menino que pediu pra eu segurar a corda pra ele. Eu não sabia, eu juro... - ele disse com a voz mais doce do mundo, até me surpreendeu, achei que ele iria bater na minha cara e me chamar de vadia.

- Mentiroso!

- Eu sou um anjo, ele está com Deus agora, assim como seu pai, você deve ficar feliz, ele está no céu. Não sei de onde você tirou essa ideia de demônio, isso me entristece sabia? - Fred disse entristecido, eu não estava acreditando nele, mas quando ele mencionou meu papai, rapidamente mudei de opinião.

- Okay. - eu disse envergonhada por ter duvidado dele.

Ficamos em silêncio por um bom tempo até mamãe me chamar pra jantar. Após o jantar pedi para dormir com mamãe, aquela cena ainda não saiu da minha cabeça, Fred dormiu embaixo da minha cama sozinho.

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Finalmente postei huehue, a narração do Fred ficou curta, poque senão ele ia contar tudo o que ia fazer huhuehue aí não pode, né.

#RumoAos6k. Muito obrigado galera.

Fred, o Amigo ImaginárioOnde histórias criam vida. Descubra agora