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"As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem."

- Lilian Tonet

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— Mikayla, veste logo sua roupa, ou eu vou chegar atrasada no trabalho. — Eleanor reclamava pegando sua bolsa.

— Mãe, a culpa não é minha se meu pai não veio me pegar hoje! — reclamou a filha pegando a sua mochila e terminando de calçar o tênis.

As duas saíram de casa as pressas, sua mãe era sempre a pessoa mais organizada e pontual que ela conhecia.

Felizmente a casa de Eleanor ficava a 4 quadras de distância do trabalho.

Quando entraram em um prédio enorme Mikayla ficou paralisada, nunca tinha vindo ao trabalho da mãe.

— Vem logo, filha. — ela voltou para puxar o braço da menina.

Eleanor era uma simples empregada que trabalhava na limpeza junto com outras 20 mulheres, afinal, um prédio com mais de 5 andares precisava de bastante gente.

— Aonde é que eu vou ficar? — a filha perguntava sem grande importância.

— Na sala de segurança com o Bob, ele vai ficar de olho em você.

Era apenas 5:50 AM e o prédio mal tinha funcionários, só seguranças trocando de turno, vigilantes indo buscar mais um copo de café para aguentar até o fim do expediente.

Entrando na sala de segurança, Bob, um senhor de 40 anos, estava sentado olhando várias telas que mostrava cada andar no prédio.

— Bom dia Bob, a Mikayla vai ficar aqui hoje, tudo bem?

— Bom dia Eleanor, está bonita hoje. Está tudo bem, tenha um bom trabalho.

— Obrigada. — dizia e depois olhava para a filha — Se comporte, mais tarde eu venho ver se você está bem. Não perca a hora hein, a senhorita tem aula hoje.

— Tá bom, mãe.

— Eu te amo. — Eleanor beijou a testa da sua filha e saiu da sala apressada.

Passou alguns minutos até o homem ali dizer alguma coisa, eles estavam em um silêncio constrangedor pois nenhum dos dois tinham nada para dizer e apenas se olhavam.

— Então... Quer aprender a mexer nas câmeras? — ofereceu o homem de cabelos quase brancos.

— Sim.

Bob ensinou alguns truques de câmeras para a garota e também ensinou em como desativar, coisas básicas.

— Ei, esse aqui não é o cara que canta Billie Jean? — Mikayla apontava para o homem que entrava no elevador.

— Sim, esse é o Sr. Jackson. Dono disso tudo.

— Hum...

Alguns minutos em silêncio a garota notou que Bob havia dormido, ela simplesmente desligou a câmera da sala do Sr. Jackson e decidiu ir até lá.

Pegou a mochila e foi até o 8° andar, ao entrar na sala notou estar vazia, notou também que as janelas que iam do chão ao teto que davam para ver Los Angeles inteira.

Mikayla é uma garota bastante curiosa, só de estar ali e não mexer em nada a deixava desconfortável, inquieta. Indo até a mesa ela viu o computador ligado em uma tabela com os dados da empresa, preferiu não mexer, a mesa estava vazia, nada em cima dela, apenas um pote com canetas de diversas cores.

Abriu sua mochila e tirou dali uma folha de caderno começou a desenhar a vista que tinha daquelas janela, para ver melhor sentou em cima da mesa. Quando acabou o desenho deixou em cima da mesa e guardou as canetas. Continuou ali sem nada para fazer.

— Quem é você e o que faz na minha sala? — um homem questionou assim que entrou na sala.

Afinal não é todo dia que se encontra uma garota girando em cima da mesa.

— Ah... Então você é o Sr. Jackson? — perguntou parando de girar na mesa.

— Sim, quem te deixou entrar?

— Ninguém, ninguém me impediu. — ela dá de ombros.

— Certo, quantos anos você tem?

— 16 anos! E você?

— 29, agora, por favor saia da minha sala!

—Você é novo demais para ser dono deste lugar. — Mikayla ignora ele — Em média os homens donos de empresas tem o dobro da sua idade.

— Garota, você pode sair da minha sala? Ou eu vou ter que chamar os seguranças?

— Calma, não precisamos disso. — a garota se levantava da mesa pegando a mochila. — Você é bem irritadinho, ein?

— Eu não sou irritadinho só estou com alguns problemas, agora com licença. — Michael se explicou abrindo a porta para que a menina saísse.

— Pelo menos pode me informar as horas? — perguntou Mikayla já do lado de fora da sala.

— 07:15 — enunciou olhando para o relógio de pulso.

— Droga!

A garota correu para o elevador, que já estava aberto pois duas pessoas acabavam de descer, gritando no meio do caminho:

— Foi um prazer lhe conhecer Sr. Jackson!

Michael ficou completamente admirado pelo fato da garota não estar nem aí para os problemas dele ou pelo fato dele ser cantor.

Sentando na cadeira notou uma folha de papel desenhada de caneta, era um desenho muito bem feito que no final da folha havia sido assinado por "Mika".

Já Mikayla estava correndo pela rua em direção a escola, havia esquecido completamente. Foi rápido chegar lá, o portão estava quase se fechando quando a menina passou dando um bom dia para o tio do portão.

— Pensei que não fosse vir hoje — Danielle admite assim que entrou na sala de aula

— É que meu pai não foi me buscar hoje, aí eu tive que ir para o trabalho da minha mãe.

— Hum, tá animada para amanhã?

— O que tem amanhã? — tirava o caderno a mochila colocando sobre a mesa.

— Nossa turma vai fazer um passeio para Neverland. Se esqueceu?

— Totalmente, mas amanhã eu vou sim.

[...]

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[N/A]
Bom gente este é o começo por isso tão pequeno mas o próximo capítulo será maior e vocês irão entender tudo direitinho.

Hi, FriendOnde histórias criam vida. Descubra agora