Capítulo 15 - Quarto do Bebê

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- Se ela ficar ansiosa, nervosa e estressada, produzirá determinados hormônios que passarão pela placenta, atingindo o bebê, podendo desencadear alguns problemas, dentre eles o risco de trabalho de parto prematuro, ruptura da bolsa, etc. Além disso, estudos já relacionam determinadas doenças ao estado emocional que a gestante apresentou durante a gestação, demonstrando que algumas de nossas enfermidades podem ter se originado ainda na vida intrauterina. - o médico anota enquanto falar. - Então, vamos evitar o estresse.

- Tudo bem. - Jackson diz, ele estava com um expressão que eu nunca tinha visto em seu rosto de mil e uma caretas, a culpa.

Saímos do médico em silêncio, ficamos no carro em silêncio, ele me ajudo a subir a escadas, ainda em silêncio. Se as pessoas estavam paranóica por eu estar grávida, agora eu estou paranóica, vou andar o mais devagar o possível e levar mas a sério a lista de alimentação para gestantes.

Deito na cama e Jack me ajudar a me cobre, em seguida vai parar o seu lado da cama, e assim ficamos, ambos calados olhando para o teto.

- Desculpa. - viro minha cabeça em sua direção. - A culpa é toda minha, se não tivéssemos discutido na casa de seus pais você não teria passado por isso, sinto muito por ter extressado você.

- E o bebê. - volto a olhar para o teto.

- E o bebê. - repite.

- Você salvo ele, enquanto eu tentei mata-lo.

- Você não estava pensando direito, e não adianta ficar se remoendo, ele estar aqui, não estar? Estar crescendo firme e forte com você.

- Porquê Jackson.

- Como?

- Você poderia deixar aqueles remédios fazerem efeito e me deixar sofrer um aborto, eu poderia sofrer, mas com o tempo eu aprenderia a suporta a dor, você irea se livrar de um peso, criar um filho que não é seu? Eu não entendo, você não sabe se vai conseguir olhar no rosto dele e sentir repugnância, então porquê?

- Você não entende, eu tenho os meus motivos.

- Que tipo de motivos?

- Quando chegar a hora certa, eu irei lhe dizer.

- E tá perto?

- Quase. - e ficamos em silêncio, quando penso que ele estar dormindo, sinto Jackson chegar mas perto, não de má vontade, fico de lado e apóio minha cabeça em seu braço, e com a mão esquerda ele repousava sobre minha barriga.

- Desculpado. - me aconchego mais ao calor de seu corpo.

- Boa noite, Atena.

- Boa noite, Jack.

◾◾◾

2 meses depois.

- Eu estou com tanta fome que acho que vou morrer. - Stefane diz ainda agarrada ao travesseiro.

- Nossa Stefane, que exagerada. - Julie revira os olhos e volta a pintar a unha.

Estávamos nós três na sala jogando papo fora enquanto lá em cima, no quarto a direita, estavam reformando o quarto do bebê.

- Para onde Charlotte foi mesmo? - pergunto colocando dois doritos de uma vez na boca.

- Provavelmente para um motel.

A porta da frente é aberta e um Jackson sem gravata e roupas sociais entram, já falei que ele que estar ornamentando o quarto do bebê? Ele havia saído a meia hora para comprar alguma coisa e me obrigou a não passar pela porta do quarto, não para fazer supresa e sim por causa do cheiro forte de tinta.

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