"Alexander não é só um vício, uma droga; ele é um veneno, desses que mata com apenas uma gota. Alexander é um perigo, uma encrenca. Seus olhos dizem isso, confirma-o. Mas ele também é um imã. Quanto mais eu quero fugir dele, me afastar dele; mais eu...
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Eu ando de um lado para o outro. Esperando. A porra do vestido me incomoda muito, mas a demora da Florence é que fode com tudo. Nós já levamos todos os presentes, falamos as palavras bonitas e a deixamos ficar sozinha por alguns minutos, e nada dela aparecer. Se eu estoi aflita? Não. Nenhuma merda do meu corpo está em estado de aflição. No entanto, Alex precisa que a droga do casório aconteça rápido. O mais rápido possível. Se eu sei o porquê? Não. Eu não-convencionais tenho conhecimento das merdas do meu irmão; eu tinha, mas agora não tenho mais. Ele gosta de se foder pelos outros sem esses saberem quão fodidos estão. Se isso é normal? Sim. Normal pra ele, entretanto pra mim, isso é o caralho. E eu não irei roer minhas unhas postiças por causa de um homem que adora botar pressão nas pessoas. Em mim, no caso de hoje.
"Apresse ela, Abigail".
O que eu posso fazer se a sua noiva é uma maldita cadela que pede um tempo a sós com ela mesma quando ela já deveria estar dando a buceta na lua de mel? Nada. Eu não posso fazer nada. E é isso que eu estou fazendo. Porra nenhuma!
Dou uma leve encarada em Austin, que está sentado no sofá, mexendo na sua gravata.
— Arranque-a que eu arranco seu fígado fora, otário! — grito, pulando em cima dele.
— Ei, calma, menstruada! Só estou entediado e com fome! — Ele se explica, pegando o seu celular no bolso. — Alguém me mandou mensagens, interessante.
— Deve ser o chato do Alex.
— Com certeza. — Ele afirma. — Nem vou ler.
— Leia... — Movo meus olhos para o living. — Cadê o Brenton com a minha filha?! Austin, levante essa bunda dura e vá procurá-los!
— Tudo bem, menstruada. — Ele fica de pé, contudo ainda olho para a tela do celular. — Irei caçar aquele doido e pegar sua...
Vidros. Vidros se espalhando pelo chão. Quebrando em pedaços. Aquela agonia do barulho deles se estilhaçando. Nós desviamos o olhar no exato segundo. É a janela. São homens. Vestidos de preto. Dos pés à cabeça. Minha primeira reação é me colocar na frente do Austin, mas ele me empurra, e acaba me derrubando. E ao erguer meus olhos, vejo Brenton subindo as escadas correndo com a minha filha nos seus braços. Eu preciso estar com ela. Eu preciso protegê-la.
— Florence! — Ele grita e meu coração dispara.
Levanto-me, e neste curto tempo, eles se aproximam de Austin. Mas Austin não sai do lugar que está, com o rosto erguido. Nós estamos sem armas, no entanto, eles possuem.
Sem gastar saliva, eles apontam as armas, todas elas, em Austin. E meu irmão não recua. Ele somente me encara e move o rosto, numa tentativa de dizer para eu fugir.
