Capítulo 19

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Encostei-me levemente a um móvel e fiquei quieta, pensando.

- O que pensas fazer? - Klaus perguntou, aproximando-se de mim.

- Por enquanto? Nada. A menos que eles não me dêem aquilo que eu quero.

E sem mais nada dizer, saí daquela casa e permaneci no cimo das escadas esperando alguma reacção por parte daquelas pessoas.
Klaus permaneceu ao meu lado.

- Espero que isto seja as boas vindas, caso contrário haverá consequências. - Referi com um sorriso sarcástico.

Uma mulher se fez chegar à frente e todas as outras se afastaram. Parecia ser uma líder por ali.

- Não será necessário. Basta que tu e esse teu amiguinho saiam da minha cidade. - A pobre inocente retorquiu.

Ri sarcasticamente e Klaus sorriu ligeiramente. Desci lentamente as escadas e coloquei em frente a ela.

- Tua cidade? Ridícula. Mas bem, isso é um assunto desnecessário. Penso que tens algo que me pertence.

- Pertence aos teus pais. Não a ti. Não penses que te vou dar de mão beijada. Aliás, faças o que fizeres, eu nunca te darei. - Ela volta a provocar.

Klaus não pronunciou uma única palavra desde então. Estranho.

E num ápice, Klaus agarra uma rapariga nova e ameaça morder.

- Claramente eu não quero magoar esta pobre rapariga. Por isso podes parar de te armar em pessoa e dares o que pertence, direta ou indiretamente, a Emily. O que vai ser? - Klaus fala, mostrando os seus caninos e salientando as suas veias ao redor do seu rosto.

- Eu dou, eu dou! Mas por favor, não magoes a minha irmã. - Ela fala desesperada.

- Não a vou largar até que tu resolvas dar aquilo que Emily quer. Agora despacha-te, posso não conseguir controlar-me por muito mais tempo.

E sem demoras ela desaparece, deixando claramente num estado de confusão quem assistia.
As pessoas começaram a dispersar e de repente apenas eu, Klaus e aquela pobre rapariga nos encontravamos em frente à casa.
Passados minutos a mulher chegou e, desajeitadamente, largou um simples colar de prata e um relógio nas minhas mãos.

- Foi o melhor que encontrei. Espero que baste. Agora por favor, deixem nos ir.

- Klaus? Já chega. Já tenho o que precisamos.

Klaus larga-a e a rapariga corre ao encontro da sua irmã e estas desaparecem.

- Vamos. Esta situação deixou-me com fome. - Klaus fala, sorrindo amigavelmente.

Retribui o gesto e imediatamente seguimos em direção ao carro. Respirei pesadamente.
O carro começou a trabalhar e de novo um silêncio ensurdecedor se instalou.
E que a maldita viagem recomece!

Horas se passaram e finalmente chegamos a New Orleans. Dei graças por finalmente este dia estar prestes a terminar.

- Não vais entrar? - Klaus falou, deixando espaço para que entrasse em casa.

Bufei em descontentamento e aproximei me dele.

- Porque fizeste aquilo?

- Bem, não estavas com controlo na situação. Eu tive que fazer alg...

- Não é isso! Mais cedo, aquele beijo... - Falei olhando para baixo, envergonhada.

- Eu estava literalmente a desesperar e aquele silêncio todo estava me a deixar louco. Eu estava a desesperar por ti Emily. Estes anos sem te ver foram um inferno para mim.

Eu fiquei boquiaberta. Não pensei que tinha tanto efeito num ser como Klaus. Não consegui pronunciar uma única palavra. Apenas ganhei coragem e suficiente para o beijar tão ou mais intensamente como ele o fez em Angel Pine. As nossas bocas movimentavam-se em sintonia, dando espaço para que uma batalha entre as nossas línguas começasse.
Parecia que tudo em volta tinha desaparecido e que estavamos só nós. Até que um tossir se ouviu e paramos, já com falta de ar.

- Vão continuar a comer-se ou vão entrar? - Kol falou sorrindo maliciosamente.

Sorri envergonhada e segui Kol, assim como Klaus.

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Maldito Kol! Ahahah :)
Capítulo novo! Definitivamente estar de férias põe me num estado de preguiça, nossa! Mas bem, espero que gostem!

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