Capítulo 43

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Caminhei bem lentamente em direção a Davina. Ela permaneceu no mesmo lugar, com uma expressão indecifrável. Kol estava claramente incomodado com a minha presença. Pouco a pouco, toda a gente começou a chegar, pressentindo um certo desconforto geral no ar. Continuei a caminhar até que Kol me impede brutamente.

- Nem penses, Emily. Não achas que já fizestes estragos que chegue? - Kol cospe as palavras sem compaixão. 

Uma lágrima surgiu, alimentando-se da minha tristeza neste momento. Estava a sentir-me sem forças. Dou um passo para trás, libertando-me da fúria de Kol, e volto a minha atenção para Davina.

- Por favor, deixa-me falar contigo. - Suplico, não desviando o olhar dela.

Davina abana lentamente a cabeça, abaixando-a. Lágrimas escorriam da sua face e Kol afaga a sua tristeza gentilmente com um beijo nos seus doces cabelos. Um nó se forma na minha garganta e nem as lágrimas tinham coragem de cair. Mais um passo para trás. Toda a esperança estava começando a desaparecer. Ninguém se atrevia a intervir. Não. Não. Não. Eu não posso aceitar perdê-la de novo. Não. NÃO!

- Davina, por favor. Deixa-me explicar e depois estará tudo nas tuas mãos. Por favor. 

A minha voz tremelicava e a minha respiração estava acelerada. 

- Emily, já che....

-Cala-te! Não entendes que só estás a tornar as coisas pior? Porra Kol, eu sei que errei está bem? Mas dá-me uma oportunidade. Nunca erras-te? Por favor, não tornes isto mais díficil. 

- Errei sim, mas nunca virei as costas aos meus problemas e abandonei a minha família para viver uma vida de princesa! 

 - O quê!? Vida de princesa? Tu tens a noção do quanto sofri? Tens? Tens a noção do que é descobrir seres a causa do sofrimento da tua mãe durante anos, da morte dela? Tens? Tens a noção do que é acordar todos os dias e desejar morrer? Tens? Tens a noção do que é sentir-te sozinho mesmo acompanhado por centenas de pessoas? TENS? 

- PAREM!

Olho imediatamente para Davina. Ela estava assustada e do nada, corre para fora da sala, desaparecendo da nossa beira. 

Desabei completamente e involuntariamente bati em Kol, que estava estupidamente calcificado e claramente surpreso. Klaus impediu-me de chegar mais longe e puxou-me para junto dele. Kol não se mexeu, nem um centímetro. Sem saber o que fazer, desapareci num ápice daquela casa. Parei junto a uma ponte, nos limites de New Orleans. Sentei-me a berma da estrada sem noção de nada. Kol está certo. Eu fujo constantemente dos meus problemas. Eu não sei lidar com eles. Eu preciso de ajuda. Eu preciso de Klaus. Eu preciso de Davina. Porra, eu até preciso de Kol. As lágrimas caem sem controlo e a minha visão fica turva. Entretanto, um ar fresco dança com os meus cabelos e a dor acalma. Os meus olhos fecham sem permissão e tento limpar os pensamentos indesejáveis da minha mente. Tinha a perfeita noção de que nada disto iria ser fácil mas eu vi o olhar de desilusão, de dor em Davina e não aguento tanta pressão.Mas pelo menos sei que terei Klaus ao meu lado, como sempre tive, mas nunca dei o devido valor . Eu tenho que ser forte, eu tenho que ser a Emily que fora no passado. Tenho que reconquistar todos aqueles que amo e que desiludi. Em tua honra mãe, eu farei a minha existência valer a pena e não temerei mais.

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