"What you don't know
you can feel
it somehow"Não sei exatamente o que senti assim que Alexander me deu as costas e saiu do quarto, mas eu experimentei um leve gosto de arrependimento por ter feito o pedido para que ficasse sozinha. Porque a noite nunca foi tão fria e solitária para mim quanto ontem. Abandono talvez seja o nome do sentimento, uma vez que ele seja a única pessoa com quem, no momento, eu possa contar — apesar de todas as questões que ainda estão no escuro.
Após tomar um longo banho, me deitei na cama e simplesmente não consegui dormir. Resolvi escutar algumas músicas para passar o tempo e tentar tirar Alex da mente — porém, quanto mais eu tentei tirá-lo, mais ele permaneceu, mais ele permamece.
Nem me lembro em que hora adormeci. Apenas sei que o sol já brilhava no céu, mas não na mesma intensidade que o sol que está batendo contra o meu rosto.
Abro os meus olhos e fito a cortina aberta. Eu sempre fecho essa merda, mas todos os dias assim que eu acordo ela está aberta.
Bocejo, ainda com sono, e movo o meu olhar para o criado-mudo, porque eu estou morrendo de fome. Nesse momento reviro os meus olhos, soltando um grunhido. A bandeja de café-da-manhã que sempre decora o meu criado, em todas as manhãs, não está ali, justo hoje que eu queria me acabar de tanto comer.
Bocejando, levanto-me da cama e passo as mãos no meu cabelo, indo ao banheiro para lavar meu rosto e fazer tudo que preciso. Depois, arrastando meus pés, eu saio do quarto.
Fico me questionando, ao descer as escadas, se a punição por ter o desobedecido ontem na boate é essa: parar de receber a mordomia da bandeja, para ter que tomar café da manhã junto com ele. E juro por Deus, socarei o rosto bonito de Alex ser realmente for.
À medida que me aproximo do piso, um cheiro de comida queimada entra no meu nariz. O cheiro é tão horrível que não me contive e sigo.
E foi seguindo que encontrei o caminho da cozinha. Ainda não havia conhecido este cômodo, mas nesse momento não dá para eu observar os detalhes e sim tossir devido a fumaça cinza que sobe da frigideira para o apagador de incêndio, desses de chuveirinho. Oh, não. Não pode ser.
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Desejo Delinquente
ChickLit"Alexander não é só um vício, uma droga; ele é um veneno, desses que mata com apenas uma gota. Alexander é um perigo, uma encrenca. Seus olhos dizem isso, confirma-o. Mas ele também é um imã. Quanto mais eu quero fugir dele, me afastar dele; mais eu...