Maluco Por Você

Juntos? Juntos!

A Manuela já tinha saído havia muito tempo eu deveria ter ido atrás dela, ela não estava atendendo minhas ligações. Fui até o quarto em frente ao meu e soquei a porta, até uma sonolenta Felipa abrir.
-Mas que porra Miguel, o que foi?- Sai entrando e sentei na cama ao lado do Tiago que estava dormindo.
-A Manuela saiu a umas duas horas e até agora nada.- Ela me olhou confusa e fechou a porta do quarto.
-E por que diabos ela saiu assim? Porque você não foi com ela.
-Porque nós brigamos daí ela saiu e não atende a porra das minhas ligações e eu não faço noção de onde ela esteja.- Ela me fuzilou com os olhos e empurrou minha cabeça.
-Você é um filho da puta idiota.- Mais que mulher estressada, ela foi até a mesa e pegou o celular, foi só uma questão de tempo pra ela está falando com a Manu.
-Manuela, onde você está?- Levantei e fui até ela tentei pegar o celular mas ela se afastou.
-Bote no viva-voz idiota.- Falei irritado, e ela não fez a porra que eu mandei.
-Você está bêbada? Quem é Adam?- Adam? Mas que porra é essa? A Manuela está com a porra de um homem, diabos. -Okay, mas pare de beber.- A Felipa estava rindo, grande babaca.
-Onde ela está?- Perguntei assim que ela desligou o celular.
-Vamos lá buscar ela.
-Você fica eu vou.- Ela me deu o endereço de uma boate e eu sai atrás da Manuela, agora como eu iria encontrar ela iria ser uma merda.
Quando cheguei na boate estava lotada, eu nunca iria encontrar aquela garota aqui. Fiquei quase uma hora vagando por aquele lugar até ver a Manuela com um copo na mão dançando com um idiota que estava quase comendo ela, eu ia matar aquele maldito vi vermelho quando fui até o cara e sem pensar duas vezes soquei sua cara.
-Miguel?- Por incrível que pareça ela não parecia estar bêbada.
-Vamos embora caralho.- Peguei o braço dela e a levei daquela multidão.
-Solta o meu braço.- Encosto ela na parede ainda dentro da boate e seguro seu rosto.
-Como você fica se esfregando naquele desgraçado? Ta maluca porra?- Rosno perto de seu rosto, ela agarra meu cabelo e fica na ponta dos pés.
-Ele me tratou bem melhor do que você babaca.- Seu aperto no meu cabelo chega a doer meu couro cabeludo e sua provocação me deixa mais puto da vida.
-Você não está melhorando as coisas pro seu lado, eu vou voltar lá e quebrar a cara daquele idiota por ter encostado em você.- Ela bufou e tentou sair do meu lado, mas eu a manti no lugar.
-Você não tem moral nenhuma pra bater nele, você quem deveria levar umas porradas.- Respiro fundo e passo a mão pelo cabelo, ela só está me estressando mais ainda.
-Vamos embora.
-Não, eu quero ficar aqui com os outros, estava ótimo até você chegar.- Ela passou por baixo do meu braço e se afastou de mim. Porra, fui atrás dela e a segurei pelo braço.
-Solta ela porra.- O cara me pegou desprevenido e me acertou um soco no rosto, senti um outro me segurando e nisso o tal babaca que estava dançando com a Manuela me acertou outro soco bem na porra do meu nariz. O cara que estava me segurando na verdade era um segurança que me levou pra fora da boate.
-Fora daqui otário.- Tirei minha camisa e botei no meu nariz pra estancar o sangue mais que inferno.
-Seu nariz.- A Manuela falou assim que saiu da boate, bufei e tirei a blusa do nariz.
-Agora podemos ir?- Falei dando as costas pra ela e sai andando, aquele babaca só me acertou pois eu estava distraído se não ia ganhar umas porradas naquela cara de boiola que ele tem.
-Você é tão desagradável.- Parei de repente fazendo ela bater em mim.
-Eu sou desagradável? Não fui eu que...- Porra eu não podia concluir essa frase pois eu fui o primeiro a corre dela e sair.
-Que... Me deixou sozinha e não conversou como realmente deveria fazer?- Suei a merda do meu nariz, e respirei fundo derrotado.
-Eu.. Porra Manuela, é difícil pra mim eu nunca pensei em ser pai ainda mais agora assim de repente é difícil pra mim.
-Pra mim também está sendo, mas.. É ainda pior ver você agindo como se só eu tivesse culpa de tudo.- Fechei os olhos bem apertados e pedi a Deus pra acordar desse pesadelo.
-Não comece a chorar porra, isso é fodido Manuela não sei o que fazer nem como agir pois uma criança muda nossos planos.- Ela me olhou com nojo, me deu as costas e foi saindo de perto de mim.
-Você é um maldito filho da puta.- Quanto romantismo Miguel, passei a cota de agir como um babaca hoje. Agarrei ela pela cintura e botei minha boca em seu ouvido.
-Me desculpe, estou agindo como um babaca hoje. Só que é difícil pra mim, eu não quero te magoar Manuela.- Ela se livrou dos meus braços e me olhou.
-Mas hoje parece que você tirou o dia pra me magoar e isso sim é fodido Miguel.- Estendi minha mão e passei em seu cabelo.
-E só agora percebo isso.- Passo meus braços em volta dela e abraço apertado.
-Me perdoa por favor?
-Eu te perdôo mas, isso também está sendo difícil pra mim.- Sequei uma lágrima de sua bochecha e beijei suavemente seus lábios.
-Pois a partir de agora vamos enfrentar isso juntos.
-Juntos?

-Sim, juntos!-