Capítulo 10 "Deixe-me te abraçar até você se sentir bem"

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"Let me take you in my arms (

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"Let me take you
in my arms (...) 'til you
feel alright"

) 'til you feel alright"

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Gavin Sladdox. Esse nome emana perigo exatamente como o nome de Alex. Porém ao contrário dos olhos do Lemmertz, eu não enxergo nenhuma ameaça nos olhos de Gavin. Sorrio e aceno quando o vejo.

Gavin corresponde ao meu gesto e os outros dois rapazes que estão com ele franzem a testa. De longe eu consigo identificar o tom dos olhos dos rapazes: é um azul intenso muito parecido com os de Gavin. Na realidade os dois são bem parecidos com ele, só parecem ser mais velhos. Questiono-me: Será que são parentes? Primos? Irmãos?

Sei que Gavin tem um irmão chamado Dexter e este tem olhos idênticos à cor do céu. Lembro-me dos olhos dele quando o vi lutar. E essa é a única feição que me faz acreditar que há algum laço entre esses homens e Gavin. Os olhos.

Continuo observando-os e sem quer lembro-me de Alexander devido às carrancas que os dois acompanhantes de Gavin mantém no rosto ao sentarem em uma mesa bem distante da minha.

Volto a me sentar, sem nem perceber que havia me levantado para cumprimentar Gavin. Soltando todo o ar do meu pulmão, olho para frente e encontro a cadeira onde Austin está vazia.

— Austin? — Droga! Onde está o irmão de Alex?

Viro meu rosto e fito cada canto da lanchonete e nada. Austin não está em nenhum lugar!

Algo dentro de mim se apavora. Apesar de ter o conhecido hoje, sinto que criei uma forte ligação com esse garoto por causa deste algo que está no meu interior. Talvez seja o sentimento que tenho de que de alguma maneira ele faça parte da minha família. Levanto-me de novo e então saio apressadamente do local.

— Hey, Florence! — Ah, não. Paro de me mover no instante que ouço Gavin me chamar.

Não sei o porquê, no entanto o algo que há dentro do meu corpo diz que não é uma boa ideia eu conversar com ele.

— Gavin — falo e me viro para encará-lo, unindo minhas sobrancelhas. — Oi?

Ele ergue um lado da boca, num sorriso.

— Que coisa não? A gente se encontrou dois dias seguidos em lugares totalmente diferentes.

— Sim, que coisa. — E agora? — Gavin me desculpe, mas eu preciso ir.

— Algum problema? — Ele pergunta de modo amigável. — Precisa de ajuda?

— Não. É que, sabe, preciso encontrar o rapaz que estava sentado comigo. Aliás, você o viu saindo?

Gavin nega balançando a cabeça.

— Você estava sentada com alguém? — Ele indaga, em dúvida. — Não vi ninguém ao seu lado.

Ai, Deus. A situação piorou!

— Gavin, eu... nossa. Eu preciso ir procurá-lo!

Gavin concorda, sorrindo.

— É, precisa mesmo.

Vou me afastando dele aos poucos e aceno um tchau. Respiro tentando obter calma, mas minha mente apenas me deixa mais nervosa. Preciso saber onde Austin se meteu. Preciso encontrá-lo. Ando por todos os corredores do shopping, olhando para todos os garotos. Mas nenhum é Austin. Nenhum é dono de olhos verdes como os dele. Nenhum sorri como ele. Nenhum possui a mesma beleza que a dele. Nenhum é Austin Lemmertz!

Quando noto que já havia passado mais de duas vezes no mesmo corredor, eu entro no elevador e desço para o estacionamento. Se Austin não estiver aqui, ele simplesmente sumiu do mapa. Não dou nem mais um passo e o encontro sentado no capô do seu carro olhando para o nada. Ele parece estar acabado.

— Austin... — sussurro, me aproximando.

— Me deixe sozinho, Florence. — Ele resmunga.

— O que aconteceu? — pergunto preocupada.

E o que eu menos esperava acontece. Austin se levanta e aponta o dedo indicador para mim com o rosto contorcido de fúria.

— Acontece que você conhece os Sladdox, caralho! Você conhece aqueles fodidos de merda.

— Austin. — Me afasto. — Acalme-se, por favor.

— Calma é a minha rola, Florence. — A voz dele falha e os seus olhos brilham. — Eles destruíram a porra da minha família inteira!

Algumas lágrimas solitárias e raivosas saem dos olhos de Austin e ele em seguida as limpas com a palma das mãos. Eu não aguento e o abraço. Ele é um garotinho assustado neste momento e eu sinto como se fosse a sua mãe. Eu sinto que devo acalmá-lo. Austin não retribui ao abraço instantaneamente, mas logo, ele me aperta bem forte.

Ele realmente está assustado. Seu coração bate a mil por hora e o seu corpo treme. Ele realmente precisa de alguém. Eu não consigo acreditar que aquele garoto que em poucas horas atrás gargalhava está assim agora.

— Vamos ir pra casa? — Eu pergunto baixinho, ainda o abraçando.

Austin balança o rosto em concordância e assim sendo nós andamos em direção ao seu carro. Após chegarmos em casa fomos direto para a cozinha. Nós dois estamos morrendo de fome uma vez que nem tocamos nos lanches.

Eu preparo rapidamente o nosso almoço e o Austin faz o suco em pó. E apesar de ser algo tão simples e fácil, ele consegue errar e fazer burrada. Rimos muito ao experimentar o suco de morango com gosto de tomate e água.

Nessa tarde, fiz de tudo para fazê-lo esquecer do ocorrido no shopping. Nós nadamos na piscina aquecida por um tempo, assistimos alguns seriados e quase incendiamos novamente a cozinha ao tentar fazer pipoca doce. Até que adormecemos no sofá, totalmente exaustos do nosso incrível domingo.

 Até que adormecemos no sofá, totalmente exaustos do nosso incrível domingo

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"Você tem esse olhar. Que posso dizer que teve sonhos ruins ontem a noite. Deixe-me te abraçar até você se sentir bem"

Golden (Travie McCoy feat.
Sia)

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