Uma Brincadeira

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- Eu avisei... - Disse a loira, penetrando Ana mais uma vez, a fazendo gemer alto. - Eu venci de novo, como sempre...

- Você ainda vai perder... - Falei, enquanto ela tirava a mordaça da minha boca e a colocava em Ana.

- Fiquei com pena de você, aqui, só olhando... - Disse ela, se ajoelhando na minha frente e abrindo o fecho da minha calça. - Quem sabe eu...

   Ela acabou de pronunciar essas palavras, fechou a mão e deu um soco na região aberta da calça. Minha visão escureceu de tanta dor, e enquanto isso, Teresa ria desesperadamente.

- Você... - Falei. - É uma psicopata...

- Obrigada... - Ela disse, com um sorriso no rosto enquanto se vestia novamente. - Você é muito gentil...

   A loira pegou a arma novamente e a deixou em cima de uma pequena mesa coberta por um pano escuro. O móvel tinha pequenas rodas, então o empurrou até ficar em minha frente.. 

   Foi até a parte de trás da cadeira e encostou a arma em minha nuca. Tirou minhas algemas e andou até o outro lado da pequena mesa, com a arma apontada para meu rosto.

- Você sabe o que acontece se tentar fazer alguma besteira, não sabe? - Perguntou Teresa friamente.

- Você morre? - Perguntei ironicamente.

   A loira me deu um tapa no lado esquerdo do rosto, a fazendo sorrir. Ela removeu o pano de cima da mesa, deixando à vista duas grandes amarras de couro, com o formato de luvar, deixando apenas os dedos para fora.

- Ponha as mãos aí dentro, por favor... - Disse Teresa calmamente, me olhando nos olhos e inclinando a cabeça para o lado. - Rápido...

   Não tive escolha, pus minhas duas mãos ali, uma em cada amarra. A loira as apertou até que não fosse mais possível deixar mais justo.

- Quantos? - Perguntou. - Quantos dedos eu deixo?

- TODOS! - Gritei em desespero, a fazendo rir.

- Você não tem como escapar disso... - Respondeu. - Mas já que você não quer escolher, vamos fazer uma brincadeirinha...

   Teresa foi até a ruiva, tirou a venda de seus olhos e a colocou no próprio pescoço. Isso me fez imaginar que ela usaria em si mesma.

- Dessa vez, você que vai ficar olhando... - Falou para Ana, que continuava amordaçada. 

   A loira abriu uma das gavetas da pequena cômoda que ficava ao lado da cama, e dela tirou uma maleta de couro. Pegou a maleta e levou até mim, a colocando em cima da.

- Vou te mostrar meus brinquedinhos... - Disse ela, abrindo a valise e deixando aparente uma grande coleção com facas, facões, cutelos e uma machadinha.

- Você... - Tentei dizer, mas as palavras não saíram. - Não...

   Teresa começou a rir friamente, enquanto puxava um cutelo e pressionava sua lâmina contra o indicador, fazendo com que uma gota vermelha pingasse sobre minha mão direita. 

- Dor e dinheiro... - Disse ela. - As únicas coisas que podem fazer uma pessoa realmente feliz. 

- Você é doente... - Falei, sentindo uma mistura de medo e pena da loira.

   Repentinamente ela bateu a lâmina com força entre meu dedo anelar e o médio, fazendo com que eu gritasse de susto. Teresa riu como nunca, puxando o cutelo que havia ficado enterrado na madeira da mesa, deixando um corte profundo nela. 

- Suficientemente afiado... - A loira disse, deixando a arma branca sobre a mesa, ao lado do revólver, e pondo a maleta no chão. - Agora vamos brincar...

   Teresa pegou o cutelo e encostou sua lâmina verticalmente sobre a mesa, a poucos centímetros de meu dedo médio. Como eu não poderia dobrar meus dedos, senti muito medo.

   Ela manteve a arma branca na mesma posição, e com a mão esquerda, colocou a venda em seus olhos. Levantou o cutelo, balançou cegamente e golpeou.

Apenas uma ViagemOnde histórias criam vida. Descubra agora