Contrato

Capítulo 10 - Ele ou Ela

Tento não rir no entanto é impossível.
Jackson estava trazendo a bandeja de café ainda vestido com o avental, era uma visão extremamente divertida, fofa e sexy. Nossa convivência estava melhorando aos poucos, se eu soubesse que para ele me trata como antes era só ficar doente, eu já teria inventado um doença de mentira a tempos, não que essa fosse de mentira.

— De novo sopa? Eu não vou toma isso. — faço uma careta me encostando ainda mais na cabeceira da cama.

— Segundo seu paladar, ela não tem gosto. — colocar a bandeja na cama e me olha. — Coma Atena.

— Não! — me aperto mais ao meu casaco. Eu ainda estava com dengue e graças a Deus os efeitos já estavam passando, e também graças a Jackson que virou meu enfermeiro, engajado a me fazer toma sopas horríveis, banhos gelados (que segundo ele estavam quentes) e frutas sem gosto. Ele tirou a semana de folga para cuida de mim, devido a isso, trouxe curiosidades de alguns tablóides e não sei como, descobriram que eu estava doente.

— Você não esta sozinha agora, então eu acho bom você toma por bem, ou vai querer por mal? — a culpa me invade. Havia momentos que esquecia que estava grávida, mas não completamente. Eu estava com uma mania de ficar colando a mão sobre a barriga sem perceber, e só me dava conta quando sentia Jackson me encarando, e ele fazia muito isso, não me encara, mas sim minha barriga, ela estava ficando amostra e o mais surpreendente, o bebê começou a chuta! Não comentei isso com ninguém, só com a médica quando fui me consultar semana passada para ver se o bebê estava bem por causa de minha doença, eram chutes leves que só eu poderia sentir.

Pego a sopa e apóio no travesseiro, coloco a primeira colherada em minha boca e faço uma careta.

— Engula. — faço de má vontade. Será se eu jogar essa sopa em seu rosto vai doer?

— Por isso eu esperei ela esfriar. — responde minha pergunta. Eu e essa mania de pensar alto.

— Sabe, você deveria volta a trabalhar Jack, seus funcionários precisam de um chefe.

— Meu pai sabe da conta.

— Hm? — começo a toma a sopa, quanto mais rápido eu toma mas rápido ela vai acaba.

— Ele esta no meu no lugar, quando eu falei que você estava doente ele não penso nem duas vezes para me deixar de folga e cuida de seu bem estar, e de seu futuro neto. — essa última parte me faz parar de comer.

Não conversamos sobre esse assunto, de como ele tá levando essa idéia de assumir filho de outro, e como nossos pais irão reagir quando a criança nascer e não ter olhos azuis.

— Jack ...

— Não quero fala sobre isso.

— Mas eu preciso fala sobre isso, como vai ser quando a criança nascer e tiver olhos castanhos?

— Você tem olhos castanhos.

— E quando ele nascer e tiver cabelos pretos e não loiros? — ele trinca o maxilar. Estou indo rápido demais, ele ainda estava com raiva. — Desculpa.

— Seu sangue é O positivo e o dele é A negativo, as probabilidades dessa criança nascer de cabelos ruivos é maior.

— Como sabe nossos tipos sanguíneos?

— Pesquisas.

— Qual o seu?

— Sangue? — assenti. — O positivo.

— Eu queria tanto que ele fosse seu. — não imagina o quanto.

Jackson me encara de um jeito estranho, franze a testa e parece se segura pra não dizer nada.