Cedendo

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Se deixar ir, era uma frase que costumava apreciar. Nesse momento ela me causava uma confusão enorme de sentimentos. Me deixar vivenciar a vontade, ou reprimi-la? Qual seria menos danosa?

- Acho... Que sim.

Cedi.

Cedi a todo pedido de meu corpo. Se era errado, eu estava errando feliz.
Não dissemos nada, pois não precisava. O levei até o banheiro que era do tamanho de um pequeno quarto de uma casa de família comum. Fiquei de costas enquanto me despia. Tirei o sutiã e por último a calcinha, sem olhar para trás. Liguei a água morna na banheira e entrei. Prendi os cabelos em um coque, relaxando, depois de pôr sais de banho e óleo perfumado.
Fechei os olhos, sentindo meu corpo tenso ir aos poucos relaxando. A água ondulou, queria muito olhar para o corpo nu de Harry, porém, me contive. Seus pés tocaram os meus e então abri os olhos. Metade de seu peito estava de fora, eu podia ver perfeitamente suas tatuagens, e as primeiras definições do abdômen.
Ele se inclinou e me puxou para junto de si. Fiquei sentada de costas entre suas pernas, e não precisava de muito para saber o quão excitado estava, quando algo duro e quente tocou o fundo de minhas costas.
Suas mãos prenderam minha cintura e me encostei totalmente em seu peito, o que fez com que meus seios emergissem da água e ficassem ás vistas. Eu também estava excitada, meus mamilos gritavam isso. Tudo que queria nesse momento era montar em seu colo até o dia amanhecer.

- Estou usando todo meu autocontrole para não te fazer minha agora. - sua voz era calculada e rasgada em pequenos cortes. Ele estava com dificuldade até para falar.

- E eu para não ceder. - ronronei, esfregando minha cabeça em seu peito.

- Porquê não paramos com essa bobagem? Somos adultos agora.

Ele me girou, pondo-me sentada em seu colo. Nossos sexos se roçaram e ele chiou alto. Seus olhos buscavam os meus em um desespero tangível.

- Porque não quero sofrer mais. Nós temos pendências, mágoas Harry e isso não vai se resolver na cama. Eu tecnicamente ainda tenho um namorado. E você...

- Eu não tenho nada. E esse cara... - riu amargo. - Ainda não suporto a ideia de ti e ele... - ele sacudiu a cabeça e afrouxou o aperto em minha cintura.

- Melhora se eu disser que chamei seu nome ao invés do dele?

Um sorriso ameaçou escapar, mas foi logo contido por ele, dando lugar a uma raiva controlada.

- Muito pouco. Prefiro não falar sobre isso.

Ele se empurrou contra mim, sem me perguntar se podia. A água escorregadia fez com que somente a cabecinha entrasse em minha vagina, me contorci dando um gemidinho baixo.

- Deixa eu ir até o fim Lana. - seus dentes arranharam minha orelha quando ele sussurrou em meu ouvido. - Deixa...

Sua língua deslizou lóbulo abaixo.
Meu corpo vibrava, tremia com aquele pequeno contato. Fiquei imóvel, assim como ele, esperando por uma decisão. Pesando se aquela atitude insensata acarretaria muitas sequelas. E lembrei de tudo, lembrei de como éramos ótimos juntos, de como funcionávamos perfeitamente. Lembrei de como ele me fazia sentir, coisas que até hoje não senti nunca mais. E assim, tomei a dianteira, baseado na parte feliz da minha, da nossa vida.
Segurei nas bordas da banheira e desci devagar seu comprimento. Sentindo sua pele quente contra a minha, sentindo o prazer que a muito não tinha de verdade.
Com o Mateus eu fazia sexo. Com o Harry eu fazia amor. Não me importava se ele não me amava, eu só queria sentir uma última vez.
Seus labios conectaram aos meus, suas mãos beliscavam meus seios. Soltei a banheira para conhecer seu corpo mais uma vez. Ele agora tinha músculos torneados e definidos, cabelos maiores que descobri gostar de puxar. Ele se mexia sutilmente contra mim, causando um impacto maior cada vez que me penetrava.
Seus braços me abraçaram forte, trazendo a sensação de saudade sendo saciada. Sua boca não deixava a minha, a não ser nos momentos em que gemidos ou urros nos escapavam. Eu não tinha mais controle sobre mim mesma, meu corpo conduzia os movimentos matando o desejo de tantos anos. Ele conseguiu se superar, devo dizer. Tinha mãos fortes que me dominavam e enlouqueciam.
Empurrei nossos problemas para longe enquanto ele se empurrava em mim. Tinha a típica sensação de uma briga, onde as coisas só se acalmavam quando fazíamos amor. Continuei no embalo gostoso, subindo e descendo, devagar, rápido...
Sua língua possessiva invadiu minha boca, suas mãos prenderam minha cintura e somente ele se movimentava agora.
Ele ainda lembrava do meu ponto mais fraco.
E ele fez questão de me foder daquele jeito, me arrastando a beira do ápice em pouco tempo.

PARA SEMPREOnde histórias criam vida. Descubra agora