De volta pra casa

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-Eu gostaria de saber porque a Manu não quer te ver nem pintado de ouro.- Manuel perguntou, continuei olhando pela porta do hospital enquanto contava a ele o que aconteceu.
-Minutos antes de tudo acontecer a Manuela me viu com minha ex namorada saiu correndo e foi aí que tudo aconteceu.- Falei com voz neutra de repente fui puxado pela camiseta e jogado no chão.
-Você foi o culpado filho da puta.- Manuel gritou enquanto vinha pra cima de mim, eu estava tão sobrecarregado que nem revidei quando levei um soco na boca.
-Manuel pare já com isso.- Ouvi Rubens falar.
-Você é um merda, te quero longe da minha filha seu maldito.- Olhei pra ele e me levantei.
-Eu posso ser tudo, mas eu amo a Manuela coisa que você não. Você Manuel só tem medo de perdé-la, ela precisa do seu amor não do seu medo. Seu cara desprezível.- Rosnei, eu podia ver labaredas de ódio saltarem em seus olhos.
-Tirem esse maldito daqui.- Senti dois seguranças me agarrarem, me desvencilhei dos braços de ambos.
-Não encostem em mim.- Saí do hospital por conta própria e me sentei no canteiro ao lado. Ele não é ninguém para me julgar já que não da o amor que Manuela merece.
Fico horas sentado ali e nem vejo a hora passar, sinto um toque suave no meu ombro e levanto a cabeça é Rubens o avô da Manuela.
-O Manuel conseguiu resolver tudo e a Manuela será transferida, vamos poder voltar para Portugal.- Ah graças a Deus.
-Então quer dizer que ela está bem?- Pergunto esperançoso e ele assente.
-Na medida do possível, mas o doutor falou que ela vai ter que continuar em observação quando chegar lá.- Sinto um grande peso sendo tirado de cima dos meus ombros...

Três dias depois.
Eu finalmente já estava em casa e sendo tratada como uma rainha, meu pai não deixava eu levantar da cama. Já tinha dito várias vezes que estava bem, só tinha sentindo um pouco de dor de cabeça no decorrer desses dias mas nada grave, atualmente o que eu só podia fazer era ficar na internet quando a Felipa não estava aqui né, não pude retornar a faculdade uma pena pois estava com saudades dos meu colegas.
Vi uma notícia que me chamou atenção, era da banda do Miguel estavam sendo aclamados pela crítica todos haviam amado os shows, já tinham vários fã clubs eles estavam fazendo uma boa fama entre os jovens de Portugal, isso me fez sorrir era o sonho daqueles quatro.
Decidi sair um pouco da cama, saio de fininho pra ninguém me vê e vou caminhar no jardim, ar livre finalmente! Sento de baixo da sombra da árvore mais bonita do jardim que ostentava um balanço feito pelo meu pai pra mim quando eu tinha apenas oito anos. Eu fiquei maravilhada com aquilo pois naquela época minha avó não deixava eu brincar de coisas como aquela, ela dizia que eu devia me comportar como uma dama e não como um moleque. Levantei de onde estava e me sentei no balanço, debrucei meu corpo pra trás e olhei pro céu era uma ótima sensação sentir a brisa batendo em meus cabelos e em minha pele. Abri um sorriso e fechei os olhos.
-To vendo que a gatinha já está melhor.- Ouvi a voz da minha melhor amiga e arrastei o pé no chão pra poder conseguir parar o balanço.
-Já estou boa a um tempo, meu pai que me obriga a ficar na cama.- Ela abriu um sorriso e sentou na sombra da árvore me olhando.
-O que acha de ir pra minha casa?- Ela me deu um olhar cúmplice e eu já tinha entendido tudo.
-Pra onde vamos?- Perguntei me sentando ao seu lado.
-Festinha na casa da Roberta, estava com saudades e não vejo a hora de curtir uma noitada com minha amiga. Mas você não vai poder beber em.- Assenti e abracei ela forte.
-Também estava com saudades amiga, é por isso que aceito.- Falei e ela sorriu, voltamos pra dentro da minha casa e fomos pro escritório onde estava meu pai.
-Oi pai.- Disse e me sentei em uma cadeira acolchoada e a Felipa na outra.
-Oi meu amor, o que aconteceu?- Olhei pra Fê pra que ela falasse.
-Tio a Manu pode ir dormir na minha casa hoje?- Perguntou e o meu pai fitou nós duas, dei um sorriso meigo e uma cara de anjinha.
-Huumm.. Pode, mas tem que ficar de olho nela tá bom?- Felipa assentiu e sorriu.
-Eu vou ficar ligadinha nela todo o dia. Agora vamos amiga.- Ela falou e me puxou pelos braços, corremos pro meu quarto e ela entrou no meu closet feito uma bala.
-Temos de achar uma roupa bem bonita.- Peguei um cropped com alcinha preto, uma calça jeans e uma botinha de salto.
-Estou ponta.- Falei e peguei uma bolsa média botando a roupa ali dentro, ela pegou um shortinho rendado que por algum milagre deu nela, Felipa tinha pernas de dar inveja e era linda com seus cabelos enrolados, botei algumas peças de roupas a mais e produtos de higiene e beleza.
Joaquim nos deixou em frente a casa da Felipa, agradeci a ele e sai.
-Precisamos nos preparar, olha você não pode pegar muito pesado ta?- Assenti e entrei na casa dela, me olhei no espelho e toquei a marca em meu supercílio e queixo, parecia um bicho. Meu braço e pernas tinham algumas marcas roxas e arranhões, por isso escolhi a calça para esconder as marcas.
Hoje iria usar o tempo perdido e aproveitar, com moderação é claro.
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não esqueça da estrelinha e do comentário. Gosto muito de saber a opinião de vocês, qualquer dúvida é só perguntar. Beijinhosss

Maluco Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora