Capítulo 16 - "O meu pai convidou-te para jantares cá."

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Entrei em casa e consegui ainda ver Gemma a correr da cozinha para a sala. Fingi que não a tinha visto mas acabei por ter de a confrontar com isso. Aproximei-me do sofá onde ela estava agora sentada com um sorriso divertido e sugestivo mas de olhar pousado na televisão.

- Olá. - Disse para que ela "notasse" a minha presença.

- Oh olá Harry. - Ela, tal como eu esperava, fingiu que não me tinha visto ainda mas eu sabia perfeitamente que aquele sorriso dela tinha a ver comigo de alguma forma.

- O que estavas a fazer na janela da cozinha?

Gemma dirigiu o seu olhar até mim e conteve ao máximo o sorriso divertido.

- Eu? Não estava a fazer nada. Apenas - Ela parou e quase começou a rir, mas controlou-se. - A observar a paisagem.

Foi então que se fez luz na minha cabeça.

- Não tens idade para espiar Gem.

Ela apenas riu e manteve o seu silêncio enquanto Harry se dirigia ao primeiro andar para cumprimentar a mãe que já o chamara.

- Estás sozinho? Pensei que trouxesses companhia. - Ela disse com o mesmo sorriso que Gemma exibia há minutos atrás.

Franzi o sobrolho enquanto deixava um beijo na sua bochecha e sentei-me na beira da sua cama enquanto ela continuava a passar a ferro várias pilhas de roupa.

- Quem havia eu de trazer?

- Ora aquele - Ela parou e pareceu lembrar-se de que não deveria dizer o que se preparava para dizer. - Quer dizer eu não sei. Pensei que nos fosses dizer tu.

- Mãe... Diz-me. - Pedi cruzando os braços e ela pareceu atrapalhada.

- Mas Harry digo o quê? Eu não sei, foi a tua irmã que

- GEMMA!

Gritei interrompendo a frase dela e desci as escadas depressa, dirigindo-me à sala onde Gemma se partia a rir completamente. Tinha até dificuldade em abrir os olhos. Parecia achar imensa piada às desconfianças da mãe quanto à minha vida amorosa ou lá o que é que elas pensam.

Niall's POV

- Cheguei! - Anunciei bem alto para que o meu pai me ouvisse de onde quer que estivesse.

O carro estava estacionado na entrada mas não havia sinal dele em qualquer lado, até que o ouvi na cozinha.

- Oh olá filho. - Ele disse com um sorriso leve e limpou as mãos à toalha branca pousada em cima da mesa.

- Que estás a fazer? - Perguntei confuso ao ver tanta comida ainda não cozinhada espalhada pela bancada. Digamos que ele não costuma cozinhar lá muito.

- Esqueci-me de te avisar, mas hoje a Amanda e mais uns amigos meus vêm cá jantar.

A minha cara já transmitia o terror com aquela notícia. Ter de sair do meu quarto, do meu canto obscuro para cumprimentar aqueles desconhecidos cujos germes estariam prontos a saltar-me para cima. Ew.

- Não faças essa cara.

Oh isto ainda não é nada, espera até eles chegarem e me obrigares a falar com eles.

- Apenas não gosto muito da ideia. - Disse, ignorando os meus pensamentos.

- Se quiseres podes convidar alguém para te fazer companhia. Por exemplo a tua namorada. - Eu olhei-o e considerei a sua proposta durante alguns segundos.

- E se for outra pessoa?

- Quem?

- Outra pessoa.

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