Miguel Narrando.
Iria se passar duas malditas semanas do acidente da Manuela e até agora ela não acordou, isso está me agoniando, o pai dela e avô vieram até o Brasil pra tentaram de tudo para levar ela de volta a Portugal, mas o médico não permitiu pois poderia agravar seu caso, sempre fico remoendo aquele horrível dia..
Quase duas malditas semanas antes.
-Por favor não deixa ela morre doutor.- Digo em pânico enquanto eles levam a Manu pra longe de mim, eu estou desesperado e com um puta medo do que pode vir a acontecer, sento na cadeira e fico horas esperando.
-O que você fez com a minha filha desgraçado.- O pai de Manuela, grita assim que chega ao hospital no dia seguinte. -Eu vou matar você.- Dois seguranças pegam ele pelo braço e o afasta de mim.
-Senhor se acalme ou seremos obrigados a te tirar daqui.- Um deles fala a Manuel que me fuzila com os olhos, eu não tenho o que falar. A culpa toda é minha por isso ter acontecido com ela.
-Juro que se algo acontecer a ela, eu acabo com a sua raça.- Ele rosna pra mim e começa a andar de um lado a outro.
-Não vai acontecer nada porra.- Digo entre dentes, e ele se ajoelha na minha frente e agarra meus ombros.
-Eu não aguentaria se algo acontecesse a ela, eu já perdi Beatriz a mãe dela. Ela é minha vida.- Abracei ele e dei tapinhas em suas costas, eu também não aguentaria perder minha baixinha...Atualmente.
-Se você quiser pode ir lá ver ela rapaz.- O Rubens falou e tocou meu ombro, me levantei e fui até o quarto. Ela continuava do mesmo jeito, o doutor disse que ela teve um sangramento interno e teve que passar por uma cirurgia pra drenar o sangue. Me apoiei na cama e passei a mão pelo seu cabelo loiro e ao redor do seu rosto, eu estava destruído não tinha dormido quase nada nesses últimos dias e nem comido a culpa vem me corroendo por dentro. Sentei na cadeira ao lado e encostei a testa na ponta da cama, entrelacei nossos dedos e fechei os olhos..Manuela Narrando.
Fui despertando aos poucos e avistei um teto branco virei minha cabeça lentamente pra tentar decifrar onde eu estava e logo constatei que era um hospital minha garganta estava extremamente seca e meus lábios cortados precisava de água urgentemente, não lembrava de muita coisa meus pensamentos estavam confusos. Olhei pro lado e vi uma cabeleira loira, e logo a imagem do Miguel e da tal de Larissa me vieram a mente tentei tirar minha mão da dele mas ele não permitiu e levantou a cabeça com o cenho franzido, seus olhos estavam vermelhos, seu cabelo todo bagunçado e ele ostentava grandes bolsas pretas abaixo dos olhos.
-Você acordou, graças a Deus.- Olhei pra ele e só consegui falar uma coisa.
-Água.- Minha voz saiu estranha até pra mim mesma, ele assentiu e saiu do quarto minutos depois entra uma enfermeira e um médico e o Miguel vem logo atrás deles. A mulher baixinha se aproxima de mim e me da água na boca.
-Beba devagar, eu vou te ajudar.- Bebo todo o copo d'água e agradeço ela.
-Você poderia esperar lá fora? Temos que examinar a paciente.- O doutor fala e o Miguel sai em silêncio.
-Sentindo alguma dor senhoria Manuela?- Nego com a cabeça e ele toca vários locais do meu corpo.
-Lembra do que aconteceu?
-Não.- Minha voz ainda sai fraca.
-Muito bem, vou chamar o menino de volta.- Pego na mão dele e arregalo os olhos.
-Não, por favor.- O doutor me olha desconfiado e sai do quarto. Nunca mais quero ver o Miguel, ele me magoou muito.
-Filha, ah graças a Deus.- Meu pai entra no quarto e vem até mim me apertando forte. -Eu pensei que você nunca iria acordar meu amor, fiquei desesperado.- Sorri, seus olhos estavam repletos de lágrimas.
-Quanto tempo eu dormi?- Ele passou a mão pelo meu rosto e se sentou na ponta da cama.
-Quase duas semanas, tempo suficiente para me enlouquecer.- Duas semanas? Mais que porra.
-Quer alguma coisa pra comer?- Assenti e só aí vi que eu estava faminta, ele sorriu me deu um beijo na testa e saiu do quarto em silêncio, não demorou muito pro Miguel entrar.
-Ta melhor?- Desvio o olhar do dele e olho pra todos os lugares menos pra ele.
-Vou ficar melhor quando você sair daqui- Digo friamente, mas ele não se move um centímetro se quer.
-Você prometeu que não ia me deixar Manu.- Se eu tivesse forças soltaria uma grande gargalhada bem naquele momento, que cara de pau!
-E você Miguel, prometeu que não ia me trair mas adivinha só? Você agiu da mesma forma que o Luca e agora eu estou com nojo de olhar na sua cara.- Quando termino de falar já estou cansada novamente, meu pai entra no quarto e olha entre nós dois.
-Pai tira ele daqui por favor.- Digo e ele nem pensa duas vezes antes de arrancar o Miguel a força do quarto, meu pai volta a sentar na cama. -Quero ir pra casa pai.
-Assim que você tiver alta, vamos voltar para Portugal.- Droga ainda estamos na porcaria do Brasil, esse país não foi tão bom como eu pensava. Queria conhecer todos os pontos turísticos do Rio mas ao invés disso levei foi um belo par de cifres e um acidente, que viajem incrível!!
Depois que já estou alimentada e as horas passam meu avô passa a noite comigo e meu pai é obrigado a ir embora, pois só pode um acompanhante e meu avô o obrigou a comer alguma coisa e descansar eu concordei de imediato com meu vô pois meu pai estava com uma aparência péssima. E mais cedo do que eu esperava o sono me bateu, e eu dormi feito um anjo.Acordei durante a madrugada com uma forte dor na cabeça e um corpo bem quente.
-Vô?- Falei mais minha voz saiu baixa. -Vovô.- Falei mais alto desta vez e ele deu um pulo da poltrona.
-O que aconteceu?
-Minha cabeça dói muito.- Digo e ele apertar um botão perto da cama e um outro doutor entra no quarto.
-O que ouve?
-Estou com do de cabeça, parece que vai explodir.- Ele bota a mão em minha testa e franzi o cenho.
-Temos que abaixar um pouco essa sua temperatura, você está muito quente.- Fecho os olhos e mordo os lábio, a dor é tão intensa que chega a me dar dor nos ouvidos.
-Mais minha cabeça é o problema, dói muito.- Digo baixinho e ele assente.
-Fique calma, que já já vai passar okay? Só confiar em mim.- Confiar, essa merda não era mais comigo sempre confiando em todos e sempre me fodendo no final. Espero que desta vez tudo dê certo, pois essa dor era a pior coisa do mundo..
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Maluco Por Você
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