Capítulo 29

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Acordei numa manhã cheia de sol. Um vento leve e quente abanava as cortinas. Os raios de sol penetravam a janela e aqueciam o quarto. Levantei-me lentamente e abri a janela.

- Love... - Klaus chamou quase sussurrando.

- Bom dia Klaus. - Disse e cheguei-me perto dele para dar-lhe um simples beijo na sua face.

Klaus sorriu e levantou-se, aproximando-se de mim. Juntou os nossos corpos e olhou para mim intensamente, antes de me beijar.

Após algum tempo decidimos descer e ir para a sala onde todos se encontravam, conversando.

- Bom dia a todos. - Falei alto.

- Bom dia.

Klaus decidiu, numa conversa casual, que deveríamos passar o dia juntos e voltarmos ao anoitecer, obtendo a minha total disponibilidade. Entramos então no carro dele e seguimos viagem.

- Para onde vamos?

- É surpresa Emily. Só te posso dizer que não vamos para muito longe.

Bufei de frustração e virei para a janela, apreciando a paisagem. Klaus ri-se levemente e deposita toda a sua atenção na estrada.
A viagem decorreu de modo silencioso e terminou assim que chegamos à entrada de uma floresta. Sabia apenas que já não estavamos em New Orleans, mas também não muito longe.

Perdida no tempo, Klaus agarra a minha mão e puxa-me, obrigando-me a andar. Sem dizer uma única palavra, caminhei junto dele, ansiando chegar ao destino surpresa.
Após alguns minutos Klaus parou e distraidamente, fui contra ele.

- Porque paramos?

E sem saber o porquê de ter parado, olhei em volta e nem podia imaginar algum lugar mais bonito. No centro era evidente um pequeno riacho, ligeiramente fundo e rodeado de rochas de vários tamanhos. Por entre as rochas, observava várias plantas de diferentes tamanhos e feitios. O solo era obviamente coberto de terra e alguma erva. À volta via-se uma imensidão de árvores, formando um círculo quase perfeito em volta daquele espaço.

- Klaus, isto é simplesmente lindo. Como encontraste este espaço?

- À alguns séculos atrás. Assim que eu, os meus irmãos e a minha irmã Rebekah tinhamos de encontrar algum lugar para viver, decidimos ir para New Orleans e no caminho precisamos de parar e num momento em que precisava de estar sozinho, acabei por encontrar este lugar.

- Isto é surreal! Obrigada Klaus.

Klaus sorriu e beijou o topo da minha testa.

Sentamo-nos numa das rochas e, durante um longo tempo, falamos de coisas aleatórias, sem nos preocuparmos com algo mais.
Num ato de coragem, comecei a tirar todas as minhas roupas, até mesmo a interior, recebendo toda a atenção de Klaus.

- O que estás a fazer?

E sem nada dizer, atirei-me para o riacho. Mergulhei e voltei à superfície.

- Estás à espera de quê?

Klaus abanou a cabeça e riu-se. Depois de todas as suas roupas tiradas, saltou para a água e aproximou-se de mim.

Após tanto falar, de tanto rir e sorrir, a noite chegou. Pegamos nos nossos pertences e dirigimo-nos ao carro, voltando a New Orleans.
No caminho, reparei no estrondoso número de chamadas perdidas e mensagens por visualizar. Comecei a ficar preocupada e obriguei Klaus a acelerar.

Chegado a New Orleans, especificamente a casa, corri para dentro, dando de caras com todos olhando para mim com um ar confuso e algo preocupado, direcionando o olhar para uma figura alta e magra, perto da lareira apagada. Senti a presença de Klaus atrás de mim, oferecendo protecção e respirando pesadamente, igualmente confuso.
E num ápice aquela figura larga uma fotografia minha que se encontrava numa estante, vira-se de frente e fala unicamente:

- Filha.

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E após tantos anos, aqui está um novo capítulo. Antes de mais, peço muitas desculpas por este atraso, mas a escola ocupou-me todo o tempo livre e não pude publicar, de jeito nenhum.

De qualquer das formas, espero que gostem! E por favor, se realmente gostarem, votem e comentem. 10 votos e 4 comentários no mínimo!

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