Capítulo 16

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O domingo havia chegado e atendendo ao pedido de Simon concordei em acompanhá-lo ao clube. Na noite anterior, pouco depois de encerrarmos nosso passeio e voltarmos para casa, Gabriel, acompanhando de Dixon e Roy, chegou em casa. Os três, juntamente com Simon, ficaram durante quase uma hora dentro do escritório, em reunião. Esperava por Simon em seu quarto, já quase adormecendo, quando senti o colchão mover-se e ele acomodar-se ao meu lado, me amparando em seus braços, onde permaneci aninhada até despertar, na manhã seguinte.

À noite, quando Simon despertou, eu já estava devidamente arrumada para acompanhá-lo ao clube. Não levou dez minutos para que ele ficasse pronto e logo descemos para nos juntar aos outros.

- Boa noite, Victor! – Simon saudou, assim que adentramos a cozinha que só tinha Victor, envolvido em suas atividades, como o único ocupante do ambiente.

- Senhor. Senhorita – ele nos cumprimentou com um aceno de cabeça. - Posso servir-lhes algo? – perguntou, atenciosamente cortês.

- Não, obrigado. Eu estou bem – Simon respondeu, e virou-se para mim. – Desejas alguma coisa?

- Não, não, obrigada.

- O Gabriel já desceu, Victor? – Simon perguntou, mas Victor não teve tempo de responder, pois logo a voz de Gabriel soou atrás de nós.

- Estou aqui. Boa noite, irmão. Ana – ele saudou, passando por nós. – Victor – cumprimentou, inclinando a cabeça.

- Boa noite – o saudamos.

- Victor, você pode preparar meu alimento, por favor? – Gabriel pediu. Vestindo um elegante terno azul marinho que lhe caía primorosamente bem, ele rodeou a ilha, localizada no centro da cozinha, para sentar-se em uma das cadeiras altas.

- Claro, senhor – Victor concordou prontamente, indo em direção ao freezer, de onde retirou uma bolsa de sangue que estava armazenada em seu interior.

- Obrigado – Gabriel agradeceu. - Vocês vão sair? – ele perguntou, olhando para Simon.

- Eu vou até o clube hoje – Simon respondeu. Apoiando uma mão na base da minha coluna, ele me conduziu até uma das cadeiras próximas a ilha, onde nos sentamos, de frente para Gabriel. - Na verdade, nós vamos – ele disse, olhando para mim, sorrindo, tomando uma de minhas mãos entre as suas. - Ana vai conosco – anunciou.

- Isso é bom – Gabriel sorriu.

- Aqui, senhor – Victor disse, depositando sobre a bancada em frente a Gabriel uma taça generosamente servida com sangue.

- Muito obrigado, Victor – Gabriel disse, já tomando a taça para sorver um pequeno gole.

- Victor, Dixon e Roy já desceram? - Simon perguntou.

- Não, meu senhor. Ambos permanecem no quarto.

- Por gentileza, poderia levar-lhes alimento? - Simon pediu.

- Certamente – Victor concordou, se ocupando em seguida de preparar o alimento para ambos os vampiros.

- Escute... – Simon disse a Gabriel. – Há algo que não te contei ontem à noite.

- E o que é? – Gabriel perguntou, entre um gole.

- Bem... – Simon disse, trocando um olhar comigo. - Ontem à noite eu estava contando algumas histórias antigas para a Ana, quando algo me ocorreu. Eu sei quem está realizando os ataques aos humanos – Simon disse. Gabriel ficou com a taça suspensa na mão a alguns centímetros da boca.

- Você descobriu? – perguntou, seu semblante mudando de despreocupado para uma expressão mais séria.

- Eu desconfiei quem podia ser e liguei para o conselho a fim de confirmar – Simon disse.

Meia-noite SombriaWhere stories live. Discover now