A criatura

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Ain meu Deus! Já somos 11k8 de visualizações. Obrigado pelo carinho galera, continuem acompanhando a história e não esqueça de deixar seu voto :)

Gritei desesperadamente, enquanto aquela coisa que se parecia com uma mulher se arrastava em minha direção...

- SOCORRO, ELA VAI ME MATAR! MAMÃE! MAMÃE! ME AJUDA! FRED!!! - Eu gritava, minha voz já estava ficando rouca.

Eu não sabia o que estava acontecendo, estava escuro e aquela mulher se aproximava, meu corpo simplesmente não saiu mais do lugar. E lá estava eu, paralisada em um canto da parede, enquanto aquela coisa subia em mim, tinha unhas grandes e afiadas, e de repente arranhou meu rosto, rasgando minha pele e fazendo com que sangrasse muito. Depois passou a língua no local, sua língua era repartida em duas e era extremamente gelada. A criatura ria e tinha olhos amarelos iguais os de Fred. As lágrimas de desespero escorriam pelo meu rosto, enquanto eu permanecia calada sem forças para gritar, a criatura começou a beliscar minha pele e sentia prazer em me fazer sofrer, quando finalmente consegui gritar e chamei pela minha mãe, que apareceu correndo até meu quarto junto do Dr. Euclides, tudo pareceu clarear, como se o dia voltasse, lá fora já não estava mais escuro.
Eles estavam com rostos pálidos e apavorados, sinto que ficaram assim após verem meu estado. Rapidamente me deitaram na cama e chamaram um padre, eu realmente não entendi o motivo, deveriam chamar um pediatra, o que um padre vai poder fazer? Rezar? Fred me disse um dia que Deus não existe, e sabe? Ele tem razão! Senão eu não precisaria passar por nada disso.

Minha pele ardia, eu estava com muitos cortes que não entendo de onde surgiram, pois aquele monstro cortou apenas meu rosto, mas mamãe insistia em gritar desesperadamente, fazendo com que a situação parecesse pior do que já estava, eu gritava junto a ela, mas minha voz estava rouca, sentia vontade de gritar.
Quando o padre chegou fez uma oraçãozinha qualquer e me jogou água, uma água estranha, fazendo com que os cortes que surgiram misteriosamente parassem de arder.

- Ela não precisará de um exorcismo, creio que havia sim um encosto presente, mas não conseguiu possuí-la. Ela ficará bem, mas é bom que seja sempre bem observada, tem algo muito forte com ela. E eu não posso fazer nada até que o demônio se manifeste. - ele dizia enquanto eu estava calma deitada na cama. Fred apareceu e ficou parado ao lado do padre, que se apressou em ir embora o mais rápido possível, acho que ele sentiu a presença de Fred.

- Eu realmente nunca acreditei nessas coisas de exorcismo, mas tenho que confessar que o que aconteceu aqui foi de arrepiar os cabelos até do homem mais pé no chão do mundo. - Dr. Euclides disse assustado e eu fiz uma careta feia pra ele, aproveitando a situação haha. Ele simplesmente deu una desculpa qualquer para que pudesse ir embora. Medroso!

Eu estava confusa e com sono, acabei fechando os olhos mesmo com medo de que aquela criatura surgisse novamente. A última cena que ficou na minha cabeça foi de mamãe me observando com medo e Fred parado perto da janela, no mesmo canto em que aquela coisa apareceu, mas ele estava diferente, não estava sorrindo, estava sério e um pouco acinzentado, até seus olhos estava um pouco sem cor, sinto que estou enlouquecendo, por que comigo? O que eu fiz?
Acabei adormecendo com esses pensamentos.

3 meses depois.

Depois daquele dia horrível eu nunca mais fui a mesma, passo a maior parte do dia deitada em minha cama, com medo de que aquela mulher possa voltar e me fazer mal. Falo apenas o necessário, não estou indo à escola e mamãe saiu do serviço por minha culpa.

Fred? Até agora não sei se Fred foi uma invenção da minha cabeça como todos diziam ou se ele existiu de fato. Eu não o vi mais, mas ainda sonho com ele, muitos desses sonhos não fazem sentido, como por exemplo um dia desses eu sonhei que estava em um lugar quente em que todos estavam sofrendo, aí eu me ajoelhava para Fred e o sonho simplesmente acabava.

- Filha? Tá na hora do seu banho. - mamãe entrou no quarto sorrindo, mas ela não estava feliz, nós estávamos sobrevivendo graças à penção que recebemos pela morte de papai.

Após o banho me sentei no sofá e fiquei desenhando Fred, depois fui tomar um ar na árvore perto da cabana, me sentei em um galho e fiquei lá até começar a escurecer, minha rotina tem sido assim durante todo esse tempo. Após o jantar me deitei em minha cama e fiquei pensando em Fred desde que nos conhecemos, e me lembrando de cada momento, um em especial que foi quando descobri que ele já morreu e conheci sua suposta mãe. Já sei! Preciso ir até o cemitério!

Adormeci e no dia seguinte acordei de manhã, não tão cedo quanto esperava, me levante e fiz minha higiene, depois de tomar café da manhã me sentei na lavanderia e fiquei observando mamãe lavar as roupas.

- Filha, você está bem? - mamãe perguntou, achei justa tal pergunta, até porque a única coisa que fiz durante todo esse tempo foi ficar trancada em meu quarto ou ficar na sala vendo TV. - Filha?! - ela repetiu

- Sim, só estou pensando. Mamãe, quero ver o papai, vamos ao cemitério?

- Por que essa ideia tão repentina? - mamãe perguntou estranhando a pergunta. Odeio gente que responde perguntas com outras perguntas, affs ZzZ

- Eu já disse, quero ver o papai. Mas tudo bem se você não quiser... - eu disse indo para o quarto. Esse drama sempre funciona!

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Demoro pra posta mesmo, e se reclamar demoro mais huehuehie brincadeira calma haha

Fred, o Amigo ImaginárioOnde histórias criam vida. Descubra agora